Escrita por
MARCELO MAIA
Original Cyber TV
Capítulo 06
Cena
01 – Mansão de Marion / Manhã/ Quarto de
Davi / Int.
Arrumada, vai até o quarto de Davi, Marion, sabe que seu dia será
longo. Já arrumou a mala de Davi.
Marion – Acorda Davi, levanta que você terá uma longa viajem. Já está
tudo planejado. Vai garoto, levanta. – Abre a cortina do quarto, batendo uma
claridade no rosto de Davi.
Davi – Mãe, o que você esta fazendo. – acordando e reclamando.
Marion - Salvando a sua vida e tentando arrumar a merda que você fez.
Davi – O que eu fiz? – com a cara totalmente amassada.
Marion – Senta ai que eu irei lhe explicar. – gritando – Senta logo
garoto.
Davi – Não grita, estou com dor de cabeça.
Marion – É a ressaca Davi. Vou encheu a cara de cachaça, arrumou briga
e fez a merda de cagar na sua vida Davi. Você é burro meu filho. Você fez a
pior coisa do mundo. Você não usa a cabeça meu filho.
Davi – Mãe, por que estou pelado e roxo no corpo, o que houve? Tem
sangue em mim.
Marion - Você Davi... Estuprou uma menina ontem. Você assinou sua
própria carta de morte. Sua sorte foi que a anta do seu irmão chegou na hora.
Hoje ele esta preso em seu lugar. Logo a polícia vai ver que não foi ele e vem
atrás de você. Então você fará uma longa viagem. Ouviu Davi.
Davi – Sim. Mãe eu estou arrependido eu juro.
Marion – Agora Davi? Você é um burro mesmo. Uma criança. Faz 18 anos e
me comete um crime, meu senhor, o que eu fiz. Só pode ser praga.
Davi – Me perdoa mãe. – Chorando.
Marion – Você tem meia hora para arrumar suas coisas, Ouviu bem? Você
vai para Santos de helicóptero, de lá vai embarcar para Áustria, e lá você irá
viver por alguns anos.
Davi – Mais mãe...
Marion - Nervosa e aos gritos com Davi – Mais nada menino, cala a sua
boca e faça o que eu mandei. Já estou cansada dessa tua atitude imatura.
Adolescente rebelde comigo e tratado assim, a base de choque. Você não fez sua
merda agora aguente Davi.
Davi – chorando. - E o Perso mãe?
Marion – Vou ir junto com o advogado tirar ele da cadeia. Só não sei o
que faço. - Sai do quarto.
Davi – Não vai me dar tchau mãe?
Marion – Não precisa semana que estarei lá com você. – sorrindo.
Cena
02 – Delegacia/ tarde/ Sala do Delegado/ Int.
Sentado na sala de espera Perso, aguardo o Senhor delegado, cabisbacho
e pensativo. Entra o delegado.
Delegado – Senhor Perso, como está?
Perso – Como você acha que estou? Feliz? [...] Eu fui vitima. De uma
trama do meu irmão e minha mãe, você acha que estou feliz?
Delegado – Mas tudo indica que o senhor cometeu este delito.
Perso – Como eu posso cometer isso dormindo senhor? Não há como, nem
chance, não há hipótese. Pelo amor de Deus, vocês estão cometendo um erro
gravíssimo. Eu não fiz nada – Chorando.
Delegado – Só queremos ouvir de você a verdade assim conseguirmos aliviar
a sua pena.
Perso – Santo Deus, eu não posso estar ouvindo isso. Senhor Delegado,
como eu vou pagar por algo que eu não fiz?
Delegado – Mas a vitima confirmou que era você. Você quer que eu faça o
que rapaz. Você comete seus erros e acha que o problema é nosso.
Perso – Não pode ser, há algo errado. Não pode ser. – Desesperado.
Policial batendo na porta.
Policia – Com licença senhor delegado. Há uma pessoa aqui fora querendo
falar com o senhor Perso. Posso mandar entrar.
Delegado – Antes deixa ver quem é, e pedir para assinar a Ata.
Policial – Ok, vou mandar aguardar.
Delegado – Por favor. [...] Continuando senhor Perso, eu espero que seus
advogados sejam bem fugas, neste momento você irá precisa. Agora me deixe ver
quem quer falar com você.
Perso – Com ódio diz – Se for à peste da Marion, eu não aceito a
visita dela, Ok.
Cena
03 – Porto de Santos / Tarde / Externo.
Davi chega ao porto de Santos.
E é conduzido até a entrada do navio para ir embora do pais, ali
ele sente na pele o quanto errou, o quanto mal fez ao seu irmão.
