Novela de Eric
Carvalho
Capítulo 044 (Penúltimo Capítulo)
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
LANA E ALFREDO CHEGA AO FUNERAL DE VITÓRIA (instrumental fúnebre)
LANA FICA CHOCADA DE VER QUE ESTÁ NO FUNERAL APENAS ELA, ALFREDO E MAIS
TRÊS PESSOAS.
LANA – Alfredo cadê as pessoas que
minha mãe conhecia?
ALFREDO – Vitória não era muito querida
como da pra perceber minha filha!
LANA – Muito obrigada por ter vindo
Alfredo! Sei que não deveria está aqui por tudo o que ela te fez!
ALFREDO – Imagine minha filha, vim por
você pra te confortar, embora ela não tenha sido uma pessoa boa ela era sua
mãe!
LANA SE APROXIMA DO CAIXÃO COM LÁGRIMAS NOS OLHOS E COLOCA UMA ROSA SOB
O CAIXÃO.
LANA – Descanse em paz minha mãe, que
Deus tenha misericórdia de você e perdoe todos os seus pecados na Terra! (ela
faz o sinal da cruz)
PEDRA ROSA/ NOITE
CASA LUCIA/ DIA
LUCIA ESPERIMENTA O VESTIDO QUE ALUGOU PARA O CASAMENTO DE NANDA...
TIÃO ENTRA NO QUARTO (instrumental tenso)
TIÃO – Mas que palhaçada é essa? O
natal já chegou e você está se enfeitando para ficar de enfeite na sala?
LUCIA – Para de ser ridículo! Estou
experimentando o vestido que vou usar no casamento de Nanda! Vou ser a
madrinha! E tenho que está linda!
TIÃO (cai na risada) – Linda? Então
você vai ter que nascer de novo! (risos) Tira isso você não vai a lugar algum!
Se seu marido não vai você também não irá! Onde já se viu você fazer par com o
próprio filho, ainda mais uma gazela como ele! (risos)
LUCIA (nervosa) – É claro que eu vou!
Sou madrinha desse casamento, se você não foi convidado é porque não é uma
pessoa desejável você não acha?
TIÃO – Pois quero ver se você arreda o
pé daqui!
LUCIA – Não estou com paciência pra ouvir
seus desaforos Tião! Estou farta! (ela sai do quarto)
TIÃO (vai atrás e a segura pelo braço) – Onde
você pensa que vai?
Se eu disse que você não vai a esse casamento
é porque você não vai sua vagabunda! (ele da um tapa na cara de Lucia) Ou vai
querer apanhar?
LUCIA (cospe na cara de Tião) – Tenho
um ódio mortal de você seu cretino miserável!
TIÃO DA OUTRO TAPA NA CARA DE LUCIA, QUE O ESBOFETEIA, E OS DOIS
COMEÇAM UMA BRIGA NA BEIRA DA ESCADA, TIÃO
COMEÇA A ENFORCA-LA, LUCIA SE DEFENDE E EMPURRA TIÃO QUE ROLA ESCADA A BAIXO E
CAI DESACORDADO NO FINAL DOS DEGRAUS.
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO QUARENTA E QUATRO...
LUCIA SEGURA A CABEÇA DE TIÃO E DÁ TAPAS EM SEU ROSTO.
LUCIA (desesperada) – Tião fala comigo?
Tião? Ai meu Deus alguém me ajuda!
ANDER ENTRA EM CASA E DEPARA-SE COM TIÃO CAIDO AO CHÃO E LUCIA AOS
PRANTOS.
ANDER – Mãe o que aconteceu?
LUCIA – Meu filho me ajude, chame uma
ambulância!
A AMBULÂNCIA CHEGA.
ANDER – Nem precisa já estão aqui! O
que houve? Ele caiu? Com certeza estava bêbado! Ele te agrediu né mãe?
LUCIA – Ander agora não é hora de falar
disso! Depois te explico meu filho, vamos tenho que ir com ele até o hospital.
ANDER – De jeito nenhum! Tomara que ele
morra!
