De Volta Pra Casa - Capítulo 11



Novela de Eric Carvalho Cattin

Capítulo 011

NO CAPÍTULO ANTERIOR...

MIGUEL LIGA PARA A POLICIA QUE LOGO CHEGA NA CASA DE LUCIA
A POLICIA BATE NA PORTA

TIÃO – Fica quieta! Deixa eles chamarem, logo vão embora!

POLICIA – Abrem a porta, se não abrirem vamos arrombar!

TIÃO – Você quem chamou a policia sua vadia? (ele a segura pelos cabelos)

LUCIA – Claro que não Tião! Me solta vai ser pior se eles te pegarem aqui, me solta e foge, juro que não vou te entregar.

TIÃO – Cala a boca!

A POLICIA ARROMBA A PORTA E COMEÇAM A PROCURAR, ATÉ CHEGAREM NO QUARTO ONDE ENTRAM E DEPARAM-SE COM TIÃO SEGURANDO LUCIA PELOS CABELOS, O POLICIAL APONTA O REVOLVER PARA ELE.

MANSÃO NEGRINI
LANA CHEGA EM CASA E VAI PARA SEU QUARTO, ALFREDO A VÊ CHEGANDO E VAI ATRÁS (instrumental suspense)

LANA – Agora não Alfredo, por favor tive que vim embora mais cedo da Clinica porque eu não estava aguentando de dor de cabeça, outra hora conversamos.

ALFREDO – Não! A senhora tem que me ouvir, o que tenho pra dizer poderá salvar seu namoro!

LANA – O que? Diga de uma vez então!

ALFREDO – Foi sua mãe e o Alex que armaram tudo, colocaram sonífero em sua bebida, para você dormir e tudo isso para que o Miguel pegasse vocês na cama e vocês terminassem.

LANA (espanto) – O que? Então realmente foi ela!

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO ONZE...

ALFREDO (medo) – Pelo amor de Deus senhorita Lana não diga a madame Vitória que fui eu quem contou a senhorita sobre os planos deles, se ela desconfiar disso é capaz de me mandar pro Afeganistão.

LANA – Não, claro que não vou falar nada, mas você precisa contar isso para Miguel só assim ele será capaz de me perdoar.

ALFREDO – Claro que sim, por isso estou lhe contando, pois sei que o plano deles deu certo e você e o senhor Miguel se separaram.

LANA – Exatamente, vamos comigo Alfredo, iremos agora mesmo contar ao Miguel tudo isso que acabou de me dizer.

LANA E ALFREDO SAEM, VITÓRIA OBSERVA PELA JANELA

VITÓRIA (desconfiada) – Onde será que a Lana está levando a múmia do Alfredo?

PEDRA ROSA – CASA LUCIA - TIÃO SEGURANDO LUCIA PELOS CABELOS

POLICIAL (apontando revolver) – Solte esta senhora imediatamente!

TIÃO SOLTA LUCIA QUE CHORA, O POLICIAL ALGEMA TIÃO

POLICIAL – O senhor está preso por violência domestica e agressão a mulher!

TIÃO (nervoso) – Eu não bati em ninguém, tivemos apenas uma leve discussão de casal senhor policial.

POLICIAL – Isso o senhor vai ter que explicar na delegacia!

TIÃO (grita) – Lucia meu amor, fala pra eles que eu não fiz nada que entenderam errado, diz a eles meu amor diz?

MIGUEL ENTRA NA CASA DE LUCIA

MIGUEL – Não diz não Lucia, esse crápula está sempre te agredindo, chegou a hora dele pagar por tudo o que fez a você!

TIÃO – Foi você né seu boiola dos infernos, foi você que chamou a policia!

MIGUEL – Foi sim Tião, foi eu mesmo alguém aqui tinha que dar um jeito em você e fazer você parar de agredir a Lucia, mas agora acabou você vai ter o que merece!

OS POLICIAIS O LEVAM PARA A VIATURA

POLICIAL – Lucia a senhora terá que ir até a delegacia para formalizar a denuncia, caso não queira dar prosseguimento ao ocorrido, iremos ter que ouvir o depoimento do senhor seu marido e libera-lo. Então o que pretende fazer?

MIGUEL – Lucia esta é a hora, não deixe que esse homem acabe com sua vida, faça logo essa denuncia que você ira trancafia-lo na cadeia por um bom tempo, e finalmente terá paz na sua vida!

LUCIA – Será mesmo Miguel?

TIÃO É COLOCADO DENTRO DA VIATURA, OS MORADORES DA VILA FICAM OLHANDO CURIOSOS

DONA VERUSKA – Alá Creuza, até que enfim vão levar aquele monstro pra onde ele nunca mais deverá sair!

CREUZA – Coitada da Lucia né, vive apanhando dele será que foi ela quem o denunciou?