- Inicio Flashback –
Marion – Nervosa – Eu espero que você entre neste navio, seu imbecil.
Davi – Mãe, eu não quero ir, pelo amor de deus.
Marion – Se você aparecer aqui de novo eu juro que mato você Davi.
Davi – Assustado – Mas mãe...
Marion – Pega Davi pelos braços e com ódio diz – Você é burro, você já
fez da sua vida um inferno, você está fazendo seu irmão pagar por isso, você é
burro Davi. Você vai entrar naquele maldito navio e vai ir embora sim, só vai
voltar muitos anos depois, eu não quero te ver nem tão cedo. Ouviu Davi?
Davi –
Chorando – Sim Senhora.
- Fim Flashback –
Davi – [Pensando alto] Eu preciso embarcar. Meu único modo de sair
deste país, desta vida. Eu não quero pagar pelo que fiz. Não faço ideia para
onde este navio vai, mais minha vida vai mudar a partir de agora.
Cena
04 – Continuação Delegacia / Int.
Marion entra na sala onde se encontra Perso, preso e algemado e
uma barra de ferro. Perso sentado vê sua mãe entrando.
Marion – Entrando – Perso...
Perso – Sabia que você vinria me tirar mãe.
Marion – estranhando a atitude de Perso – Mãe? Você nunca me chama assim
rapaz, o que está havendo?
Perso – chorando – Pelo amor de Deus me tire daqui, você sabe que eu
não fiz nada.
Marion – Olha para seu filho e diz – Será?
Perso – irritado, seca as lagrimas e diz – Porque achas isso? Eu
estava dormindo, você viu. Eu não fiz nada a ninguém, eu não sei o que esta
acontecendo. Mas garanto que você sabe.
Marion – Começa a rir. - Querido, você sabe sim o que houve.
Perso – Você me acusa de algo que eu não fiz. Só queria entender o
porquê você tem essa raiva de mim. Mas pelo Davi.
Marion – irritada – Pelo Davi o que Perso? [...] Cada mãe ama seu filho
como pode. Infelizmente eu amo ele.
Perso – Isso é visível Marion, quer saber, suma daqui, você e o
imbecil do seu filho.
Marion – Começa a rir altíssimo. – Não se preocupe, seu irmão uma hora
dessa já esta sumindo deste pais.
Perso – Você vai me deixar pagar por algo que não fiz? Você sabe que
sou inocente, jamais iria fazer mal a
ninguém. Eu não sou o Davi.
Marion – Aos gritos – Você respeita o seu irmão, você sabe dos seus
erros.
Perso – Eu não fiz nada. – Com ranço da mãe.
Marion – A partir de agora você fez. Vou até o último, mais você vai
ficar aqui mais uns dias, para aprender.
Perso – Você vai criar um monstro Marion. Você já me humilhou muito
nessa vida – começa a chorar.
Marion – Vai se fazer de vitima, você quer que eu chore também. [...]
Melhor, eu vou bater palma. – começa aplaudir.
Perso – Irritado – Suma daqui sua merda. Eu te odeio, com toda força
do mundo, você não é uma mãe.
Marion – Sorrindo – Obvio que não, eu não sou sua mãe, eu sou mãe
apenas do Davi, não pedi dois filhos. Apenas um, mas você veio de brinde, e
tudo que é demais não é bom.
Perso – Eu sinto falta do meu pai. – chorando.
Marion – sorrindo – A única coisa boa que seu pai deixou, foi o
dinheiro. Espero que aquele verme sofra no quinto dos infernos…
Perso – Suma daqui sua peste.
Marion – Filhote, não fale assim com a única pessoa que esta ao seu
lado.
Perso – Maldita, um dia eu vou sair daqui, dai...
Marion – Irritada curva-se para Perso e olha com cara de ódio e diz –
Daí o que rapaz? Vai me matar. Vai querer se vingar? Justiça?... Se quer saber,
eu espero que aqui seja sua casa por muito, mais muitos anos, você estraga
minha vida, e SIM Perso, você vai pagar pelo que você não fez. Seja muito
infeliz na sua nova casa querido. Ingrato.
Perso – Espero que você morra. – cospe em Marion, que assustada fecha
os olhos.
Marion – Da um tapa fortíssimo em Perso, tirando todo o ódio de dentro.
– Espero que você pague por tudo que você fez. Eu quero te vê sofrer. Eu vou
ver tudo de camarote, seu ingrato.
Perso – Um dia vou sair, e escreva o que estou lhe dizendo. EU VOU
DESTRUIR SUA VIDA.
Marion – Tenta! É o que eu mais quero Perso, tenta… Desgraçado.
Perso – Suma daqui sua víbora, maldita.
