De Volta Pra Casa - Capítulo 36

Novela de Eric Carvalho Cattin

Capítulo 036

NO CAPÍTULO ANTERIOR...

CAMPELLO

SALA DE REUNIÕES (instrumental suspense)

MIRANDA – Onde esta Vitória e Alberto que não vem pra reunião? Você os viu Clara?

CLARA – Não vi não senhora!

VITÓRIA ENTRA NA SALA.

VITÓRIA (irônica) – Estava me procurando querida irmã?

MIRANDA – Estou apenas preocupada com meu marido que não deu as caras até agora!

VITÓRIA – Deveria colocar um cabresto em Alberto para controlar os passos dele! Já que se sente tão insegura deveria colocar logo de uma vez um GPS nele o que acha?

MIRANDA – Vitória eu não estou para piadas, então, por favor, não me irrite! Só espero que você não tenha nada com sumiço repentino de meu marido!

VITÓRIA – Fique tranquila minha querida irmã, tenho mais o que fazer do que ficar atrás de ex namorados meus não é?

MIRANDA – E por que ele ainda não chegou?

VITÓRIA – Minha cara essa é uma reunião de acionistas, e até onde sei seu querido marido não tem ações da Campello, portanto ele não faz parte dessa reunião!

LANA ENTRA TRISTE NA SALA.

VITÓRIA – Lana minha filha que cara de enterro! Morreu alguém?

LANA – Ainda não minha mãe, é Julia.

VITÓRIA – Ah tá, novidade! Gente a reunião estava marcada para as quatro e já são quatro e dez e nada desse acionista majoritário, Clara vá ver se esse traste já está chegando, tenho manicure daqui a pouco!

ACOMPANHAMOS PASSOS ATÉ A SALA DE REUNIÕES, AO SOM DE “ALEGRIA, ALEGRIA – CAETANO VELOSO”, ALBERTO ENTRA NA SALA.

VITÓRIA – Alberto? Que palhaçada é essa gente? Não vem me dizer que esse energúmeno é o nosso sócio majoritário? Até porque esse coitado não tem onde cair morto! (risos)

ALBERTO (sorrindo) – Fique tranquila Vitória, não sou eu seu sócio, mas tenho certeza de que você vai pedir a Deus para que eu fosse!

VITÓRIA – Alguém pode tirar esse louco dessa sala? Esse pobre senhor não fala nada com nada! Deem um pedaço de pão velho para ele, deve está delirando de fome tadinho!

(instrumental suspense)

VOZ – Como você não mudou nada hein Vitória? Continua a mesma pessoa podre e repugnante de sempre!

LANA, MIRANDA E VITÓRIA OLHAM PARA A PORTA DA SALA DE REUNIÕES...

A CAMERA VAI SUBINDO DOS PÉS ATÉ A CABEÇA DE MIGUEL.

ALBERTO (sorrindo) – Podem dar as boas vindas ao sócio majoritário Miguel Pereira da Silva!

VITÓRIA OLHA APAVORADA PARA MIGUEL, QUE SORRI. VITÓRIA GRITA.

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO TRINTA E SEIS...

MIGUEL (irônico) – Que isso Vitória? Parece que viu um fantasma! Isso é jeito de receber o acionista majoritário?

VITÓRIA (desespero) – Não, isso não pode está acontecendo só pode ser um pesadelo! Alguém me diz que estou tento um pesadelo?

MIRANDA – Nossa minha irmã, por que essa reação? Vocês já se conheciam?

MIGUEL (abraça Vitória) – Sim! Éramos grandes amigos, mas passei um tempo fora do Brasil e acho que Vitória pensou que eu havia morrido não é mesmo Vitória?

VITÓRIA (raiva) – Sim! Era isso mesmo!

MIGUEL (irônico) – Bom depois combinamos de tomar um vinho para matar as saudades, vamos ao que interessa de fato, (ele senta-se na cadeira da ponta) a partir de hoje eu assumo a presidência da Campello e tenho certeza de que nossa empresa irá nos render bons frutos, pois agora a Campello será uma empresa sustentável!

