Episódio 16 - Aconteceu Aos 16



Nem sempre vivemos o que se vem, às vezes somos obrigados a vivenciar o que estar por vim, é como as rochas que estão submersas na agua, ele não espera parte, mas espera se modificar.
Eles tinham armado uma emboscada, mas quem realmente caiu nela foi eles, e não foi de proposito, foi assim de repente e sem perceber.
Observei toda a cena de longe, o tal cara do site e suposto assassino tinha chegado, Beth e Menteu estava disfarçados de casal na outra mesa, um assalto foi anunciado, corre corre de gente também, Fred não pensou duas vezes e se jogou dentro do carro do tal cara, Beth e Menteu saíram correndo em direção ao shopping, e perceberam quando o corro preto passou por eles com Fred dentro, tudo tinha saído fora de controle, inclusive o tempo.
– Beth, o Fred se foi, e provavelmente junto com um assassino.
– Calma Menteu, eu estou tão assustada quanto você, mas não temos muito o que fazer agora, o Fred e meio burrinho mas sabe se virar.
– Vamos falar com a policia?
– Claro Menteu, vamos chegar ate a policia e contar que o amigo de um procurado foi raptado, você vai pra cadeia Menteu, esqueceu?
O clima tinha ficado serio ambos conversavam em um banco próximo ao Shopping principal da cidade, o clima era de preocupação com uma pitada de adrenalina, um pouco de cada coisa na qual eu gosto.
– Já sei pra onde irmos Menteu.
Disse Beth ao olhar para um floricultura junto ao shopping.
– E onde seria Beth? Suspeita de onde o Fred tenha ido?
– Não, mas as rosas podem nos mostrar.
– Como assim Beth?
– Veja menteu, o nome da floricultura.
Em uma placa estampada mostrava o nome da Floricultura, próximo  a uma loja de perfume, a loja levava o nome de PLANTAS DO NORTE, em referencia a extração de rosas que era produzidas daquela região.
– impossível.
Falou menteu com um sorriso.
– Venha
Beth pegou na mão dele e se dirigiram até a floricultura, uma loja com uma fachada transparente e um aroma inconfundível, tomava conta do ambiente, e dava um cenário perfeito de romance, clichê e amor.
-Quantas rosas Menteu.
– Te daria todas Beth, mas nenhuma iria se comparar ao perfume que você exala.
Um clima meloso tinha começado e o boboca do Menteu não perdia a chance de chamar a atenção da maluca da Beth, deu até ânsia de vomito.
– As vezes te acho um fofo.
– E eu, sempre te acho linda
– Venha, vamos ver se encontramos algo.
– Vamos.
Saíram para lados diferentes da loja, vasculharam os buques, as pétalas, os vasos, mas não encontraram nada.
– Nada Beth?
 – Não, e você?
– Também nada, estava esperando no mínimo um buque preto aqui.
– Igual a do maluco lá?
– Sim, igual a que foi posto no caixão.
– Bora, temos que encontrar o Fred de outra forma.
Saíram da loja e com alguns metros de distancia Menteu voltou.
– Espera ai Beth.
Ele correu ate a loja pegou uma rosa e se dirigiu ao caixa.
– Quanto custa?
– 3 Dólares senhor.
Ele sacou uma nota do bolso e pagou a mulher que estava no caixa,
– Sua namorada?
Perguntou a moço olhando para Beth que se encontrava a alguns metros de distancia.
– Não, mas vai ser um dia, eu espero.
Ambos sorriram.
– Pega, o nosso cartão, se precisar de algum buque por entrega, entre em contato, estamos espalhados em 5 lojas nessa cidade, será um prazer atendê-lo.
Menteu pegou o cartão.
– Obrigado, sabe qual o nome dessa rosa moça?
– Sim, é uma tulipa vermelha, da classe Liliopsida, exala um perfume ótimo, e são usadas para fabricação de diversas marcas francesas.
– Nossa, estudou bem sobre as flores em?
– Sim, e em especial sobre as Tulipas, pois eram as preferidas do meu esposo.
– eram?
– sim, ele partiu da minha vida há alguns anos.
– Faleceu?
–  Não, ele apenas se foi, assim como o aroma das tulipas quando se passa um forte vento. E se foi, levando junto o fruto do nosso amor, um filho.
Menteu prestava atenção e se comovia com a historia da mulher que abria a alma para ele.
– Nossa, mas por qual motivo ele fez isso?
– O dinheiro o consumi-o, os negócios o deixava mas na empresa do que em nossa própria casa, Certa vez a matriz da sua empresa abriu falência, já fazia alguns anos que meu filho tinha nascido, e quando voltei das compras encontrei um bilhete deixado por ele em cima da mesa, falando que a empresa tinha fechado, e que ele não poderia viver mais ao meu lado, sair chorando para o quarto do nosso filho, e ao chegar lá, não encontrei nada nem roupas nem meu filho, apenas uma rosa na cama dele, uma tulipa vermelha.
As lagrimas do rosto da mulher começou a descer, e Menteu em um ato de cavalheirismo as enxugou.
– Um dia ele aparece.
– Não, procurei em todos os cantos por ele, coloquei um detetive, e eles me falaram que talvez ele tivesse trocado de nome, junto com meu filho.
– Calma, um dia a você vai encontrar um amor que seja bom pra você.
– Não, eu  costumo falar que amores não são substituídos apesar de serem eternos, eles se tornam únicos. Agora vá, ela esta esperando.
Beth estava acenando para Menteu.
– Vou sim.
– E obrigado Jovem.
A jovem senhora falou encanto passava a mão no rosto de Menteu.
– Meu filho agora deve ter um pouco a mais que a sua idade, e assim como a sua mãe deve se orgulhar de você, eu também queria me orgulhar dele.
– Não sei a senhora, mas ele sem duvidas iria amar a energia que a senhora transmitir, eu vou nessa, ate logo.
– Ate garoto.
Menteu saiu da loja e foi em direção a Beth, olhando para trás ele presenciava no rosto da mulher do caixa um olhar apaixonada e um destino cruel.
– Beth? É pra você.
Ele entregou a ela a Tulipa, e ela o retribui-o com um beijo no rosto.
– OBRIGADO, é a primeira vez que ganho flores.
– serio?
– Sim, serio.
Eles saíram caminhando pelas ruas da cidade, o sol estava baixo, o transito parado, e um clima de romance tomava de conta do pensamento deles.
– Você acha que o amor por matar Beth?
Menteu perguntou.
– Sim Menteu, o Amor e traiçoeiro as vezes, e nos deixa feridas as vezes, sem cura.
Respondeu ela enquanto olhava para cima.
– Mas, o amor a tudo vence, a tudo suporta e a tudo espera.
Falou virando o rosto para ele.
– Como pode entender tanto de amor Beth?
– Deve ser por que um dia já amei alguém.
– Mas te fez bem?
Os dois pararam próximos a um lago que ficava no centro da cidade.
– Digamos que me deixou feridas.
Falou ela.
– Deixa eu curar então.
Perguntou ele colocando a mão em seu rosto.
– Não posso, a certas feridas em nossas vidas, que só o tempo tem o poder de curar.
Então ela beijou o seu rosto e foi.

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