É incrível como o meu coração grita ao ver
injustiças, porem é incompreensível quando a minha alma clama por justiça
quando a injustiça é esta ligada diretamente a
mim.
Eu vir todos
os meus inimigos rindo da minha cara, vir todos e o mas confuso era que eu não
tinha feito nada para eles, os deboches as comidas arremessadas, as gargalhadas
e a inocência deles em achar que a vingança foi feita me deixou atordoado, e me
fez ver como a sociedade se conforma com qualquer versão de historia contada.
Entrei na
viatura e me levaram, e eu fui de cabeça erguida mas de coração na mão, fui
andando mas minha alma tinha sido arrastada, fui pelo asfalto mas a minha mente
foi pelos céu.
Mas eu fui.
Com a
certeza de que iria da tudo certo, mas com a duvida em saber se realmente
daria.
Flash dentro
da viatura tomou a minha mente.
E me fez lembrar-se
de tudo no percurso que estavam me levando ao matadouro.
Passei pela
vitrine da loja que eu cair atordoado ao me ver nela, e agora eu me vir novamente,
mas nada me aconteceu.
Passei pela
praça e me lembrei de Fred e eu correndo
todas as quintas as noites, vir toda aquela cena da galera o cobiçando, mas
agora eu olho para algumas pessoas que estão la e não sinto mas uma pressão
vindo delas.
Passei também
perto da entrada do bosque que eu passei com Beth, aquele bosque me lembrou
quando eu comparei os seus olhos com as estrelas, e me fiquei fortalecido ao
saber que sim, eles brilham mas que elas.
Vir minha
casa e todos os monstros que lá me perseguiu, mas me deparei com uma visão
incrível ao ver eu e Beth conversando na varanda dela, e me emocionei ao ver
minha mãe preparando o café.
Vir o topo
da Mansão Travel, aquela imagem me levou para o dia do velório, me fez ver toda
aquela cena do desmaio da Beth ate o quase beijo que dei nela no quarto, e me
acalmou.
Foi a
Nostalgia da minha vida, e os melhores momentos e piores eles estavam lá.
Fred como a
minha ancora.
E Beth como
o meu amuleto.
Mas agora só
era eu.
Tudo foi
interrompido por um policial que me fez voltar a esse mundo.
- Chegamos
muleke.
O policial
abriu a porta e eu sair.
- Bem-vindo
ao seu novo lar.
O policial
que abriu a porte apontava para um prédio antigo, com grander e cercas
elétricas.
- Aqui é a
prisão para menores?
Eu
perguntei.
- Não, aqui
é o inferno.
Falou ele
enquanto ria de mim.
- Vamos.
Dois guardas
saíram na frente e outro dois atrás de mim, formando uma caixa negra que me
prendia ao meio.
Os portões
foram abertos e eu entrei.
Uma senhora
velha pediu os meus pertences, eu os entreguei, e ela me devolveu uma roupa
listrada preta e branca.
- Esta
pronto para viver os piores dias de sua vida?
O guarda
perguntou enquanto me conduzia pelo corredor.
- Os piores
momentos da minha vida já foram vividos meu amigo.
Falei pra
ele enquanto caminhava.
- Já
conhecia a cadeia?
Ele abriu um
portão de grade que dava a um pátio junto a outros detendo menores.
- Não, mas
eu desconhecia a minha mente.
Falei
enquanto passava para o outro lado.
Ele trancou
o portão e falou.
- Boa Sorte.
E se foi.
Virei para
trás e notei diversos jovens em estado critico, uns tatuados, outros com pinces
no nariz, brincos na orelha, cabelos pintados em tons escuros.
Eu vir sim o
inferno.
Mas um
inferno na terra, sem demônios, sem fogo, e sem terror.
Foi mais
para o meio do pátio, e percebi que um grupo que estava nos bancos a minha
direita se dirigiu até mim.
- Quem é
você?
Perguntou-me
um cara alto, parecia que era o líder do bando
- Sou
Menteu, Menteu Spring.
Estendi a
mão para cumprimentá-lo.
- Está aqui
porque?
Falou ele
sem nem ao menos olhar para a minha mão.
Observei o
semblante de todo, e formulei a estratégia de sobrevivência.
- Estou aqui
por Homicídio, Matei um ricão pra ficar com a grana dele, e depois o seu
advogado, me dei mal e com parar aqui, e estou doido para matar o próximo, iae,
vai querer ?
Eu falava
com os peitos estufados, e com os punhos apertados.
- Não cara,
relaxe ai, to de boa suave, olhe jogamos bola as 2, vem pro meu time.
O cara
falava com medo sem perceber que os outros do grupo dele tinham se mandado.
Ele estendeu
a mão, mas eu recusei, e ele se foi.
Alguém tinha
tocado em meu ombro, olhei para trás e percebi que era um cara meio magro, e
com diversas marcas no corpo.
- Eu ofereço
a a minha mão, você aceita?
Eu sorrir e
apertei a mão dele.
- Satisfação
eu me chamo Menteu Spring.
Falei.
- Spring
mano? Assim como a primavera?
Ele me disse
sorrindo.
- Isso, e
você cara, como se chama?
- Me chamo
Pietro, Pietro Darkness.
- Darkness?
Assim como a noite?
Perguntei
ainda segurando a sua mão.
- Não, assim
como a Escuridão.
Ele me
respondeu, e eu soltei a sua mão.
- Relaxe, eu
sei que você não matou ninguém, você é educado de mais para matar uma moscar.
- Como pode
ter tanta certeza ? de que não matei ninguém?
- O meu
coração me obriga a não acreditar em você, afim, a escuridão também tem
sentimentos.
Aquele
garoto só me intrigava cada vez mais, porem se eu iria ficar ali eu precisa me
aliar a alguém.
- Só conto
se me falar por que estar aqui.
- Drogas, eu
era traficante de drogas, todo tipo de droga cara, inclusive, tenho uma ali se
você quiser.
Olhei para
ele e ele começou a rir.
- Tou
tirando onda kkkkk, não tenho as drogas, mas o resto é verdade. E você o que
fez para vim parar aqui?
- Eu? Eu
seguir uma garota.
- A sua
irmã?
Eu olhei pra
ele e falei.
- Não, o
amor da minha vida.
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