VITÓRIA – Isso é um absurdo! Alguém me acorde, por favor?

MIGUEL (irônico) – Algum problema Vitória?

VITÓRIA – Nenhum! Você é o acionista majoritário! E esse energúmeno do Alberto ficará para nossa reunião? Pois até onde sei, ele não faz parte da comissão de acionistas da Campello!

MIGUEL – Vai ficar sim Vitória! Alberto agora é meu assessor e passará a trabalhar dentro da Campello!

VITÓRIA (raiva/sussurra) – Meu Deus, realmente estou dentro de um pesadelo, isso não pode ser real! Esse desgraçado está morto!

A REUNIÃO SEGUE EM DIANTE...

MORRO DA PEDRA

JP SAI DO QUARTO E DEIXA JULIA JOGADA NO CHÃO.

BETA – JP o que você fez com a patricinha?

JP – Desde quando devo satisfação da minha vida pra você Beta? Se liga mina! Tá tirando? Segue tua rota ai mano e descola da minha visão tá ligada?

BETA – Foi mau só queria saber!

JP (raiva) – Agora que já sabe rala da minha vista! Só por Deus hein!

CORTA PRO QUARTO, JULIA CHORA DEITADA AO CHÃO.

JULIA (grita) – Me tirem daqui! Quero dar um teco por favor me arrumem um teco! Socorrooooo!!!

(instrumental tenso)

BETA OUVE OS GRITOS E PEDIDO DE SOCORRO DE JULIA E ACABA FICANDO COM PENA, ELA VAI ATÉ A PORTA PEGA NA MAÇANETA E VAI EMBORA, JULIA CONTINUA A GRITAR POR SOCORRO.

PEDRA ROSA/TARDE

PREFEITURA/ DEPUTADO VENÂNCIO CHEGA

DEP. VENÂNCIO – Boa tarde minha bela jovem?

MIRTES – Boa tarde! Em que posso ajuda-lo?

DEP. VENÂNCIO – Tenho uma reunião com o senhor prefeito Genivaldo, diga que sou o Deputado Venâncio!

MIRTES – Só um momento!

MIRTES VAI ATÉ O GABINETE DO PREFEITO, AO ABRIR A PORTA DEPARA-SE COM ELE E ALZIRA AOS AGARROS SOBRE A MESA. OS DOIS SE ASSUSTAM. (instrumental cômico)

PREF. GENIVALDO (sem graça) – O que é isso dona Mirtes? Não bate mais antes de entrar? Não está vendo que estou em reunião com minha digníssima esposa?

MIRTES (envergonhada) – Desculpe senhor prefeito, é que o senhor Deputado Venâncio Barbosa está lá na recepção e disse que tem uma reunião com o senhor! O que faço? Peço para ele entrar ou ir embora?

ALZIRA – Meu senhor! Valdinho é o Deputado Venâncio! O que vai garantir minhas futuras cirurgias?

MIRTES – Oi?

ALZIRA – Mande ele entra logo sua múmia! Não está vendo que Venâncio Barbosa é um homem muito importante no meio politico?  Vamos o que está esperando mande ele entrar agora mesmo!

MIRTES – Sim senhora! Com licença! (ela sai)

PREF. GENIVALDO – Alzirinha meu amor, já te pedi milhões de vezes para tomar cuidado com suas palavras, acabou de dizer na frente de nossa secretária que vai desviar dinheiro!

ALZIRA – Essa múmia nem entendeu o que eu disse Valdinho! Foca no senhor Deputado Venâncio meu amor! Ele sim nos interessa e muito, tenho certeza de que ele vai nos trazer muitos benefícios, não só para Pedra Rosa, mas para nós dois!

DEP. VENÂNCIO ENTRA NA SALA.

DEP. VENÂNCIO – Com licença senhor prefeito!

PREF. GENIVALDO – Oooooh, mas se não é o melhor e mais importante Deputado desse Brasil? (ele o abraça)

ALZIRA – Como vai senhor Deputado?

DEP. VENÂNCIO – Estou muito bem obrigado!

