Pai de Carnaval - Episódio 02: Então é Você



JÚLIO NARRANDO:
Quais seriam as chances de um garoto, ser filho de uma mulher que eu fiquei anos atrás em uma festa de carnaval, em uma única noite que acabei não usando proteção? É surreal. É como se a vida estivesse me aplicando uma pegadinha. Não tem condição desse garoto ser meu filho. Roberto dessa vez está viajando na maionese, sem dúvida.
Tá, se ele for meu filho, problema nenhum. Eu o assumiria de boa. Procuraria pela mãe dele, conversaríamos, tudo certo. Agora eu não entendo é como ele ficou esses anos todos sem eu saber da existência dele? Ela sabia muito bem meu endereço. Ao menos, eu acredito que sim. Ela saiu do meu apartamento sozinha, deve muito bem saber o endereço. Então por que motivo ela não me procurou e me contou que estava grávida? Se ela tinha medo deu não a assumir, por ter sido uma aventura de carnaval, ela estava enganada. Eu não sou esse tipo de cara, e eu seria um bom pai para este garoto.

[CENA 01 – C.E. RICARDO ALVEZ/ QUADRA/ DIA]
JÚLIO – Claro que não, eu só tive dois filhos, o Gabriel e a Lívia.
ROBERTO – Mas você está esquecendo o carnaval que tivemos há 16 anos atrás, da anja... (Roberto não termina, mas na mente de Júlio, as lembranças aparecem como fotografias antigas separadamente)
JÚLIO – Mesmo assim Roberto, seria muita coincidência esse garoto ser filho de uma mulher que eu fiquei anos atrás.
ROBERTO – Tá, se você não está acreditando só tem um jeito de provar.
JÚLIO – Como?
ROBERTO – Na reunião de pais e mestres que vai ter semana que vem. Se a mãe dele vier, e ela for à anja com quem você ficou naquele carnaval, ele é seu filho sim.
JÚLIO – É muito difícil de acreditar numa coincidência dessa, cara. Com tantas escolas no Rio de Janeiro, por que esse garoto veio justamente estudar nessa?
ROBERTO – Bom, talvez o mundo esteja dando a oportunidade para vocês se encontrarem novamente ou quem sabe, a mãe do garoto descobriu que você trabalha aqui, e matriculou o menino.
JÚLIO – Se ela fez isso, por que não veio falar diretamente comigo?
ROBERTO – Ué... quem sabe ela quer que você se aproxime do filho dela, que é seu filho também. (sinal toca)
JÚLIO – Tenho que volta para a sala, ainda tenho muitas provas pra corrigir, e quero entregar elas hoje. (volta para a sala, mas fica pensativo sobre esse assunto)

Anoitecendo...

[CENA 02 – APARTAMENTO DO JÚLIO/ SALA/ NOITE]
(Júlio e Roberto continuam a conversa de hoje à tarde)
ROBERTO – Então, vai se aproximar do garoto?
JÚLIO – Ele não é meu aluno, não tem como eu fazer uma ponte com ele.
ROBERTO – Mas ele é meu aluno, posso ser a ponte entre vocês.
JÚLIO – Não Roberto, eu não quero me meter nessa história.
ROBERTO – Mas cara, você passou esses últimos anos se lamentando por não ter pegado o telefone, o endereço ou o nome daquela garota e agora que apareceu isso, você não vai tentar?
JÚLIO – E se ele não for meu filho? E se essa história for só coisa da sua cabeça e você está me fazendo pensar igual?
ROBERTO – Está certo cara, talvez isso seja só da minha cabeça, aquele garoto não é seu filho, vi a semelhança e pensei besteira.
JÚLIO – Isso aí, melhor então deixar isso quieto.
ROBERTO – Concordo. (Roberto não tinha abandonado essa ideia, para ele o garoto é filho do Júlio, e decidiu agir sozinho, até ter a prova concreta)

Amanhecendo...