DONA VERUSKA – Do jeito que aquela ali é tonta, é bem capaz que não foi ela não... Alguém deve ter feito isso por ela.

CASA LUCIA

POLICIAL – E então senhora Lucia, o que irá fazer?

LUCIA – Eu vou!

MIGUEL – Isso mesmo Lucia, coragem! Quer que eu vá com você?

LUCIA – Não Miguel muito obrigado, você já fez muito por mim hoje.

HILDA ENTRA E A ABRAÇA

HILDA – Eu faço questão de ir com você minha amiga! Vamos?

(câmera lenta ao som instrumental tenso) LUCIA PEGA ANDERSON NO BERÇO, HILDA ABRAÇA E AS DUAS SAEM DA CASA, TODOS FICAM OLHANDO ATÉ QUE APLAUDEM LUCIA PELA CORAGEM.

TIÃO (grita) – Eu ainda vou voltar pra acabar com você e esse boiola do Miguel! Eu juro que volto!

AS VIATURAS SEGUEM PARA A DELEGACIA...

LANA E ALFREDO CHEGAM A PEDRA ROSA

ALFREDO – Nossa quanta gente desocupada por aqui, parece que a vila inteira está nessa praça.

LANA – Aqui é assim mesmo Alfredo, deve ter acontecido alguma coisa cruzamos com varias viaturas e agora esse monte de pessoas aqui na praça.

ALFREDO – Verdade, ali o senhor Miguel!

LANA PARA O CARRO PERTO DE MIGUEL E DESCE JUN TO COM ALFREDO

MIGUEL – O que você quer Lana, já disse que não quero que me procure mais.

LANA – Espera Miguel, Alfredo tem algo muito importante pra te dizer! Podemos ir até sua casa?

MIGUEL – Eu tenho que ir trabalhar já estou atrasado Lana, outro dia mnós conversamos!

LANA – Miguel por favor, me dê cinco minutos?

MIGUEL – Tudo bem Lana, vamos la em casa.

DONA VERUSKA OBSERVANDO DE SUA POUSADA

DONA VERUSKA – Hummm olha o Miguel todo e todo com aquela grã-fina, o cara é burro mesmo né Creuza? A moça se desloca lá da Zona Sul pra vim aqui atrás dele e ele fica ai fazendo doce, se fosse eu já tinha até casado com ela! (risos) Creuza? Ta me ouvindo? Creuza?

DONA VERUSKA OLHA PRA TRÁS E VÊ CREUZA DORMINDO EM CIMA DO BALCÃO

DONA VERUSKA (grita) – Creuzaaaaaaaaaaaaaaa...

CREUZA (acorda assustada) – Socorroooo, meus Deus o que está acontecendo Dona Veruska?

DONA VERUSKA – Creuza de Jesus como você é abusada minha Nossa Senhora do Bom parto, como você é abusada! Estou aqui falando sozinha feita uma idiota e a bonita dormindo no expediente? Olha Creuza eu deveria te mandar de volta pra Vitória de Santo Antão de onde você nunca deveria ter saído.

CREUZA – Credo Dona Veruska, eu não estava dormindo não senhora, é que entrou um cisco no meu olho direito, ai pra não entrar no outro olho eu fechei ele, vai que outro cisco entrava no outro olho né? Então eu preveni.

DONA VERUSKA – Cisco né? Então toma isso (da um tapa na cabeça dela) pra ver se sai o cisco de dentro do seu olho! Vai trabalhar sua abusada!

CREUZA – Ai Dona Veruska, como a senhora é má.

DONA VERUSKA – Cala a boca Creuza!

CASA MIGUEL – SALA

MIGUEL – Pronto Lana, diga o que quer comigo?

LANA – Miguel eu trouxe o Alfredo aqui comigo, porque é ele quem tem algo pra te dizer, o que vai esclarecer tudo em sua cabeça. Fala Alfredo, diz a ele o que você sabe!

ALFREDO – Bom, naquela noite em que o senhor viu a senhorita Lana na cama com o Alex, não foi o que o senhor está imaginando.

MIGUEL – Olha se vão tentar me enrolar fazendo eu acreditar que não aconteceu nada lá, podem ir embora e nem percam o tempo de vocês.

LANA – Calma Miguel, ouça o que o Alfredo tem a dizer, continua Alfredo por favor.

ALFREDO – Pois então, aquilo tudo senhor Miguel foi uma armação da madame Vitória com o senhor Alex, os dois combinaram tudo para que você os pegasse na cama e assim terminassem o namoro, foi madame Vitória quem mandou a mensagem de texto pro seu celular, ela também dopou a senhorita Lana para que ela caísse em sono profundo, não sou de ficar ouvindo conversas atrás das paredes e nem das portas, mas esse eu tive que ouvir porque não acho certo eles terminarem com um romance que é tão puro e bonito como o de vocês.

