A humanidade só erra em duas coisas, um é o fato de que ela se baseia muito em regras sendo que as regras que elas criaram só servem para dificultar as coisas. E a segunda coisa é que eles nasceram humanos.
Menteu estava só mais uma vez, observei de longe toda a sua solidão, e momento de êxtase.
Por volta da 18 hora ela se levantou, olhou a seu redor, catou os cacos, olhou pra cima, pro lado, pegou a tinta que estava no chão junto a pinça e se transformou, e foi assim, rápido sem delicado e sem espelho.
Ele estava com cabelos brancos, rosto com barba, e vestia um calção moletom justo, camiseta de regatas e calçava uma chinela Nike, já não falava mas como antes, agora usava gírias.
Saiu de casa as 18:50 e foi direto para a floricultura, tocou a campainha e esperou a dama da terceira idade descer, a porta da lateral se abriu, e saiu de dentro da casa a mulher que vestia um vestido vinho justo com um lascão na sua lateral, junto a um salto de 8 cm, uma bolsa de lado e um colar de cor branca.
– A Senhora estar linda.
Falou menteu admirado com a formosura da senhora.
– Essa noite é você jovem rapaz.
– Como preferir, vamos?
– Sim, vamos.
Saíram a pé pelas ruas principais da cidade, Menteu alguns cm, mas baixo que ela, e com aqueles cabelos brancos, parecia de fato o esposo da então comerciante.
– E esse cabelo, faz parte da sua Bad?
Ela perguntou.
– Sim, eu sempre levo a certeza de que as vezes colocar um bandeei-te na ferida cura, então, por que não colocar esse bandeei-te na minha vida?
– O problema dos Bandeei-te sempre será o fato de que um dia eles serão removidos, e acredite se não tiver cicatrizado, a ferida ainda dói.
Ela olhava para cima enquanto falava para ele.
Menteu fez um ar de riso e olhou para baixo.
Chegaram a uma lanchonete, ambos escolheram uma mesa que estava posta do lado de fora do estabelecimento.
Menteu puxou a cadeira para a senhora, e logo em seguida se sentou.
– Clima agradável esse não acha?
A moça perguntou.
– Sim, o ar livre sempre nos permite viver o melhor da vida.
– Sabe, quando eu e meu esposo começamos a namorar, o encontrei aqui, onde antigamente era uma discoteca dos anos 80, dançávamos, cantávamos e bebíamos todas as sextas.
Menteu observava cada palavra dita pela senhora, e percebia em seu olhar o sentimento de saudades que elas a transmitia.
– sente falta mesmo dele não é?
Ele perguntou.
– Sim, eu sinto, depois que ele me deixou, é como se a minha vida tivesse sido substituída por uma metade.
– Como assim, por uma metade?
Menteu perguntou curioso.
– Uma metade, metade de dor, metade de tristeza, metade de pensamentos, e metade de amor, hoje eu me resumo em metades.
Ela respondeu enquanto sorria.
– quem te ver, nem percebe que você se sente assim.
– Não, ate por que eu também, uso Bandeei-te.
Os dois riram.
– E você?
– O que tem eu?
– Se acha incompleto.
Ela perguntou.
– para ser sincero, eu não quero alguém que me complete sabe.
Ele respondeu.
– Como assim? Já é completo?
– Sim, mas, eu preciso de alguém que me transborde.
– Isso é profundo.
Disse ela, e logo em seguida chamaram o garçom.
– O que vão pedir.
Um moço de gravata borboleta perguntou enquanto segurava um livro na mão.
– Vou querer só um suco, de preferencia Detox.
Menteu pediu.
– Serio que você segue essa besteira de não poder engordar?
A moça questionou.
– Não, mas o meu Nutricionista falou que eu precisava equilibrar minha alimentação com isso.
Ele disse.
– E você moça o que vai querer?
– O de sempre.
– Certo já trago.
O Garçom saiu.
– Já tinha vindo aqui outras vezes?
Menteu perguntou.
– Sim, venho todas as sextas provar uma bebida que eu e meu marido tomávamos na adolescência, em toda a cidade este é o único local que ainda preparam ela.
Ela falava entusiasmada enquanto Menteu a perguntou.
– E de que ela é feita?
– Bom, a sua composição e de menta, álcool e maça.
– E qual é o nome dela?
Menteu perguntou curioso com a historia.
O Garçom tinha retornado com o pedido, ela pegou a bebida que vinha junto a um copo composto por um liquido verde, com uma ilustração de um coração.
– Se chama Símbolo do amor, jovem.
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