[CENA 03 – C.E. RICARDO ALVEZ/ QUADRA/ DIA]
 (Rodrigo, o garoto que se parece com Júlio quando adolescente, está terminando de dar algumas voltas ao redor da quadra, Roberto o observa, e quando o rapaz termina, ele o chama)
ROBERTO – Rodrigo, esse é o seu nome certo? (olha na lista de alunos, que segura nas mãos)
RODRIGO – É sim.
ROBERTO – Sabe que vai haver o campeonato daqui um mês, e como você é o melhor do que todos esses pés de paus correndo aí na quadra...
RODRIGO – Não sou tão bom assim.
ROBERTO – É sim, e quero que você esteja no time!
RODRIGO – Eu agradeço o convite, mas... não vou poder participar do time.
ROBERTO – Por que não? Se sou eu quem decide quem entra ou não no time.
RODRIGO – Eu sei, mas é que eu trabalho. E isso vai atrapalhar nos treinos.
ROBERTO – E seu eu pedir uma declaração na diretoria, e você entrega para o seu chefe, quem sabe ele te libere para os treinos.
RODRIGO – Não dar professor, que o chefe é o meu pai.
ROBERTO – (surpreso e curioso) Seu pai?
RODRIGO – É... ele até que é um bom pai, mas... como chefe... ele é bastante rigoroso.
ROBERTO – E se eu for conversar com ele?
RODRIGO – Eu agradeço mesmo professor, mas não vai dar. Agora, preciso ir, se eu chegar atrasado, ele vai pegar no meu pé. (Rodrigo vai embora, e Roberto fica pensativo)

Mais Tarde...

[CENA 04 – C.E. RICARDO ALVEZ/ SALA DOS PROFESSORES/ TARDE]
JÚLIO – Pensei que você tivesse dito que pararia com essa história?
ROBERTO – Pois é cara, não posso parar quando eu não provar que estou certo, e você está errado mais uma vez.
JÚLIO – Então, conta o que descobriu agora!
ROBERTO – Hoje de manhã eu convidei ele para entrar no time para o campeonato que vai acontecer mês que vem. Ele é muito bom de bola, assim como você era quando adolescente.
JÚLIO – Hoje em dia tem vários garotos bons de bola por aí, Roberto.
ROBERTO – Mas não talentosos como você e ele.
JÚLIO – Eu não era um talento, eu simplesmente estudava a estratégia melhor e jogava.
ROBERTO – Voltando ao assunto, eu o convidei para entrar no time...
JÚLIO – (interrompe) Ele aceitou provavelmente.
ROBERTO – Não, ele disse que não pode, por ele trabalhar e isso iria atrapalhar nos treinos.
JÚLIO – Então?
ROBERTO – Ele trabalha para o pai dele.
JÚLIO – Então ele tem um pai! Significa que eu não sou o pai dele!
ROBERTO – Isso pra mim não significa nada.
JÚLIO – Eu ainda não estou entendendo o rumo desta conversa, Roberto.
ROBERTO – Nós vamos até onde o Rodrigo trabalha e vamos conhecer o pai dele, e quem sabe, se tivermos sorte, a mãe dele também.
JÚLIO – Você não está falando sério, está?! (Roberto confirma com a cabeça com um sorriso estampado no rosto)

