Episódio 04 - Aconteceu Aos 16

(Casa de menteu, 19h30min da noite)

Ele se matou na Caminha naquela quinta à noite, correu tanto que nem teve tempo de pensar em mim.

Ele estava decidido a mudar de corpo, e eu gostava da ideia ele não poderia ser diferente, e eu precisava me manter vivo para garantir que isso acontecesse, e mudar o corpo foi  a melhor coisa que ele já fez, até por que são os padrões que me matem no comando.

Menteu dormiu cedo na quinta, passou o dia em casa após chegar da

Escola, e apesar de não querer sair da cama um telefonema o fez mudar de

Ideia.

– Menteu?

Era a Beth.

– Beth

– Então Menteu, está fazendo o que de bom agora?

– Estou olhando para o Teto, que por sinal estar muito sujo.

– Haaa, nada de programa para hoje à noite?

– Não, nada marcado, mais por que?

Eu poderia ter intervindo na forma pela qual ele estava se fazendo de idiota, mais se tratava de Menteu, então era comum agir como um idiota.

– Então, posso ir ai na sua casa?

– Aqui em casa?

– É Menteu.

Beth respondeu com uma voz de negação.

– Claro, claro, pode vir, só me deixa é deixa eu ver, vestir uma roupa.

– Chego já.

Ela sorriu no telefone e desligou.

Alguns minutos depois a campainha da casa toca.

E antes mesmo da mãe de Menteu atender, ele desce as escada e abre a porta, e do outro lado de todas aquelas árvores que foram transformadas em portas de madeira, estava a garota mais cobiçada do momento.

Vestindo uma saia curta, cabelo solto, jaqueta jeans reta, e olhos desafiadores.

Aquele semblante na qual acusa que ela não estava para brincadeiras, porem queria aprontar.

– Posso entrar?

Perguntou Beth segurando a maçaneta da porta.

Menteu estava segurando a maçaneta do lado de dentro, e ficou assim por alguns segundos sem fazer nenhum movimento.

– Menteu?

Depois disso não se ouvia mais nada, apenas o silêncio da noite.

Ele abriu a porta e a comprimento.

– Você está linda.

Menteu falou e ainda estava com a mão na maçaneta da porta.

– Obrigada, e você vai ficar ai segurando a porta com medo dela cair?

– Vou sim.

– Sério?

Ele falava coisa com coisa, tão atrapalhado quanto pirado.

Ele soltou a Maçaneta, sacudiu a cabeça, e foi em direção ao sofá onde Beth estava sentada.

– Quer beber alguma coisa Beth?

– Não brigado, na verdade é que queria outra coisa sua.

– Minha?

Nesse momento os espermatozoides virgens de dentro dele se sacudiram como um fusca em uma estrada esburacada.

– Eu quero que me acompanhe essa noite.

Os olhos do garoto se encheram de alegria e desejo, pois se tratava de Beth,

Sua amiga e futura pessoa que iria tirar sua virgindade.

– Irei com você a onde quiser princesa, serei todo seu.

Falou ele após morder os lábios com a intensão de seduzi-la, foi muito ridículo mais pelo menos ele tentou.

– Ótimo Menteu, então suba vista uma roupa, de preferência preta, certo?

– Certo, mais aonde iremos esta noite?

Menteu pensou que era alguma festa de Halloween fora de época, ou alguma coisa de roqueiros, porem as palavras que saíram da boca dela levou o Entusiasmo, futuro orgasmo e todas as fantasias que Menteu tinha em mente, irem embora.

– Iremos a um velório meu bem.