Episódio 15 - Aconteceu Aos 16



Nem sempre vivemos de coragem, às vezes vivemos de medos, outras de aventura, algumas de desejos, mas na maioria das vezes, vivemos de sobrevivência.
Vimos na parede uma sombra, depois mais uma, e outra, as pisadas estavam cada vez mais perto, e antes que mesmo estando na metade da escada, decidimos cada um se esconder em um lado.
Um velho sofá que estava posto ao lado esquerdo sérvio de esconderijo para Beth, já Fred com o notebook se escondeu por trás das cortinas da janela próximo a varanda, eu me soquei por baixo da mesa, já que era revestida por um material, que permitia entrada só nas partes das cadeiras.
Logo em seguida, o que antes era sobra agora tinha se tornado matéria, isso, 3 sujeitos estavam posicionados no centro do andar de cima, ambos conversavam, de forma aberta.
– Esse prédio daria um ótimo shopping, como disse ao papai, quem já se viu, investir em hotéis sustentáveis no meio do mato.
– Jorge sempre quis investir em novidade, como dava um de poeta, queria vivenciar as mais diferentes coisas da vida.
– Uma certa vez caros, ele me falou que aqui era o local dele  onde ele relaxava e criava os seus poemas.
– Seu pai era estranho Thed, isso sim.
– Sim tio, Bem estranho.
E la estava eles, bem ao lado da mesa que eu estava escondido.
Três dos principais suspeitos do mistério ocorrido na mansão.
– Trouxeram  os papeis?
– Sim, estão aqui.
– ótimo, podem da fim.
Nesse instante, eu peguei o notebook e liguei no gravador,  e tentei capitar o papo deles.
– Aqui mesmo?
– Não, Joga gasolina ali perto daquele estofado velho, coloca os papeis em cima dele Cassandro.
O estofado velho que eles estavam falando, era o que Beth havia se escondido, nesse momento minha vida parou.
– Mas tio, Não seria melhor queimarmos o prédio todo?
– Ta louco Thed? Por qual motivo queimaríamos o prédio?
– Esqueceu que o papei poderia ter deixado algo a mais? Alguma pista sobre quem verdadeiramente herdou a sua fortuna.
– Ele não seria capaz, a única coisa que poderia dizer quem de fato herdou todo o seu patrimônio, seria aquele testamento, e nenhum de nos sabemos onde está.
Um silencio se fez no local, eu observei tudo por um pequeno furo que havia na toalha que cobria a mesa.
– Ou sabemos?
Perguntou o Irmão do senhor Jorge, depois disso todos fizeram uma cara de negação, e o tal Cassandro, saiu para por fogo como tinham decidido.
Beth estava em perigo, e eu tinha que fazer alguma coisa, não por coragem, mas por amor.
Percebi que dentro da bolsa do notebook havia um lise de cor verde, não pensei duas vezes e liguei ele em direção ao teto por cima de ambos.
– olha Thed, o que será aquilo?
Falava o coroa
– Acho que não estamos só por aqui.
Disse o mordomo.
– Peguem essas coisas e venham, vamos sair daqui.
Os três saíram pelas escadas, junto com os papeis o todo o resto.
– eles já foram?
Fred perguntou alguns minutos depois.
– Pera me deixa ver.
Sair debaixo da mesa e fui para a varanda ver se tinha carro ou alguma coisa do tipo.
– Sim, eles se foram.
Beth saiu de onde ela estava, e olhando para mim me abraçou.
– Obrigado Menteu, Obrigado por me salvar.
Eu estava flutuando, era como se eu estivesse sendo bombardeado de energias positivas, como se o ar estivesse mais leve, e como se a minha vida tivesse se resumido aquilo.
– Por nada, Beth.
Fred quebrou o clima.
– Venham aqui.
Chamou.
– Acho que alguém tem um encontro essa noite.
Beth falou enquanto alisava as costas de Fred.
– Parabéns Fred, essa vai ser moleza.
Falei.
– Eu mato vocês.
– Onde será o encontro Mano?
– No MistBurgs
– Aquela Lanchonete cafona perto do Shopping?
– Essa mesmo Beth.
– Como você e sem graça Fred.
Começamos a rir após ver a cara de raiva de Fred.
– E como vão se reconhecer?
Beth perguntou.
– Eu disse que iria de Camisa de mangas curta branca.
Fred responde.
– E ele?
Perguntei.
– De Preto.
Decidimos ir para casa, e espera o resultado do tal encontro, eu e Beth iriamos se passar por um casal que estaria lanchando por ai.  A ideia tinha surgido da minha parte Obvio.
Já era quase 20 da noite, me perfumei todo, e fui encontrar Beth na lanchonete, combinemos de que ela iria se atrasar, para ficar mas real.
A quase 10 metros de distancia, Fred estava sentado de frente para nossa mesa, Beth chegou, e como sempre ela estava linda, a cumprimentei, chamei o garçom, e fiquei admirando ela.
– Você estar linda.
– Obrigado Menteu.
E ela me olhava com um olhar de conforto, e meus olhos a olhava com um sentimento de segurança.
Alguns minutos depois, chegou uma mensagem no meu Wats, era o Fred, falando que alguém de preto estava se aproximando, Mostrei a Beth a mensagem, e observamos um cara com uma camisa preta, do mesmo porte físico do Conde Drácula, só que havia uma diferença, o cabelos dele estavam brancos, e não preto como da ultima vez, decidimos discretamente tentar examinar a postura dele.
Fred se levantou para cumprimentá-lo, apertaram as mãos e se sentaram.
A lanchonete estava lotada.
– Acho que temos problemas.
Disse Beth apontando para o caixa
Dois caras mascarados tinham anunciado um assalto. O problema e que o dono da lanchonete reagiu sacando um 38 e dando um tiro pra cima.
O tumuto começou, e gritos, e depois correria.
– Vem Menteu, ela pegou na minha mão e corremos.
– Mas e o Fred?
Perguntei
Olhemos para trás e não o vimos.
– ali, correndo com o estranho.
Beth Gritou enquanto me mostrava.
– Poxaaaaaaaaaa, ele ta entrando dentro do carro, e agora Beth o que faremos?
– Salvaremos nossas vidas, depois a dele, corre.
Saímos correndo em direção ao Shopping .
Então um carro preto do suposto encontro de Fred passou por nos.
Em alta velocidade.
E com ele dentro.

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