ENFERMEIRO – Preciso que alguém o
acompanhe!
LUCIA – Eu vou moço! Vamos!
LUCIA ENTRA NA AMBULÂNCIA E SEGUEM PARA O HOSPITAL.
ANOITECE...
HOSPITAL/SALA DE ESPERA/NOITE
LUCIA AGUARDA NOTICIAS DE TIÃO, ANDER CHEGA E ABRAÇA A MÃE.
ANDER – E ai mãe nada do cafajeste? Ou
já bateu as botas?
LUCIA – Para com isso Anderson! Ainda
não tive nenhuma noticia dele, seu pai é um monstro sim, mas não pode falar
desse jeito meu filho ele é um ser humano como nós!
ANDER – Ai mãe não vou nem discutir
isso com a senhora!
O MÉDICO CHEGA.
MÉDICO – A senhora que é esposa de
Sebastião?
LUCIA – Sim sou eu, e ai doutor ele vai
ficar bem?
MÉDICO – Sim ele vai sair desse ileso!
O santo dele é forte porque pela quantidade de degraus que ele caiu era pra ser
bem mais grave.
ANDER – Então está ótimo, vamos embora
mãe!
MÉDICO – Ele só vai precisar ficar em
observação até amanhã, se não houver nenhuma alteração no quadro clinico dele
ele receberá alta! Com licença!
ANDER – Vamos pra casa mãe, não tem mais
nada para ser feito aqui.
LUCIA (pensativa) – Tem sim meu filho!
ANDER (raiva) – Ai mãe não acredito que
vai passar a noite aqui com esse desgraçado.
LUCIA – Não Anderson, eu vou para a delegacia de mulheres! Vou denunciar o
Tião!
ANDER (espanto) – Oi? Eu ouvi isso
mesmo? Você vai denunciar ele?
LUCIA – Sim, desta vez Tião foi longe
demais, ele ia me matar meu filho foi quando eu o empurrei daquela escada, se
não era para eu está dentro de um caixão agora!
ANDER (revoltado) – Desgraçado! Está
vendo porque queria que ele morresse? Por conta disso dessas coisas que ele faz
com a senhora!
LUCIA – A morte não é penitencia meu
filho, a prisão sim! Lá é um castigo para ele, vamos quero fazer isso agora
mesmo!
LUCIA E ANDER PEGA UM TAXI E SEGUEM PARA A DELEGACIA DE MULHERES ONDE
LUCIA FAZ A DENUNCIA CONTRA TIÃO.
HOTEL/ NOITE
QUARTO LANA, A CAMPAINHA TOCA LANA VAI ABRIR E DEPARA-SE COM MIGUEL
(instrumental Because of you)
LANA (surpresa) – Miguel? O que faz
aqui?
MIGUEL – Precisamos conversar meu amor!
LANA – Olha Miguel não temos mais nada
para dizer um ao outro!
MIGUEL – Não precisa dizer nada!
MIGUEL A BEIJA, E OS DOIS SE BEIJAM APAIXONADAMENTE AO SOM DE BECAUSE
OF YOU – KELLY CLARKSON, ELES VÃO SE BEIJANDO E TIRANDO A ROUPA, ONDE FAZEM
AMOR NO CHÃO...
AMANHECE...
LANA ACORDA E VÊ MIGUEL AO SEU LADO, ELA O ACORDA.
LANA – Miguel acorda você precisa ir
embora! Miguel?
MIGUEL (acorda) – Bom dia meu amor!
LANA – Miguel é sério você tem que ir
não quero problemas com Vanessa, vai se troca e vai embora, por favor!
MIGUEL (se levanta) – Eu quero você e
não Vanessa!
LANA – Mas é com ela que você vai ter
um filho e é com ela que você tem que ficar!
MIGUEL – E se eu te disser que não tem
filho nenhum? Que tudo foi uma armação de Vanessa!
LANA (surpresa) – Como é que é?
ABERTURA DA NOVELA SEGUE AO SOM DE BECAUSE OF YOU
MIGUEL – É isso mesmo meu amor, não vou
ter filho nenhum com Vanessa não há mais nada que nos impeça de ficar juntos!
LANA (sem reação) – Nossa não sei nem o
que dizer.
MIGUEL – Só diz que me ama e quer ficar
comigo!
LANA (sorri) – Eu te amo Miguel e o que
mais quero é ficar com você!
OS DOIS SE BEIJAM FELIZES AO SOM DE BECAUSE OF YOU – KELLY CLARKSON...
CORTA PARA MORRO DA PEDRA (som Força, foco e fé – Projota)
ESCRITÓRIO JP
JULIA ENTRA NA SALA
JP – E aí mina tá mais de boa?
JULIA (tensa) – Acabei de voltar do
médico!
JP – Médico mano? Como assim médico? Tu
dá os corre ai e nem troca ideia? O que tá pegando? Tá doente?
JULIA – Tô grávida JP!
JP (chocado) – Grávida? Tu tá me
dizendo que eu vou ser pai de um moleque teu?
JULIA – Sim, vamos ser pais!
BETA – Ihhh a lá o herdeiro do dono do
Morro da Pedra a caminho!
JP SE LEVANTA DA CADEIRA, SE APROXIMA DE JULIA E EMOCIONADO COLOCA A
MÃO NA BARRIGA DELA.
JP (com olhos cheio de lagrimas) – Quer
dizer que tem um pivete meu crescendo aqui?
JULIA (emocionada) – Tem! Tem sim meu
amor!
JP A BEIJA E A ABRAÇA!
JP (feliz/animado) – Pode pá mano,
libera churrascada pra todos da quebrada Beta, vamos da uma festa pra comemorar
a chegada do meu moleque!
BETA SAI FELIZ PRA DAR A NOTICIA A QUEBRADA, MAS ACABA SENDO
SURPREENDIDA POR POLICIAIS QUE INVADEM O MORRO (instrumental tenso/ ação)
BETA (grita) – Rala o pé, os bico tão
na área!
BETA CORRE E SE ESCONDE, VÁRIOS POLICIAIS CERCAM O MORRO, JP TENTA
FUGIR, MAS ACABA SENDO PRESO OS POLICIAIS ENCONTRAM TODAS SUAS DROGAS
ESCONDIDAS, ELE É COLOCADO NA VIATURA, JULIA FICA DE LONGE OLHANDO COM LAGRIMAS
CAINDO DE SEUS OLHOS, OS POLICIAIS FECHAM A VIATURA E LEVAM JP PARA A
DELEGACIA.
JULIA (aos prantos) – Eu vou te tirar
dessa meu amor!
(som Aqueles Olhos – Dom M)
IMAGENS EM CAMERA LENTA DE JP TIRANDO FOTOS NO PRESÍDIO PARA O
REGISTRO, EM SEGUIDA O VEMOS ENTREGANDO SEUS PERTENCES E COLOCANDO AS ROUPAS DE
PRESIDIÁRIO... O CARCEREIRO O LEVA PARA A CELA, IMAGENS DAS GRADES FECHANDO JP
GRITA...
HOTEL
QUARTO LANA/ DIA
LANA E MIGUEL SE BEIJAM, A CAMPAINHA TOCA.
LANA – Quem será logo de manhã?
LANA ABRE A PORTA E JULIA ENTRA COM TUDO AOS PRANTOS. (instrumental
triste)
JULIA – Mãe vocês precisam me ajudar!
MIGUEL (se cobre) – O que houve minha
filha?
LANA – O que aconteceu filha? Está
pálida!
JULIA – JP foi preso! Vocês precisam
tirar ele de lá!
MIGUEL (susto) – Preso? Mas por quê? O
que ele fez?
JULIA – Pegaram ele lá com os bagulhos
e levaram ele!
LANA (triste) – O minha filha que
tristeza, mas fica calma que vamos dar um jeito nisso, vamos tirar JP de lá não
é Miguel?
MIGUEL – Claro, vamos ver isso agora
mesmo! Vou ver o que da pra fazer fiquem aqui que vou dar um jeito nisso!
LANA – Aonde você vai?
MIGUEL – Confia em mim! (ele a beija e
sai)
LANA (abraça Julia) – Fica calma minha
filha vai dar tudo certo!
DELEGACIA DE MULHERES/ NOITE
LUCIA E ANDER SAI DA DELEGACIA
ANDER – Agora esse desgraçado vai ter o
que merece!
LUCIA (medo) – Não sei meu filho eu
tenho medo de que ele possa escapar da prisão e fazer algo contra você ou até
eu mesma! Aquele homem é capaz de tudo!
ANDER – Fica tranquila mãezinha, aquele
desgraçado vai mofar na cadeia desta vez!
LUCIA – Tomara meu filho, tomara!
ANDER – Se todas as mulheres que
sofressem abusos ou agressões denunciassem acredito que não teríamos tantos
feminicídios por aí.
LUCIA – Não é bem assim meu filho, a
maioria das mulheres que sofrem agressões de seus companheiros tem o mesmo
receio que eu tive até hoje, muitas apanham caladas por vergonha de denunciar
ou até mesmo medo de serem mortas pelos companheiros, e por isso acabam por não
denuncia-los.
ANDER – Pois mãe por isso esses
políticos deveriam pegar mais pesado nas leis penais, porque não só as mulheres
sofrem com isso mas os gays, negros, obesos e muitas outras pessoas sofrem com
tanto abuso e violência por ter leis fracas.
LUCIA – Com certeza meu filho! Olha o
ônibus vindo! (ela da o sinal pra parar o ônibus)
OS DOIS ENTRAM NO ÔNIBUS E SEGUEM PARA PEDRA ROSA...
AMANHECE...
HOTEL/ DIA/ QUARTO LANA
LANA – Julia minha filha já está
acordada?
JULIA – Nem dormi mãe! Não consigo
parar de pensar em JP. Coitado!
LANA – Calma filha seu pai foi resolver
isso fica tranquila ele tem muitos amigos e contatos aqui no Rio.
JULIA – Ele deveria ter vindo aqui já
ou ligado né? Saiu ontem e nem deu mais noticias!
LANA – Ele deve está correndo atrás
para tirar o JP de lá afinal antes do JP ser seu namorado ele é irmão do seu
pai.
JULIA – Tão louco isso né mãe? E eu
preciso te falar uma coisa que aconteceu.
(instrumental tenso/emoção)
LANA – Pode falar Julia tem mais alguma
coisa que aconteceu lá no morro?
JULIA (tensa) – Tem sim mãe... É que
eu...
LANA – Fala filha! Estou ficando
preocupada já.
JULIA – É que eu tô grávida do JP é
isso pronto falei!
LANA (chocada) – Grávida Julia? Grávida
minha filha?
JULIA – Eu sei que vai dizer que sou
irresponsável que não tenho juízo e tudo mais, mas aconteceu e não tem como
voltar atrás, se quiser ficar com raiva pode ficar estará no seu direito.
LANA – É claro que não vou ficar com
raiva Julia, isso estava muito cedo para acontecer né minha filha, você mal
completou dezoito anos... Mas vem cá (ela a abraça) Pode contar comigo minha
filha jamais irei abandona-la eu sei bem o que está sentindo e passando pois
passei por tudo também!
JULIA (chora) – Desculpa mãe por te dar
tanta decepção, por não ser uma filha que te orgulhasse.
LANA – Que isso minha filha para com
isso eu tenho muito orgulho de você sim, olha preciso ir para a Campello
resolver umas coisas com sua tia Miranda, por que não vem comigo e podemos
passar no shopping para comprar o enxoval do nosso bebê o que acha? Assim você
se distrai um pouco e quem sabe quando voltarmos seu pai já nos traga uma boa
noticia? Vamos filha vai ser bom pras nos duas faz muito tempo que não fazemos
isso.
JULIA – Tudo bem vamos sim preciso de
uma distração mesmo.
LANA – Então espere aqui que vou só
pegar minha bolsa e vamos as compras como antigamente quando você era criança
que saiamos só nós duas para ir ao shopping fazer compras lembra filha? (ela
pega a bolsa)
JULIA (sorri) – Lembro sim mãe!
AS DUAS SEGUEM CONVERSANDO E VÃO PARA O SHOPPING...
CORTA PARA PENITENCIÁRIA
MIGUEL SEGUE PARA VISITA Á JP E O AGUARDA NO PÁTIO COM OS OUTROS
VISITANTES (instrumental tenso)
JP CHEGA NO PÁTIO MIGUEL ABRE OS BRAÇOS AO VÊ-LO JP FICA OLHANDO PARA
ELE.
PEDRA ROSA
(instrumental cômico) CLEMENCIO DESCE DO ÔNIBUS RODOVIÁRIO, A POPULAÇÃO
DE PEDRA ROSA FICAM SURPRESOS COM A VOLTA DO DELEGADO ELE SEGUE PARA A
DELEGACIA.
CLEMENCIO – Eu voltei para meu povo! E
para botar ordem nessa cidade novamente!
SARGENTO (surpreso) – Delegado? Mas já
voltou? Não tinha se afastado?
CLEMENCIO – Sim, mas resolvi voltar
mais cedo, vá pegar um café que estou indo para minha sala.
SARGENTO – Senhor delegado é que...
CLEMENCIO – É que nada! Faz o que estou
mandando rapaz!
ELE SEGUE PARA A SALA, E AO ENTRAR DEPARA-SE COM DELEGADO TOBIAS.
DEL. TOBIAS – Quem o senhor pensa que é
para entrar em minha sala sem ser anunciado?
CLEMENCIO – Sua sala? Essa sala é minha
e trata de ir saindo da minha cadeira!
DEL. TOBIAS – Ah já entendi, o senhor
deve ser o antigo delegado?
CLEMENCIO – Antigo uma pinoia! Estava
afastado e estou de volta para minha casa que é essa delegacia! E o senhor que
me cobriu aqui pode ir embora! Não precisamos mais dos seus serviços!
DEL. TOBIAS – Me desculpe, mas isso não
vai ser possível! O senhor foi afastado do seu cargo por tempo indeterminado e
eu fui nomeado o novo delegado de Pedra Rosa, portanto o senhor não tem mais
nada a fazer por aqui!
CLEMENCIO – Isso é um despautério! Vou
recorrer a esse afastamento indevido!
DEL. TOBIAS – Tenho uma boa ideia para
o senhor! Já que queres tanto fazer o bem por Pedra Rosa por que não se
candidata ao cargo de prefeito? Saiba que terá uma eleição direta para eleger
um novo prefeito já que o ex prefeito Genivaldo e seu vice foram presos. O que
acha?
CLEMENCIO (surpreso/empolgado) – O
senhor prefeito Genivaldo foi preso? Mas o que esse homem fez gente?
DEL. TOBIAS – Lavagem de dinheiro e
corrupção dentre outros crimes, e como o senhor já bem conhecido e adora aqui
em Pedra Rosa que fiquei sabendo, acredito que ganha fácil essa eleição! E ai o
que me diz?
CLEMENCIO (orgulhoso) – Não sei vou
pensar! Mas eu vou recorrer ao meu cargo de delegado! Passar bem! (ele sai)
DEL. TOBIAS (ri) – Só tem louco nessa
cidade!
CLEMENCIO (sussurra/animado) – Prefeito
de Pedra Rosa eu? Taí gostei da ideia! (ele sorri)
CREUZA VÊ CLEMENCIO NA PRAÇA E VAI ATÉ ELE.
CREUZA – Seu delegado Clemencio já
voltaram?
CLEMENCIO – Tá falando do que Creuza?
Como já voltaram se foi só eu viajar?
CREUZA (ri) – Acha que eu não sabia que
você e a Dona Veruska iam fugir juntos? Ela me contou tudo antes de ir pra sua
casa até me passou o hotel, e ela cadê?