Marion – Adeus amado filho. – gargalhadas se ouvem de longe.
Marion sai da sala, e encontra o Delegado na porta.
Marion – Cuidado senhor Delegado, ele é uma peste, é bem perigoso... Se
ele foi capaz de uma barbaridade deste nível, e capaz de colocar fogo nesta
delegacia.
Delegado – Não vai não, jamais! Estamos bem protegidos.
Marion – Amém.
Delegado – Vim busca-lo senhor Perso.
Perso – Esperançoso – Liberdade?
Marion – Com um olha assustado, naquele momento bate o desespero, não
sabia o que dizer, a boca ficou seca, a mão tremula. – Como assim?
Delegado – Não, liberdade coisa nenhuma. Apenas vou leva-lo para dar um
tur em nossa delegacia. Você vai conhecer sua nova estadia.
Marion – Ainda bem Delegado. Ele é um perigo a sociedade.
Delegado – Vamos garoto. – Tira as algemas de Perso, e vai levando para
sela.
Marion, observa tudo, fica com o coração apertado. E aos pouco vê
seu filho sumir nos corredores.
Marion – Começa a chorar – O que uma mãe não faz pelo filho. É capar de
matar e morrer.
Cena
05 – Dentro da Sela / Int. / Tarde.
Perso – chorando e indignado – Eu sou inocente, pelo amor de Deus, eu
não fiz nada.
Policial – Todos que estão aqui sempre dizem isso. Aqui todos são pais de
família. Não sabia? - Começa a sorrir.
Perso – Mas eu juro que não fiz nada, jamais iria querer o mal do
próximo. Por favor, me solte.
Delegado – Impossível senhor.
Perso – Eu sou inocente.
Policial, coloca Perso dentro da sala, junto a mais dois rapazes,
e tranca a sela. E diz. – Bem vindo a sua nova casa, e sua estadia será longa.
Perso – Olha para os companheiros de sela, e gruda na grade da sela, e
começa a sussurrar - Justiça, Justiça,
vingança...
Cena
06 – Mansão de Marion / Começo de Noite/ Quarto / Int.
Batendo na porta.
Marion – Quem é?
Bruno – Senhora Marion, sou eu.
Marion – Entre Bruno. E feche a porta.
Bruno – tremendo e desesperado – O que houve com o meu sobrinho?
Marion – Cala a sua boca, seu verme, aqui você é apenas meu motorista.
Bruno – Mas somo irmãos. – Olhas assustado.
Marion – Você quer me peitar Bruno?
Bruno – Jamais Marion, só quero saber como um parente.
Marion – Você sabe que aqui não existe isso. Você é apenas um
motorista, e deve ser tratado como um.
Bruno – Ok, Eu quero minhas contas, eu não aguento mais trabalhar
aqui.
Marion – Assustada – Como assim rapaz? Ficou maluco? – Se irrita. –
Quer voltar para sua vidinha sofrida, com a Suzyellen?
Bruno – Pelo menos na minha vidinha, eu tinha pouco e era feliz, olha
você Marion... Se tornou uma peste, foi capaz de incriminar o filho errado.
Matou seu próprio marido, e fora o amante que você tem né.
Marion – Quem te deu a moral para falar assim comigo. – Chega bem
próximo a Bruno, olho no olho. Você perdeu o amor pela vida?
Bruno – Eu só quero ir embora deste lugar.
Marion – Se você cruzar o portão eu juro que farei da sua vida um
inferno. Fora que você também será um foragido. Se for isso que você quer vá. A
porta da rua é serventia da casa.
Bruno – Você joga sujo.
Marion – Eu jogo meu jogo. Hoje você faz parte dele.
Bruno – Todos fazem parte do seu jogo.
Marion – Se afasta de Bruno e senta-se - Quer um aumento? Mais
benefícios?
Bruno – Não há dinheiro no mundo que paga uma noite de sono em paz
Marion.
Marion – Quer saber meu irmão, perdão eu só tenho que pedir isso a
você, mil vezes perdão. Se você quiser ir vá.
Bruno – Você sabe pedir perdão? – Se surpreende.
Marion – Me dê um abraço – Começa a chorar.
Bruno – O abraça e pede perdão – Eu prometo que vou sumir do mapa e
você jamais vai ouvir falar de mim.
Marion – Ok, jamais.
Bruno vira-se de costa e vai em direção à porta.
Barulho de Tiro, Marion, dispara dois tiros em Bruno, nas costas.
Marion – Me perdoa, mais no jogo da vida, vence o mais forte. – Cai
lagrimas.
Close no rosto de Marion. Fecha para Bruno sangrando.
Marion deixa a arma cair no chão.
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