É impressionante como as pessoas são boas para as outras, e na mesma intensidade como elas se tornam em nada quando morrem. Às vezes acho que só temos valor pelo que possuímos, e talvez só sejamos alguém para os outros por termos, e não por sermos.
Os garotos estavam decididos a da uma de detetive, e na mesma intensidade em solucionar o tal ministério, as luzes se acenderam e ambos estavam embaixo de uma arvore na parte de frente da casa, porem, saíram por um caminho que dava acesso a um monumento antigo da cidade, o building doubts o edifício das duvidas, uma espécie de arranha-céu, com 28 metros de altura, deixou de ser habitado já fazia alguns anos, e foi interditado pela policia devido a grande concentração de usuários de drogas que estavam fazendo uso daquele lugar.
O caminho tinha diversas plantas ao seu redor, e seu acesso se tornava cada vez mas difícil, depois de quase 40 minutos de caminhada eles chegaram no tal edifício.
– Caramba Beth, estou com sono, cansado, e com fome, pensa mesmo que vamos ficar aqui nesse hotel 5 estrelas?
Fred falou enquanto olhava para o prédio com os braços cruzados.
– Somos fugitivos agora, esqueceu? Temos que manter o sigilo, e ficar longe de casa, da família, vamos viver isolados como aqueles foragidos de bancos sabem, como aquelas quadrilhas e facções.
Disse Beth olhando para Fred.
– Isso é serio? Beth eu não posso ficar longe de mãe, nem de pai, sem falar nas minhas namoradas, Beth eu não posso, eu vou ressecar se não beijar na boca em 24 e 24 horas.
Fred falou com uma voz de agonia.
– Deixa de ser besta menino, é claro que estou zuando, só vinhemos aqui porque quero que vejam uma coisa, venham.
Disse Beth Após sair andando em direção ao edifício.
-Mas qualquer coisa Fred, ouvir dizer que tem uns Ratos aqui do tamanho de um jacaré, qualquer coisa eles te ajudam a não ressecar.
Menteu falou enquanto acompanhava Beth
– Para Menteu.
Fred disse ao virar de costa.
– Vai ficar ai mesmo Fred? Cuidado que é nessas Horas que eles saem para encontrar comida na floresta.
Menteu ironizou ao ultrapassar uma fita zebrada com uma placa que sinalizava a não permissão de entrada.
– Me espera.
Fred gritou ao sair correndo em direção a eles.
Os 2 idiotas e Beth, entraram dentro do prédio, ambos ligaram as lanternas dos celulares, e exploraram a parte de dentro, parecia mas uma caverna com pinturas rupestre, sem falar em papel de preservativos, piubas de cigarros, alguns moveis cobertos por panos, teias de aranha, cobertores.
– Aonde que nos levar Beth?
Menteu perguntou.
– Vamos lá em cima.
Respondeu.
– O que? La em cima? Vamos ultrapassar todos esses cômodos, entrar em um elevador e ser erguido ate lá em cima? Menteu, para essa louca, não podemos ir rumo a essa catástrofe…
– Ou Fred?
Menteu interrompeu.
– Oi, vai me ajudar não e mesmo?
– Na realidade, só queria avisar que o motivo da lanterna dos celulares é por não ter energia, então, subiremos de escadas.
– Caramba Menteu, que belo melhor amigo você é.
– Fred, relaxe cara.
– Não sei do que ele tem medo, acabamos de sair de um velório, no qual encontramos dois mortos, sem contar na sombra maluca que passou correndo naquela escada, entrar em um local como esse se tornou moleza ate para mim que sou mulher.
– Ta Beth, você me convenceu, mas eu vou no meio.
– Vamos logo, tem algo lá em cima que vai nos da um norte em meio a essa situação.
Subiram as escadas, Beth levando os outros dois, Fred vinha em seguida, e menteu finalizava a fila, degrau por degrau foram ficando para tras, assim como a escuridão que ficava depois que a luz da lanterna dos celulares saia de perto.
– chegamos.
Disse Beth.
– É isso a solução para não tomarmos um chá de cadeia?
-Fred perguntou com as mãos para cima.
– Não, mas é aquilo, Venham.
Beth falou apontando para a varanda do ultimo andar.
Ambos se posicionaram na varanda, e contemplaram uma vista deslumbrante de toda a cidade, o vento estava acelerado lá em cima, e todas as luzes dos postes agora parecia um período natalino que ficou marcado com uma camada de luzes.
– Aqui tudo se torna mas lindo não acha Beth?
– Menteu perguntou olhando para ela.
– Não Menteu, muito pelo contrario, aqui de cima a esta hora so prova o quanto a sociedade e sóbria, e o quanto eles se camufla.
– Não entendir Beth.
– É simples, quando o sol sair você vai ver o quanto de lixo é espalhado por essa cidade, da para observar os eles se movimentando em seus carros luxuosos, e suas motos calibradas, já pela noite, as trevas se destacam para cobrir tudo isso com essa mancha negra que chamam de noite, creio ate que as luzes só ficaram acesas porque elas não encontraram um lugar para ir.
– Mas talvez elas estejam lá porque foram fabricadas para estar lá.
Disse Menteu
– Licença.
Falou Fred ao se afastar de perto dos dois.
– Não Menteu, a Luz nasce onde quer, vive onde quer, vai pra onde quer, ninguém pode prender ela, e muito menos fabricar, ela nasce por si só, dentro de mim, dentro de você. Já as trevas, bom, as trevas se espalham e se estendi ate onde você a deixar ir.
– Acho que eu a deixo ir longe de mais na minha vida, e acho que não tenho mas controle sobre o que ela faz comigo, as vezes acho que talvez nem seja eu, as vezes acho, que sou trevas.
Menteu olhou para o outo e despois baixou a cabeça.
– Sabia que apesar de todas as minhas loucuras, eu também sei ser luz.
Beth falou ao olhar para ele, enquanto erguia sua cabeça.
Ambos estavam se olhando, o céu estava escuro, o frio era maior da parte de cima, as luzes estavam como testemunha do que iria acontecer naquele momento, junto com as estrelas, os ratos e Fred.
– É serio que vocês vão ficar ai dando uma de doidos, se olhando como dois sei lá o que? Pra que diabos nos trouxe aqui dona Beth?
Fred quebrou o clima.
Beth apontou a lanterna do celular para o lado esquerdo da parede, lá estava uma espécie de placa na qual estava escrita os anos de fabricação, tempo de término, e dono do estabelecimento.
– Foi para isso.
Ambos se aproximaram e viram o que estava escrito.
INICIO DA OBRA: 16 de Julho de 1982
INAUGURAÇÃO: 10 de Maio de 1985
EMPRESA RESPONSÁVEL: Vales do Sul
PROPRIETÁRIO: Jorge Travel
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