CLEMENCIO (raiva) – Nem me fale dessa
bandida, ou bandido sei lá! Aquela desgraçada fugiu com todo meu dinheiro e me
deixou sozinho no Paraguai.
CREUZA (surpresa/rindo) – Gente esse
Paulão era profiça mesmo hein enganou o senhor direitinho! (risos) Então quer
dizer que o senhor está livre na pista? (ela o abraça)
CLEMENCIO – O que é isso dona Creuza
comporte-se!
CREUZA – Podemos nos conhecer melhor o
que acha seu delegado?
CLEMENCIO (sem graça) – Tchau dona
Creuza, depois conversamos! (ele sai correndo)
CREUZA – Que homem meu Deus do céu! É
um pedaço de mau caminho! (ela morde os lábios)
LANA E JULIA CHEGA À CAMPELLO E SEGUEM PARA A RECEPÇÃO.
LANA – Ai filha esqueci uns documentos
dentro do carro, espera só um minutinho que vou lá busca-los.
JULIA – Quer que eu pegue pra você mãe?
LANA – Não filha pode deixa que eu
pego! Enquanto isso vai conversando com sua tia Miranda! Já volto!
LANA VAI ATÉ O CARRO E PEGA OS DOCUMENTOS AO FECHAR A PORTA DO CARRO
VANESSA A RENDE COM UM REVOLVER.
LANA (assustada) – O que é isso
Vanessa?
VANESSA – Entra no carro e fica quieta!
Vamos dar uma volta! (grita) Entra vadia!
LANA – Calma Vanessa abaixa essa arma!
VANESSA (grita) – Não ouviu o que eu
disse não vadia! Entra nesse carro se não eu meto uma bala bem na sua fuça!
LANA – Tudo bem Vanessa!
LANA ENTRA NO CARRO, VANESSA SENTA DO LADO DO PASSAGEIRO E APONTA O
REVOLVER PRA ELA.
VANESSA – Você vai dirigir até a
hidrelétrica! Vamos!
LANA SAI COM O CARRO, CLARA VÊ AS DUAS E ACHA ESTRANHA ENTÃO ELA VAI ATÉ A SALA DE MIRANDAE ENTRA CORRENDO.
MIRANDA (assustada) – O que é isso
Clara? O que aconteceu garota?
CLARA – Dona Miranda, a dona Lana saiu
de carro!
MIRANDA – E o que tem demais nisso?
JULIA – Saiu? Mas ela ia apenas pegar
uns documentos que tinha esquecido!
CLARA – Ela saiu de carro com a dona
Vanessa! E estava um clima muito estranho tenho a impressão de que Vanessa
estava apontando um revolver para a dona Lana!
MIRANDA (susto) – Misericórdia! Você
tem certeza do que está dizendo?
CLARA – Tenho sim dona Miranda!
JULIA – Tia essa Vanessa é uma louca!
Temos que ligar para a policia agora mesmo!
LANA SEGUE ATÉ A HIDRELÉTRICA, CHEGANDO AS DUAS DESCEM DO CARRO.
VANESSA (apontando o revolver) – Acabou
pra você minha querida!
LAGRIMAS CAEM DOS OLHOS DE LANA, VANESSA ENGATILHA O REVOLVER.
(instrumental suspense) LANA VAI SE AFASTANDO E SE AFASTANDO CADA VEZ MAIS.
LANA – Por favor, Vanessa você não
precisa fazer isso! Abaixa essa arma vamos conversar!
VANESSA – Cala sua boca sua vadia
desgraçada!
LANA SE AFASTA DEMAIS E ACABA ESCORREGANDO E CAINDO, ELA SE SEGURA NA
PONTE E FICA PENDURADA, VANESSA SE APROXIMA DELA E APONTA O REVOLVER.
VANESSA – Adeusinho vadia!
FOCO EM LANA
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos ao som
instrumental suspense.
Fim de capítulo.
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre
criação artística e sem compromisso com a realidade"
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