Episódio 25 - Aconteceu aos 16



É incrível como o meu coração grita ao ver injustiças, porem é incompreensível quando a minha alma clama por justiça quando a injustiça é esta ligada diretamente a
mim.
Eu vir todos os meus inimigos rindo da minha cara, vir todos e o mas confuso era que eu não tinha feito nada para eles, os deboches as comidas arremessadas, as gargalhadas e a inocência deles em achar que a vingança foi feita me deixou atordoado, e me fez ver como a sociedade se conforma com qualquer versão de historia contada.
Entrei na viatura e me levaram, e eu fui de cabeça erguida mas de coração na mão, fui andando mas minha alma tinha sido arrastada, fui pelo asfalto mas a minha mente foi pelos céu.
Mas eu fui.
Com a certeza de que iria da tudo certo, mas com a duvida em saber se realmente daria.
Flash dentro da viatura tomou a minha mente.
E me fez lembrar-se de tudo no percurso que estavam me levando ao matadouro.
Passei pela vitrine da loja que eu cair atordoado ao me ver nela, e agora eu me vir novamente, mas nada me aconteceu.
Passei pela praça e me lembrei de Fred  e eu correndo todas as quintas as noites, vir toda aquela cena da galera o cobiçando, mas agora eu olho para algumas pessoas que estão la e não sinto mas uma pressão vindo delas.
Passei também perto da entrada do bosque que eu passei com Beth, aquele bosque me lembrou quando eu comparei os seus olhos com as estrelas, e me fiquei fortalecido ao saber que sim, eles brilham mas que elas.
Vir minha casa e todos os monstros que lá me perseguiu, mas me deparei com uma visão incrível ao ver eu e Beth conversando na varanda dela, e me emocionei ao ver minha mãe preparando o café.
Vir o topo da Mansão Travel, aquela imagem me levou para o dia do velório, me fez ver toda aquela cena do desmaio da Beth ate o quase beijo que dei nela no quarto, e me acalmou.
Foi a Nostalgia da minha vida, e os melhores momentos e piores eles estavam lá.
Fred como a minha ancora.
E Beth como o meu amuleto.
Mas agora só era eu.
Tudo foi interrompido por um policial que me fez voltar a esse mundo.
- Chegamos muleke.
O policial abriu a porta e eu sair.
- Bem-vindo ao seu novo lar.
O policial que abriu a porte apontava para um prédio antigo, com grander e cercas elétricas.
- Aqui é a prisão para menores?
Eu perguntei.
- Não, aqui é o inferno.
Falou ele enquanto ria de mim.
- Vamos.
Dois guardas saíram na frente e outro dois atrás de mim, formando uma caixa negra que me prendia ao meio.
Os portões foram abertos e eu entrei.
Uma senhora velha pediu os meus pertences, eu os entreguei, e ela me devolveu uma roupa listrada preta e branca.
- Esta pronto para viver os piores dias de sua vida?
O guarda perguntou enquanto me conduzia pelo corredor.
- Os piores momentos da minha vida já foram vividos meu amigo.
Falei pra ele enquanto caminhava.
- Já conhecia  a cadeia?
Ele abriu um portão de grade que dava a um pátio junto a outros detendo menores.
- Não, mas eu desconhecia a minha mente.
Falei enquanto passava para o outro lado.
Ele trancou o portão e falou.
- Boa Sorte.
E se foi.
Virei para trás e notei diversos jovens em estado critico, uns tatuados, outros com pinces no nariz, brincos na orelha, cabelos pintados em tons escuros.
Eu vir sim o inferno.
Mas um inferno na terra, sem demônios, sem fogo, e sem terror.
Foi mais para o meio do pátio, e percebi que um grupo que estava nos bancos a minha direita se dirigiu até mim.
- Quem é você?
Perguntou-me um cara alto, parecia que era o líder do bando
- Sou Menteu, Menteu Spring.
Estendi a mão para cumprimentá-lo.
- Está aqui porque?
Falou ele sem nem ao menos olhar para a minha mão.
Observei o semblante de todo, e formulei a estratégia de sobrevivência.
- Estou aqui por Homicídio, Matei um ricão pra ficar com a grana dele, e depois o seu advogado, me dei mal e com parar aqui, e estou doido para matar o próximo, iae, vai querer ?
Eu falava com os peitos estufados, e com os punhos apertados.
- Não cara, relaxe ai, to de boa suave, olhe jogamos bola as 2, vem pro meu time.
O cara falava com medo sem perceber que os outros do grupo dele tinham se mandado.
Ele estendeu a mão, mas eu recusei, e ele se foi.
Alguém tinha tocado em meu ombro, olhei para trás e percebi que era um cara meio magro, e com diversas marcas no corpo.
- Eu ofereço a a minha mão, você aceita?
Eu sorrir e apertei a mão dele.
- Satisfação eu me chamo Menteu Spring.
Falei.
- Spring mano? Assim como a primavera?
Ele me disse sorrindo.
- Isso, e você cara, como se chama?
- Me chamo Pietro, Pietro Darkness.
- Darkness? Assim como a noite?
Perguntei ainda segurando a sua mão.
- Não, assim como a Escuridão.
Ele me respondeu, e eu soltei a sua mão.
- Relaxe, eu sei que você não matou ninguém, você é educado de mais para matar uma moscar.
- Como pode ter tanta certeza ? de que não matei ninguém?
- O meu coração me obriga a não acreditar em você, afim, a escuridão também tem sentimentos.
Aquele garoto só me intrigava cada vez mais, porem se eu iria ficar ali eu precisa me aliar a alguém.
- Só conto se me falar por que estar aqui.
- Drogas, eu era traficante de drogas, todo tipo de droga cara, inclusive, tenho uma ali se você quiser.
Olhei para ele e ele começou a rir.
- Tou tirando onda kkkkk, não tenho as drogas, mas o resto é verdade. E você o que fez para vim parar aqui?
- Eu? Eu seguir uma garota.
- A sua irmã?
Eu olhei pra ele e falei.
- Não, o amor da minha vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário