Maneiras de Ser - Capítulo 05



MANEIRAS DE SER

DE
WESLLEY FUCHS

ESCRITA POR
WESLLEY FUCHS

DIREÇÃO GERAL
HENZO VITURINO
MIGUEL RODRIGUES

DIREÇÃO DE NÚCLEO
MIGUEL RODRIGUES

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO


ALICE
BRANDON
MARINA
EVA/ROBERTA

FERNANDO
HELOÍSA
JORGE
JÚLIA
LETÍCIA
MARCELO
MARIZA
PANDORA
RAYSSA
RODRIGO
VICKI
VITÓRIA


PARTICIPAÇÃO ESPECIAL
MÉDICO
MARCUS
SOLANGE

CENA 01/ COLÉGIO CEI/ BANHEIRO FEMININO/ INTERIOR/ DIA
Continuação imediata. Júlia diante de Marina e Vicki.
JÚLIA                          — Vocês duas iam aprontar pra cima de mim e dos outros bolsistas, né?
VICKI                          — Que aprontar o quê, garota! É só um trote
JÚLIA                          — (Revoltada) Isso aqui não é a faculdade pra rolar trote e na faculdade é opcional participar do trote ou não.
MARINA                     — O que você vai fazer?
JÚLIA                          — Dar um basta em vocês.
Júlia sai determinada. Vicki e Marina vão atrás dela.
CORTA PARA:
CENA 02/ COLÉGIO CEI/ CORREDOR/ INTERIOR/ DIA
Vários alunos andando. Júlia sobe em cima do banco, Marina e Vicki observam tensas.
JÚLIA                          — (Grita) Atenção bolsistas, ou melhor, atenção todos os alunos.
Todos os alunos começam a prestar a atenção. Até o diretor Marcelo e os professores: Letícia e Rodrigo.
JÚLIA                          — (Cont.) Bolsistas, se nós estamos aqui é por luta e batalha. É porque temos um objetivo: o objetivo de crescer, o objetivo de estudar em uma boa escola (T) mas existem pessoas que não conhecem a nossa luta, porque eu tenho certeza que a maioria dos bolsistas são pobres assim como eu que também sou bolsista e sou pobre (olha em volta) a minha mãe nunca ia ter condição financeira de arcar com esse colégio. Considerado por muitos como o melhor colégio de São Paulo e do Brasil também. Mas eu não concordo. Sabe por que eu não concordo? Porque na escola pública a educação é a mesma. Vocês alunos não-bolsistas, vocês não tem ideia do que é chegar em uma escola pública e ver as carteiras todas arrebentadas, sem falar que às vezes nem tem carteiras pra todo mundo.
Todos olham atentos.
JÚLIA                          — (Cont.) Sem falar nos banheiros, que às vezes nem tem papel. Por quê? Porque o governo não investe em educação que é a mesma que temos aqui. (T) lá a gente aprende a mesma coisa que vamos aprender aqui, por mais que algumas matérias estejam um pouco avançadas é a mesmíssima coisa (T) vocês alunos não-bolsistas não pagam pela a educação, vocês pegam pela carteira muito bem feita, pelo lanche gostoso que as cozinhas capricham porque ganham bem e também pela limpeza que é totalmente impecável porque tem funcionários suficientes para darem conta do recado (T) vocês alunos-bolsistas não sabem o que é não ter aula por conta da ausência de professores, porque eu já perdi a conta de quantas vezes eu já perdi aula porque professor não foi ao colégio por não receber o seu salário. O salário que o governo promete, sem falar que na maioria das vezes é por problemas de saúde (T) alguns alunos não-bolsistas não vão aceitar nós os bolsistas, por sermos pobres e por não ter a mesma vida que eles, mas nós somos unidos, aqui dentro ninguém vai soltar a mão de ninguém porque a união está presente. E é isso que faz toda a diferença (T) mas o motivo de eu estar aqui falando essas palavras que tanto me tocam e me emocionam (lágrimas nos olhos) e que nem em sonho eu jurava falar tão bonito assim na frente de todo mundo (aponta para Vicki e para Marina) são aquelas duas ali, que queriam me dar um “trote” com um pó de mico que afinal de contas dá um coceira que às vezes dá ferida e sangram, mas o nosso sangue não vale nada para eles, o que vale para eles é querer provas que eles são melhores que nós (olha para Vicki e para Marina) mas vocês não vão mais fazer esse trote com os bolsistas, porque nós somos unidos. Talvez a direção não faça nada e apoie o seu trote que eu prefiro chamar de preconceito. Porque eu duvido que um estudante que paga mensalidade passe por isso.
Marcelo, Letícia e Rodrigo olham tocados.
JÚLIA                          — (Cont.) Bolsistas, mais precisamente os trinta bolsistas que deram o sangue pra entrar nesse colégio, venha até aqui.
Os bolsistas se aproxima de Júlia.
JÚLIA                          — Nós somos unidos. E vamos provar que podemos mudar o mundo. Juntos.
Os bolsistas se dão as mãos e alguns alunos aplaudem, Vicki e Marina olham com raiva.
JÚLIA                          — (Emocionada) Nós somos a revolução (T) e antes que eu me esqueça... Eu não quero me fazer de coitadinha, os bolsistas não querem se fazer de coitadinhos... O que queremos é respeito, o que queremos é igualdade aqui dentro e fora também (T) porque os pobres levam muita porrada lá fora e nós não somos obrigados a passar por isso por ter menos dinheiro, até porque um dia todo mundo vai pro mesmo lugar e não vai levar nada que tem aqui. Então vamos nos unir, todos nós, independente de gênero, de raça, de classe social e de outras tantas coisas que as pessoas problematizam para nos impedir de viver felizes. Juntos somos mais fortes do que o preconceito, todos nós.
Todos aplaudem. Letícia e Rodrigo aplaudem.
LETÍCIA                       — Que discurso lindo.
RODRIGO                  — Algo me diz que esses bolsistas vão mudar o nosso colégio.
LETÍCIA                       — E pra melhor acredito eu.
Marcelo olha sério.
MARCELO                  — Acabou o discurso. Acabou a baderna.
VITÓRIA                     — (Revoltada) Baderna, diretor? A garota simplesmente falou a verdade sobre a realidade de muitos bolsistas que estão aqui dentro, no colégio que o senhor administra (T) eu acho que o senhor deveria chamar a atenção daquelas duas ali ó (aponta para Marina e Vicki) As duas gêmeas do mal.
JÚLIA                          — Que ainda por cima iam culpar a outra gêmea delas, a gêmea boa.
ALICE                          — (Olha para Marina e Vicki) Vocês iam colocar a culpa em mim.
MARCELO                  — (Revoltado) Era só me procurar na minha sala, Júlia.
JÚLIA                          — Queria impedir que os outros bolsistas passassem por esse trote disfarçado de preconceito. Eu não estou arrependida do que eu fiz.
MARCELO                  — Mas levará uma advertência!
ALICE                          — Como assim, Marcelo? (t) As cobras das minhas irmãs que merecem uma punição (T) mas é o que (tentando lembrar o nome) Júlia! O que a Júlia disse: os alunos que pagam a mensalidade não passam pelo que os bolsistas passariam.
VITÓRIA                     — Sem falar na parte que ela parece que adivinhou que a direção ia defender a Marina e a Vicki.
Letícia e Rodrigo se aproximam.
LETÍCIA                       — Marcelo, as garotas total razão, quem errou aqui dentro foi a Victória (Vicki) e a Marina.
RODRIGO                  — A Júlia só quis salvar os outros bolsistas. O discurso dela tá fazendo total sentido agora por exemplo.
Todos começam a vaiar para Marcelo.
MARCELO                  — Chega, eu exijo respeito (A Júlia) eu não quero mais saber de baderna e nem discurso surpresa de novo no meu colégio, você ouviu bem, Júlia?
Júlia faz que sim séria.
MARCELO                  — Vicki e Marina na minha sala.
Marcelo vai sair, mas Rayssa se coloca na frente dele.
RAYSSA                     — Eu também quero dizer algumas palavras (T) Dês do começo do ano a Vicki tem implicado bastante comigo (T) é que ano passado nós éramos de salas diferentes e isso não acontecia... (T) mas agora esse ano a gente caiu na mesma sala e ela fica zombando da minha aparência e da minha inteligência, inventou vários apelidos ao meu respeito como: quatro olhos, inteligente na escola mas burra na vida, nerdona e horrorosa... Além de filhote de crus credo.
Vicki olha com ódio para Rayssa e Marcelo percebe.
MARCELO                  — Eu vou resolver isso, Rayssa.
RAYSSA                     — Obrigada.
Marcelo sai acompanhado de Marina e Vicki. Vitória abraça Rayssa. Já Júlia se aproxima de Alice
ALICE                          — (A Júlia) Obrigada por ter me salvado de pagar por algo que eu não fiz
JÚLIA                          — Ou pelo que suas irmãs quase fizeram.
ALICE                          — Mas mesmo assim, Júlia... Obrigada! Conte com uma amiga aqui nesse colégio. Qual sala é a sua?
JÚLIA                          — Segundo ano B.
ALICE                          — (Revira os olhos) A sala da minha irmã, mas relaxa, pela garra e força que você mostrou aqui você com certeza dá conta do recado.
JÚLIA                          — A sua irmã que se cuide comigo isso sim.
As duas riem.
CORTA PARA:
CENA 03/ MANSÃO DE PANDORA/ SALA DE JANTAR/ INTERIOR/ DIA
Pandora sentada ao redor da mesa. Heloísa entra e se senta na frente dela.
PANDORA                 — (deixa o celular de lado) Não postou nenhum storie no seu Instagram dês de ontem. Raro, já que você passa no máximo 6 horas sem postar stories ou mexer nas redes socias.
HELOÍSA                    — Eu só usei o Twitter mesmo... O Twitter é mais pra desabafar....
PANDORA                 — É rede social demais pra minha cabeça. Só tenho o Whatsapp, o Instagram e o Facebook (T) já deu pra mim.
HELOÍSA                    — (Sorri) E o Tinder.
PANDORA                 — Que aliás eu acho que eu vou apagar do meu celular porque eu não tenho a mínima ideia de como mexer nisso.
HELOÍSA                    — Você não vai trabalhar hoje?
PANDORA                 — Tenho audiência às 14:00.
Mariza entra uniformizada.
PANDORA                 — (Cont.) Aí eu vou aproveitar pra resolver uns compromissos/... (A Mariza) Bom dia.
MARIZA                     — (Já começando a organizar) Bom dia, dona Pandora.
HELOÍSA                    — Bom dia, Ma.
MARIZA                     — Bom dia, Helô.
PANDORA                 — (cont.) Aí eu vou tirar essa manhã pra fazer minhas unhas que isso aqui está horrível, filha. Aí depois de passar na manicure, passo na depilação, corro pro banco pra sacar dinheiro e depois volto pra casa, tomo um banho e corro pro fórum (se levantando) qualquer coisa você me encontra no celular. 
A campainha toca. Mariza sai.
PANDORA                 — Desculpa, filha. Eu nem te perguntei como você está depois de terminar com o Brandon.
HELOÍSA                    — (Tocada) Eu não quero nem falar sobre isso. Hoje eu vou tirar o dia pra estudar pra série e vou voltar pras redes sociais porque os meus fãs devem estar desconsolados.
MARIZA                     — (off) Doutor Jorge
Pandora se assusta, Heloísa não escutou.
HELOÍSA                    — O que foi mãe?
PANDORA                 — Eu escutei a Mariza falando o nome do seu pai.
Vemos Jorge vindo da sala acompanhado de Mariza.
JORGE                        — (A Heloísa) Filha.
Heloísa se levanta sorrindo, Pandora olha séria.
CORTA PARA:
CENA 04/ HOSPITAL/ QUARTO DE BRANDON/ INTERIOR/ DIA
O médico ali diante de Brandon, Solange e Marcus. Brandon ganhando alta
MÉDICO                     — Dois dias de atestado serão o suficiente.
BRANDON                 — Eu não vou poder andar de skate?
MÉDICO                     — Com a perna engessada isso não será possível, Brandon. E nesses dois dias você vai aprender a usar as muletas.
SOLANGE                  — Depois desses dois dias ele pode ir à escola normalmente?
MÉDICO                     — Sim, sim. Irá, já terá aprendido a usar as muletas.
MARCUS                    — Quanto tempo ele ficará com esse gesso na perna, doutor?
MÉDICO                     — Trinta dias, nem um dia a mais e nem um dia a menos. Então no próximo dia 28, ele tem um encontro marcado comido para retirar o gesso.
BRANDON                 — (Pensativo) Ok.
CORTA PARA:
CENA 05/ COLÉGIO CEI/ DIREÇÃO/ INTERIOR/ DIA
Marcelo diante de Vicki e Marina
MARCELO                  — A Marina ganhará uma advertência pela participação no trote (A Vicki) já você, Vicki, você tem duas acusações: o trote e o bullying contra a sua colega Rayssa
VICKI                          — Qual foi, Marcelo. Essa menina nem sabe do que ela tá dizendo, eu fiz uma brincadeira com ela uma vez ou outra mas não foi nada demais.
MARCELO                  — A mesma se disse ofendida com as frases ditas por você, Vicki.
VICKI                          — Marcelo...
MARCELO                  — (A Marina) Pode sair, por favor.
Marina sai.
VICKI                          — (Cont.) Isso não é nem um pouco justo. Muito pelo contrário, eu só fiz uma brincadeira, eu não matei ninguém e nem agredi ninguém, cara.
MARCELO                  — Abaixe o tom, mocinha.
VICKI                          — O que vai acontecer comigo? Expulsão?
MARCELO                  — Era o que você merecia por quase transformar esse colégio em uma baderna com esse seu trote. Mas serei compreensivo e te darei uma suspensão de três dias.
Reação de Vicki.
VICKI                          — Como é que é?
MARCELO                  — Três dias suspensa será o suficiente para você pensar nos seus atos, Victória.
Na preocupação de Vicki.
CORTA PARA:
CENA 06/ COLÉGIO CEI/ SEGUNDO ANO B/ INTERIOR/ DIA
Júlia entra e se senta em uma das cadeiras, Fernando entra e a avista. Ele sorri, ela retribui, ele se aproxima.
FERNANDO               — Te encontrei.
JÚLIA                          — Ontem eu estava tão estressada que eu nem... Nem me toquei que você parece um nerd (T) mas não me leve a mal você é um nerd estiloso.
FERNANDO               — É o que todo mundo diz. Considero um elogio
JÚLIA                          — Não foi um elogio. É o que você é. Um nerd estiloso.
FERNANDO               — (Sorri) Obrigado... (tentando definir Júlia) não sei como te definir
JÚLIA                          — Eu sou atriz de teatro, não tem como me definir. Eu sou muita coisa ao mesmo tempo, sou uma mistura de emoções, tudo isso para os meus personagens.
FERNANDO               — Ok.
Fernando se senta em seu lugar. Rayssa entra, Júlia a cutuca
JÚLIA                          — Senta aqui perto de mim.
RAYSSA                     — (Sorri) Tá bom…
Rayssa se senta perto de Júlia
JÚLIA                          — Então a Vicki fazia bullying com você?
RAYSSA                     — Se o diretor Marcelo não tomar nenhuma decisão/...
JÚLIA                          — (corta) Se o diretor não tomar nenhuma decisão a situação é simples: eu vou tomar. Eu não vou deixar essa menina humilhar ninguém depois do que ela tentou fazer comigo.
RAYSSA                     — Acho que a entrada dos bolsistas vai ser uma nova realidade nesse colégio.
JÚLIA                          — (Sorri) Você acha?
RAYSSA                     — Na verdade minto. Na verdade: a sua entrada vai causar uma nova era nesse colégio.
Júlia sorri.
CORTA PARA:
CENA 07/ MANSÃO DE PANDORA/ SALA DE JANTAR/ INTERIOR/ DIA
Heloísa abraça Jorge. Pandora observa séria, Mariza percebe o climão e pega os produtos de limpeza e se afasta.
HELOÍSA                    — Estou tão feliz em te ver.
JORGE                        — Você acha mesmo que eu ia conseguir ficar sem me preocupar com você depois desse acidente?
Jorge olha para Pandora.
JORGE                        — Como vai Pandora?
PANDORA                 — (Séria) Por que você quer saber? Isso não te interessa, não lhe diz respeito (T) afinal de contas, não era nem pra você estar dentro da MINHA CASA.
JORGE                        — Relaxa que eu estou hospedado no hotel.
PANDORA                 — Acontece que eu não quero você aqui nem de passagem.
HELOÍSA                    — Mãe, por favor.
JORGE                        — Tudo bem, filha. O papai vai ficar no Brasil agora, já conheci todos os vinhos de Portugal, agora eu fiz um bom negócio e vai dar certo.
Jorge abraça Heloísa
JORGE                        — Até mais, filha.
Jorge sai. Heloísa encara Pandora
HELOÍSA                    — Precisava dessa grosseria toda com o papai?
PANDORA                 — Você não tem ideia do tamanho da mágoa e dor que ele me causou, filha. Eu não consigo olhar mais pro seu pai da mesma forma como eu olhei nos últimos 18 anos que tivemos de casado (lágrimas nos olhos) foram quase 20 anos e nesses dois anos finais eu vivi uma mentira que eu me recordo cada vez mais.
HELOÍSA                    — Você precisa esquecer o papai, mãe. Deixar de viver esse seu lado sofredor, você precisa ir atrás de outro alguém.
PANDORA                 — Não é fácil esquecer um amor de 18 anos em seis meses. Você não concorda comigo?
Heloísa hesita.
PANDORA                 — Vou atrás dos meus compromissos inadiáveis. Com licença.
Pandora sai. Heloísa reflexiva, olha o seu celular vibrar e é: Brandon que a telefona.
HELOÍSA                    — (desliga) Nem pensar, Brandon. Preciso refletir.
Em Heloísa pensativa.
CORTA PARA:
CENA 08/ COLÉGIO CEI/ SALA DOS PROFESSORES/ INTERIOR/ DIA
Letícia entra, Eva está sentada.
LETÍCIA                       — Ai graças a Deus hora do intervalo, se os alunos pensam que só eles gostam desses minutinhos de descanso eles estão bem enganados.
EVA                             — Pois é, Letícia. Concordo plenamente.
LETÍCIA                       — Então, Roberta? Tá gostando daqui? Do Colégio CEI.
EVA                             — (Sorri) E você não imagina o quanto, comentei com o Joaquim ontem a grande chance de estar em um colégio como esse.
LETÍCIA                       — (Sorri) Fico feliz que esteja gostando.
EVA                             — Descansar um pouquinho que depois é o segundo B.
CORTA PARA:
CENA 09/ MANSÃO DE PANDORA/ SALA DE ESTAR/ INTERIOR/ DIA
Mariza organizando as coisas. Heloísa entra
MARIZA                     — Helô, eu acho que eu nem te contei: a minha filha conseguiu a bolsa no seu colégio.
HELOÍSA                    — (Sorri) Jura, Má? Fico feliz.
MARIZA                     — Pois é, eu estou tão orgulhosa.
HELOÍSA                    — Espero que nos cruzemos.
MARIZA                     — O nome dela é Júlia Oliveira.
HELOÍSA                    — Vou guardar esse nome. Quem sabe não nos encontremos por lá.
Heloísa sobe as escadas.
CORTA PARA:
CENA 10/ MANSÃO DE PANDORA/ QUARTO DE HELOÍSA/ INTERIOR/ DIA
Heloísa entra, ela então recebe a seguinte mensagem de seu pai
WHATSAPP
PAI: VEM AQUI NA LANCHONETE ESTRELA-CADENTE, A ONDE A GENTE SEMPRE VINHA ANTIGAMENTE
Heloísa sorri e sai.
CORTA PARA:
CENA 11/ LANCHONETE ESTRELA-CADENTE/ INTERIOR/ DIA
Vemos Jorge sentado esperando por Heloísa que se aproxima.
HELOÍSA                    — Oi pai, tudo bem?
JORGE                        — Oi Heloísa, minha filha
HELOÍSA                    — Desculpa pela grosseria da minha mãe, você sabe como ela está depois dessa situação toda da sua traição (T) aliás, pai. A gente nunca conversou sobre isso: a sua traição. Por que você fez isso?
JORGE                        — É minha filha, você tem razão a gente nunca conversou sobre essa traição, assim como nunca conversamos sobre várias situações que também envolvem você.
HELOÍSA                    — (Surpresa) Como assim envolvem a mim?
JORGE                        — Heloísa, eu e a sua mãe nunca conversamos com você sobre isso e eu acho que já está mais do que na hora de falar com você sobre isso, porque é um assunto que diz respeito a sua história, é uma situação que eu acredito que você queira saber. Eu esperava falar com você sobre isso com a sua mãe presente, mas ela jamais irá aceitar trocar duas palavras comigo.
HELOÍSA                    — (Preocupada) Pai, você está me assustando. O que é que está acontecendo?
Jorge hesita. Heloísa enche os olhos de lágrimas.
JORGE                        — Você não é minha filha, Heloísa!
Reação de Heloísa.
CLOSE EM HELOÍSA
CORTA PARA:

FIM

CAPÍTULO CURTO PARA DAR A EMOÇÃO PARA A PRÓXIMA SEMANA QUE SERÁ IMPERDÍVEL. JÁ QUE ESSA SEMANA FOI PARA APRESENTAR OS NOSSOS PERSONAGENS E O NOSSO CENÁRIO, SEMANA QUE VEM IREMOS NOS APROFUNDAR MAIS NOS MERCHANS SOCIAIS E DAR UM RITMO MAIOR A HISTÓRIA: <3 
 

Um comentário:

  1. Meu Deus, que capítulo maravilhoso! Eu amei muito, Weslley. E o fato de a Helô não ser filha do Jorge foi uma surpresa. Amei o discurso da Júlia, rainha! Já no aguardo do próximo capítulos. Parabéns! 😍

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