PREF. GENIVALDO – O que devo a essa honra?

(instrumental tenso)

DEP. VENÂNCIO – Estou a par de uns assuntos um tanto desagradáveis senhor prefeito! E precisei me deslocar de Brasília até Pedra Rosa para acompanhar o caso de perto!

PREF. GENIVALDO (preocupado) – Mas que assunto seria esse?

DEP. VENÂNCIO – O congresso vem recebendo inúmeras denuncias contra sua gestão, venho recebendo denuncias de lavagem de dinheiro e desvio de verbas! Estão pedindo seu impeachment senhor prefeito Genivaldo!

PREF. GENIVALDO (assustado) – O que? Impeachment? 

                                                                                 

ABERTURA DA NOVELA

PREF. GENIVALDO (raiva) – Mais isso é um despautério! Minha gestão é limpa e cristalina feito água! Quem está fazendo essas denuncias?

DEP. VENÃNCIO – São denuncias de seus eleitores, ou seja dos moradores de Pedra Rosa!

ALZIRA – Isso deve ser coisa da oposição com certeza! Essa gente joga baixo! Meu marido é o homem mais honesto dessa nossa politica!

DEP. VENÂNCIO – Me desculpem, mas onde há fumaça há fogo! E terei que investigar, por tanto terei que junto ao tribunal de contas investigar a gestão de Pedra Rosa!

ALZIRA – Mais isso é um absurdo! Vocês não podem fazer isso!

DEP. VENÂNCIO – Podemos e vamos! E se for apontado qualquer tipo de irregularidade do tipo que já sabemos que possa haver, seu mandato será caçado e o senhor será afastado da prefeitura de Pedra Rosa! Agora preciso ir, tenho muito o que fazer por aqui! Com licença! (ele sai)

PREF. GENIVALDO (desesperado) – Alzirinha meu amor, estamos perdidos! Imagina que posso até ser preso? Precisamos fazer alguma coisa e rápido!

ALZIRA (preocupada) – Isso não está acontecendo! Quem foi o desgraçado que fez essas denuncias?

PREF. GENIVALDO – Isso não importa mais meu bem, temos que nos preocupar com o que vamos fazer a partir de agora!

FACULDADE RIBEIRO DE SÁ

IMAGENS AÉREAS/ (som de Ouvi Dizer – Melim)

ANDER E NANDA SENTAM-SE NO PÁTIO

NANDA – Mas e ai você fez o boletim de ocorrência?

ANDER – Pra que? Nem sei quem são esses marginais Nanda, e outra que mesmo fazendo o boletim não iria dar em nada, nada nesse Brasil funciona principalmente algo a favor de nos homossexuais, que sempre somos agredidos ou mortos e os bandidos ficam impunes.

NANDA – Em falar em bandido, lá vem o Gabriel!

ANDER OLHA PARA TRÁS E VÊ GABRIEL VINDO NA DIREÇÃO DELES. (som de Don´t give up on me – Andy Grammer) GABRIEL OS VÊ E MUDA DE DIREÇÃO.

NANDA – Ué ele não vai passar aqui para te infernizar? Estou começando a achar que esse castigo que o reitor deu para vocês limparem o depósito foi bom! (risos) Notei que depois disso ele nunca mais te perturbou!

ANDER – Sério? Nem reparei! Bom vou aproveitar que hoje não tenho que ir para o deposito, e vou mais cedo pra casa ajudar minha mãe no salão, ela está toda machucada por causa daquele desgraçado!

NANDA – Vai sim amigo, e eu vou pra casa preparar um jantarzinho pro Lucas, ele vai lá em casa conhecer meus pais! (sorri)

ANDER – Que bom amiga fico super feliz por vocês! De verdade, você merece uma pessoa boa como Lucas!

NANDA – Obrigado amigo, logo você também vai encontrar um cara bacana que lhe faça muito feliz!

ANDER – Talvez eu já tenha encontrado! (risos)  Tchau beijos!

NANDA – Que história é essa Ander, vem aqui me contar! Ander?