[CENA 05 – LANCHONETE/ TARDE]
 (Rodrigo trabalha como garçom na lanchonete de seu pai. Ele está atendendo uma mesa, quando Júlio e Roberto aparecem na frente da lanchonete, mas não entram)
JÚLIO – Não acredito que você me convenceu a vim até aqui.
ROBERTO – Cara, você veio até aqui, agora vamos entrar. O garoto está bem ali, vamos pedir alguma coisa, ficar o tempo, até ver a “anja”. (Júlio continua emburrado, mas entra logo atrás de Roberto. Rodrigo logo chega à mesa deles)
RODRIGO – Professor Roberto, o que faz aqui?
ROBERTO – Primeiro não estamos na escola então pode me chamar de Roberto. E segundo, é aqui que você trabalha?
RODRIGO – É, meu pai abriu essa lanchonete algum tempo já.
ROBERTO – Nossa, coincidência! Eu e o meu amigo Júlio estávamos procurando mesmo um lugar pra comer.
RODRIGO – Só que essa lanchonete não fica meio longe da escola?
JÚLIO – É que ele não tem muita noção de onde está. (o pai de Rodrigo, que estava no caixa, observa esse papo todo e não gosta)
SAMUEL – (rude) Garoto, eu não pago você para ficar conversando com os clientes.
ROBERTO – Estamos só batendo um papo, cara.
SAMUEL – Se ele quiser bater um papo, que seja fora daqui, não no meio do serviço e dentro da minha lanchonete, incomodando meus clientes.
ROBERTO – Só que não tem ninguém incomodando nada aqui.
RODRIGO – Deixa. Hoje a lanchonete tá meio movimentada, ele está certo. O que vocês vão querer? (Roberto escolhe alguma coisa para eles, enquanto isso, Júlio começava a se interessar pelo garoto e o pai. Rodrigo leva os pedidos para à cozinha)
JÚLIO – Você viu como ele tratou o garoto? Se ele é assim aqui no trabalho, no meio dessas pessoas, imagina como ele deve ser em casa, com a família?
ROBERTO – O Rodrigo me disse que ele era um bom pai, mas começo achar que isso não é verdade. (os dois observavam o pai de Rodrigo)

Anoitecendo...

[CENA 06 – APARTAMENTO DO JÚLIO/ SALA/ NOITE]
 (Júlio e Roberto não tiveram a sorte de ver a “anja” na lanchonete. Os dois saem e voltam para o apartamento)
ROBERTO – Ficou interessado não foi?
JÚLIO – Eu ainda acredito que aquele garoto não seja meu filho, mas o que me chamou a atenção foi o jeito que aquele pai falou com ele.
ROBERTO - Você acha que ele é agressivo com o garoto?
JÚLIO – Não sei, talvez seja o que ele disse, que no trabalho o pai seja um pouco rude, mas mesmo assim, vou querer acompanhar de perto a vida desse rapaz.
ROBERTO – Sabia que você ia se interessar por ele.

Uma semana depois...

[CENA 07 – C.E. RICARDO ALVEZ/ SALA DE AULA/ TARDE]
 (a reunião de pais e mestres chegou, Júlio que não era professor de Rodrigo, quis ficar na sala para ver os comentários dos outros professores sobre o rapaz)
PROFESSORA DE BIOLOGIA – O Júlio até que é um bom aluno, dedicado, só que tem dias que ele chega aqui e me parece um pouco cansado, exausto. Ele é adolescente, e como a maioria da idade dele costumam dormir tarde por estarem conversando com os amigos nas redes sociais, jogando online...
SAMUEL – Mas ele nos garante que vai dormir cedo!
PROFESSORA DE BIOLOGIA – Bem ele é adolescente né, fora isso, não tenho nenhuma outra reclamação contra ele. Sugiro que o senhor converse com ele, criem um cronograma, porque não adianta ser um bom aluno, se não presta atenção nas aulas.
SAMUEL – Pode deixar, eu e minha mulher vamos ter uma boa conversa com ele. Iremos descobrir se ele dorme tarde, fazendo bobagens na internet. (algo que o pai de Rodrigo não quis contar, é que ele era o culpado por às vezes Rodrigo chegar exausto na escola, já que o colocava para limpar a lanchonete inteira à noite sozinho. Rodrigo começou a limpar a lanchonete sozinho desde os 15 anos, quando começou a trabalhar com o pai)

Dia seguinte...

[CENA 08 – C.E. RICARDO ALVEZ/ QUADRA – SALA DOS PROFESSORES/ DIA]
(Roberto está colocando os outros alunos para correr, e repara algo em Rodrigo. Como o garoto estava de camiseta, mostrando os ombros, ele repara em uma mancha roxa no rapaz e o chama)
ROBERTO – O que é isso Rodrigo? (abaixando a manga da camiseta, e mostrando outras marcas na costa do rapaz, como se ele tivesse apanhado) Que manchas são essas?
RODRIGO – São nada.
ROBERTO – Como nada. Elas parecem marcas de espancamento. Seu pai te bateu?
RODRIGO – Não, isso são marcas de tanto carregar umas caixas de bebida para dentro do balcão da lanchonete.
ROBERTO – Sei, e por que seu pai não levou essas caixas?
RODRIGO – Eram muitas, ele me ajudou também.
ROBERTO – (desconfiado) Está bem, pode voltar para o treino. (Rodrigo volta para o treino, e Roberto vai logo contar para Júlio o que viu)
[SALA DOS PROFESSORES]
JÚLIO – Certeza que o que você viu eram marcas de espancamento?
ROBERTO – Tenho, ele contou uma desculpa que estava carregando algumas caixas de bebida para o balcão da lanchonete, mas eu não acreditei. Mesmo se fosse verdade, não ficaria aquelas marcas.
JÚLIO – Se comprovarmos que realmente o Rodrigo sofre agressão do pai...
ROBERTO – Podemos colocar ele na prisão.
JÚLIO – Podemos se... essas agressões forem frequentes, e se realmente forem graves.
ROBERTO – São, você tem que ver as marcas nas costas dele.

[CENA 09 – RUA/ DIA]
 (os alunos estão indo para casa, Rodrigo se despende de um grupo de amigos e vai caminhando sozinho. Júlio o segue um pouco distante, até que o acompanha e pega em seu ombro, perto de suas marcas. Rodrigo leva um susto e se afasta dele)
JÚLIO – Calma garoto, te assustei?
RODRIGO – Pensei que fosse um ladrão.
JÚLIO – Foi mal. Então, está indo para casa?
RODRIGO – Estou.
JÚLIO – Bom, eu vou com você.
RODRIGO – Vai comigo? Eu sei ir sozinho, não precisa me...
JÚLIO – Eu preciso falar com seus pais um assunto sério.
RODRIGO – (nervoso) Mas eu não fiz nada.
JÚLIO – Não se preocupa, que não vou trazer problema nenhum pra você. (Rodrigo não entende, então vai com Júlio para casa. Os dois começam caminhar, e por um tempo, nenhuma conversa ocorre entre os dois. Até que Rodrigo para de andar e pergunta)
RODRIGO – Espera, mas o senhor não é meu professor. O que tem pra falar com meus pais?
JÚLIO – É um assunto sobre você, mas relaxa, é de você, mas não te trará nenhum problema. (Rodrigo volta a não entender e fica curioso com essa conversa, os dois voltam a andar)

[CENA 10 – LANCHONETE/ DIA]
SAMUEL – Que bom que você chegou. Anda, vai logo para cozinha que tem umas louças pra você lavar. Depois volta pra cá e vai terminar de servir aquelas mesas ali quando término de organizar o caixa. (Rodrigo não diz nada e apenas vai para cozinha. Pai de Rodrigo nem percebeu Júlio, que decidiu se apresentar para ele)
JÚLIO – Oi, talvez você não esteja lembrado de mim, mas eu vim aqui semana passada...
SAMUEL – Meu amigo, todos os dias entram centenas de pessoas nessa lanchonete. Se você veio fazer alguma reclamação...
JÚLIO – Não, não, eu não vim fazer reclamação nenhuma.
SAMUEL – Então?
JÚLIO – Eu vim falar sobre o Rodrigo. (o pai de Rodrigo para de contar o dinheiro, e olha sério para Júlio)
SAMUEL – O que foi que o moleque aprontou agora?
JÚLIO – Calma, ele não aprontou nada, pelo contrário, ele é um excelente aluno.
SAMUEL – O que tem então pra falar do meu filho?
JÚLIO – Eu prefiro ter essa conversa com a presença da mãe dele também.
SAMUEL – (volta a contar o dinheiro) Ela não está aqui agora. Só vai estar em casa à noite. O que você quiser falar sobre o garoto, pode falar pra mim. (guarda o dinheiro no caixa, e presta atenção em Júlio)
JÚLIO – Eu ainda prefiro falar isso com a mãe presente. É um assunto que exigi a atenção dos dois.
SAMUEL – Pois isso será impossível, ela só chega aqui à noite, quando estamos fechando a lanchonete.
JÚLIO – Sem problema, eu espero. (senta-se no banco em frente ao balcão)
SAMUEL – Se for pra ficar aqui, terá que comer alguma coisa!
JÚLIO – (não esperava isso) Está certo, eu peço algo. (pai de Rodrigo entrega o cardápio para Júlio e depois vai para cozinha)

Mais Tarde...