ANDER SAI CORRENDO, E VÊ GABRIEL DE LONGE INDO EMBORA, E CORRE ATÉ ELE. (som de Don´t give up on me – Andy Grammer)

ANDER – Gabriel espera!

GABRIEL – O que você quer hein viadinho? Sai pra lá que não quero que me vejam perto de você, porque os caras vão achar que sou gay também!

ANDER – Mas você é gay Gabriel, só não se aceita!

GABRIEL DA UM SOCO NA CARA DE ANDER QUE CAI NO CHÃO.

GABRIEL – Já disse pra não repetir isso seu viadinho de merda! (ele sai)

ANDER COLOCA A MÃO NO ROSTO E SORRI.

ANDER – Vou arrancar você do armário nem que seja a força! Ah se vou! (ele sorri)

CAMPELLO/ SALA VITÓRIA

MIGUEL ENTRA NA SALA (instrumental tenso/suspense)

VITÓRIA – O que é isso? O que está fazendo aqui na minha sala hein assombração?

MIGUEL – Sua sala? Está enganada minha querida, está sala é da presidência que no caso agora é minha! Pegue suas tralhas e saia da minha sala imediatamente!

VITÓRIA – Jamais que vou deixar minha sala, ainda mais para dar pra um favelado feito você! Alias que nem faço ideia de como sobreviveu e muito menos de como arrumou dinheiro para comprar ações da Campello, foi tráfico? Ou foi roubo a banco, sim porque um favelado como você só pode ter conseguido dinheiro de uma dessas formas não é?

MIGUEL – Cala essa sua boca imunda Vitória! Você não está mais falando com aquele jovem inocente que você acabou com a vida duas vezes, e achou que tinha matado! Agora sou outra pessoa como da para notar, e não vou mais ouvir seus desaforos quieto!

VITÓRIA – Olha o faveladinho se rebelou? E voltou das profundezas do inferno para me infernizar?

MIGUEL – Voltei sim das profundezas de onde você me deixou por três vezes Vitória, mas lhe garanto que isso não irá se repetir!

VITÓRIA – Não mesmo? Tem certeza? Porque se fiz três, posso muito bem fazer quatro, cinco ou quantas vezes forem necessárias! Você parece uma doença, quando achamos que foi erradicada reaparece do nada!

MIGUEL – Calada Vitória! Eu voltei com um único objetivo! Acabar com você Vitória Negrini! E vou fazer isso nem que seja a ultima coisa que faço na minha vida!

VITÓRIA (risadas irônicas) – Isso é o que vamos ver favelado! Eu vou acabar com você de uma vez por todas, você vai se arrepender de ter voltado aqui para me afrontar!

MIGUEL – Veremos quem vai acabar com quem! (ele sai e bate a porta)

VITÓRIA JOGA O VASO NA PAREDE!

VITÓRIA (raiva) – Desgraçado! Eu vou acabar com você seu favelado maldito!

MIGUEL PASSA PELA SALA DE LANA, ELE A VÊ E PARA OLHANDO PELA FRESTA DA PORTA MEIO ABERTA. (instrumental Because of you)

ELE BATE NA PORTA E ENTRA.

MIGUEL – Posso entrar?

LANA – Já entrou né! Olha Miguel não estou afim de ouvir nada de você, estou com pressa tenho que resolver algumas coisas e tenho uma viagem marcada, então...

MIGUEL A BEIJA (som Because of you – Kelly Clarkson), LANA TENTA RESISTIR E EMPURRA-LO MAS NÃO RESISTE E OS DOIS SE BEIJAM APAIXONADOS. VITÓRIA PASSA PELA SALA E OS VÊ SE BEIJANDO, ELA ENTRA NA SALA.

VITÓRIA – Mas o que é isso? Esse favelado mau chegou e já está te atacando minha filha?

LANA – Mãe eu nem sei como isso foi acontecer.

VITÓRIA – Você deveria se envergonhar minha filha de beijar o homem que matou seu pai! Isso é repugnante!

MIGUEL – Sabemos muito bem que não foi eu quem matou o senhor Olavo não é mesmo Vitória?