[CENA 11 – LANCHONETE/ TARDE]
(Júlio cansou de ficar esperando no banquinho, e está sentado em uma mesa agora. Ele está ao telefone com Roberto)
JÚLIO – O pai dele disse que ela só vai chegar à noite.
ROBERTO PELO TELEFONE – E você aproveitou para ficar e ver a mãe do garoto, pra finalmente ver se é a “anja”.
JÚLIO – Não vou mentir, fiquei por isso também. Mas primeiro quero tirar essa dúvida sobre essas manchas no garoto.
ROBERTO PELO TELEFONE – Está certo, você quer que eu vá te buscar?
JÚLIO – Eu agradeceria muito viu, logo anoitece, eu vim a pé e meu apartamento não fica tão perto assim.
ROBERTO PELO TELEFONE – Tá bem, estou indo aí buscar a cinderela.
JÚLIO – Envelhece mas não perde a graça né. Vou desligar agora. (Júlio desliga e vai até o balcão) Onde fica o banheiro, acho que beber 4 copos de sucos, tá fazendo o efeito agora.
ROBERTO – Ali do lado, o da esquerda é o banheiro masculino.
JÚLIO – Valeu. (Júlio vai ao banheiro, tempo depois volta para mesa e volta a esperar pela mãe de Rodrigo)

JÚLIO NARRANDO:
Eu não sei se estou começando a imaginar coisas igual o maluco do Roberto, mas tem algo errado nesse pai do Rodrigo. Sei lá, o jeito que ele trata o garoto, até agora não o vi descansar, sempre atendendo mesas, levando e trazendo coisas da cozinha, arrumando mesas, enquanto o pai dele só fica no caixa.
E o pai dele também não parava de me encarrar, como se a minha presença estivesse incomodando-o. Não sei não, mas algo estava me dizendo que tinha algo errado ali, e eu preciso ficar até a mãe do Rodrigo chegar. Nem que para isso, eu tenha que voltar para casa só meia-noite.

Anoitecendo...

[CENA 12 – LANCHONETE/ NOITE]
(a lanchonete está sendo fechada, e Rodrigo está fazendo quase tudo sozinho. Claro, que vendo Júlio ali, o pai de Rodrigo decidiu ajudar)
SAMUEL – Quando terminar aí, tem algumas louças pra você lavar lá dentro. (vai para cozinha, e Rodrigo começa colocar algumas cadeiras em cima das mesas)
JÚLIO – (caminha até Rodrigo) Quer ajuda?
RODRIGO – Não precisa, rápido eu termino aqui. (ele volta a colocar as cadeiras em cima da mesa, e Júlio volta esperar no balcão)
JÚLIO – Você não tem dever de casa para fazer?
RODRIGO – Tenho, mas eu faço mais tarde.
JÚLIO – Olha o que a sua professore de Biologia disse sobre dormir tarde.
RODRIGO – Mas são poucos, rápido término. (o silencio volta no meio da lanchonete, quando a mãe de Rodrigo chega)
BRUNA – Boa noite, filho.
RODRIGO – Boa noite.
BRUNA – (repara em Júlio perto do balcão) Vocês ainda estão atendendo?
RODRIGO – Não, ele é um professor lá da minha escola, e tem um assunto pra falar com vocês. (a mãe dele se aproxima de Júlio e o reconhece)
BRUNA – (surpresa) Você?
JÚLIO – (surpreso) Então é verdade!

Contínua no Episódio Três...

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