VITÓRIA – Está insinuando alguma coisa favelado?  Está querendo jogar minha filha contra mim? E faze-la acreditar que foi a própria mãe que matou o pai dela? Olha sinceramente você está completamente fora de si, deve ter usado muitas droga por onde andou, já que todos sabemos que suas digitais estavam na arma do crime!

LANA (grita) – Chega desse assunto! Eu não aguento mais isso! Fiquem ai discutindo vocês que eu vou embora desse hospício! (ela pega sua bolsa e sai)

MIGUEL (se aproxima de Vitória) – Já tenho a prova que preciso para te colocar de vez na cadeia sua desgraçada, e vou provar para todo mundo quem é Vitória Campello Negrini! (ele sai)

VITÓRIA (preocupada) – Deve está blefando com certeza! Não tem como ele ter nada contra mim, pois fiz tudo perfeitamente sem deixar rastros!

ANOITECE...

PEDRA ROSA/ HOTEL DONA VERUSKA (instrumental cômico)

CREUZA OUVE UNS SONS DE VIOLÃO.

CREUZA – Que barulho é esse?

QUARTO DONA VERUSKA/ ELA ACORDA COM O BARULHO.

DONA VERUSKA – Mas que barulheira é essa meu Deus do céu? Nem pode mais repousar nessa cidade? (ela vai até a janela)

DELEGADO CLEMÊNCIO COMEÇA UMA SERENATA PARA ELA COM UMA BANDA DE MUSICOS, E CANTA “COMO É GRANDE MEU AMOR POR VOCÊ”, ELE A VÊ NA JANELA E MANDA BEIJOS.

DELEGADO CLEMÊNCIO – Vem meu amor, vem ser feliz ao meu lado! (ele abre os braços)

DONA VERUSKA (inconformada) – Mas que palhaçada é essa na porta do meu hotel?

CREUZA SAI NA RUA PARA VER E FICA ENCANTADA, DONA VERUSKA SAI DO QUARTO E VAI ATÉ CLEMENCIO.

CLEMENCIO – Que bom que veio meu amor!

DONA VERUSKA PEGA UMA VASSOURA ATRÁS DA PORTA E PARTE PRA CIMA DE CLEMENCIO!

DONA VERUSKA – Vou te ensinar a fazer bagunça na porta do meu estabelecimento!

ELA BATE COM A VASSOURA EM CLEMENCIO E TODA A BANDA QUE ESTÁ COM ELE, TODOS DA BANDA CORREM COM SEUS INTRUMENTOS INCLUSIVE CLEMENCIO...

DONA VERUSKA – Volta aqui pra você ver o que faço com você! Palhaço! Ridiculo!

OS VIZINHOS FICAM OLHANDO E RINDO.

DONA VERUSKA – O que é que estão olhando bando de curioso? Querem levar vassouradas também? Vão procurar o que fazer! (ela entra no hotel)

CREUZA – Credo Dona Veruska, foi tão lindo o que o senhor delegado fez pra senhora, e a senhora tocou ele feito um cachorro de rua.

DONA VERUSKA – Cala a boca Creuza! Tá com pena dele pega ele pra você! Eu hein! (ela vai para seu quarto)

FLET MIGUEL/ NOITE

A CAMPAINHA TOCA E MIGUEL ABRE A PORTA, AO ABRIR DEPARA-SE COM VANESSA.

MIGUEL – O que você está fazendo aqui Vanessa? Já disse que não quero você aqui!

VANESSA – Miguel meu amor (ela vai entrando), você não pode falar assim com a mãe do seu filho!

MIGUEL – Do que você está falando sua louca? Já disse que não quero mais nada... (interrompido)

VANESSA – Eu estou grávida meu amor! Você vai ser papai!

MIGUEL (susto) – O que?

VANESSA (irônica) – Vamos ter um filho meu amor, isso não é ótimo?

FOCO EM VANESSA

CONGELA IMAGEM

Sobe os créditos ao som Sister – Tracey Thorn

        Fim de capítulo

"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"