LANA – E então meu amor, agora você acredita em mim?

MIGUEL (pasmo) – Nossa, nem sei o que dizer... Sua própria mãe fazer isso olha é inacreditável, como uma mãe pode ser tão cruel assim?

LANA – Minha mãe faz tudo para que as coisas saiam como ela quer, sempre foi assim, mas eu quero saber de você meu amor, você acredita em mim agora, acredita que não tive nada com o Alex naquela noite?

MIGUEL OLHA PARA LANA


LANA (aflita) – Pelo amor de Deus diz alguma coisa Miguel?

MIGUEL – Depois disso eu seria um completo idiota de não acreditar em você meu amor!

MIGUEL A BEIJA, OS DOIS SE BEIJAM AO SOM DE BECAUSE OF YOU, ALFREDO SE EMOCIONA

LANA – Eu não saberia viver sem você meu amor, jamais em minha vida iria trocar você por homem nenhum nesse mundo!

MIGUEL – Eu também não ia conseguir viver sem você! (ele a beija novamente)

ALFREDO – Desculpe incomodar o casal, mas precisamos voltar senhorita Lana, sua mãe já deve ter dado falta de mim.

LANA – Verdade, vamos mas nem sei com que cara vou olhar para ela depois de saber disso.

MIGUEL – Aja naturalmente meu amor, deixa isso pra lá não vai criar caso com sua mãe, será pior.

LANA – Você tem razão, mas nos vemos a noite então?

MIGUEL – Claro que sim, e hoje faço questão de ir até sua casa.

LANA (feliz) – Sério meu amor?

MIGUEL – Sim, é bom que dona Vitória já saiba de uma vez que estamos juntos novamente.

ALFREDO – Se eu fosse vocês não faria isso não, namorem escondido por um tempo, é tão bom as coisas proibidas (risos).

LANA – Não Alfredo, não posso namorar escondido não sou nenhuma criminosa para ficar me escondendo, minha mãe vai ter que aceitar, além do mais o que ela irá fazer contra nós? Bom vamos então nos vemos a noite. (ela da um beijo nele e sai)

MIGUEL – Muito obrigado por tudo Alfredo, você foi um grande amigo.

ALFREDO – Que isso meu jovem, só fiz o que minha consciência pediu, vamos senhorita Lana.

LANA E ALFREDO SEGUEM PARA A MANSÃO, MIGUEL ENTRA, A CAMPAINHA TOCA ELE ABRE A PORTA E ESPETO O ABRAÇA FORTE

ESPETO – E ai meu brother como você tá? Foi mal cara não tive tempo pra vir aqui desde a morte da tia Ceiça, mas mano eu to muito sentido mesmo cara na real, não fica de bode comigo não cara.

MIGUEL – Calma Espeto tá muito afobado cara que isso? Fica tranquilo eu sei como é seu trampo lá, a tia Hilda já tinha me explicado também ta tudo certo cara relaxa.

ESPETO – Nossa mano que fita hein, ,mas na humildade eu to mô bolado com isso ai cara, sou teu amigo desde moleque.

MIGUEL (ri) – Espeto fica tranquilo irmão! Ta tudo certo, cara eu tenho que correr pro trampo estou mô atrasadão cara você não fica grilado não né? Se der volta ai mais tarde tenho varias fitas pra falar com você!

ESPETO – Nossa mano eu também to cheio das fitas, mas das fitas brabas mesmo mano, vai lá então pro seu trampo, que vou da um corre até  o centro comprar uma beca nova cê ta ligado né?

MIGUEL (zoa) – Ai moleque tá montado na grana! (eles vão caminhado pela vila)


MANSÃO NEGRINI – SALA
LANA E ALFREDO CHEGAM E DÃO DE CARA COM VITÓRIA

VITÓRIA – Posso saber onde os dois estavam?

LANA – Bom minha mãe em primeiro lugar eu não lhe devo satisfação de onde vou ou deixo de ir, mas como sou uma filha muito educada vou lhe dizer! Eu convidei Alfredo para me acompanhar até o shopping, por que odeio ir sozinha, e a Melissa está muitop ocupada com o estagio dela lá na Negrini que não pode ir comigo, dai chamei o Alfredo, algum problema?

VITÓRIA (desconfiada) – Shopping? E cadê as sacolas?

LANA – Não gostei de nada, por isso não tem sacolas, não comprei nada infelizmente! Satisfeita?

VITÓRIA – Sei, sim estou satisfeita minha filha jantamos juntas hoje?

LANA – Desde que Alex não esteja sim jantaremos juntas! Alias vou fazer uma surpresa a vocês esta noite!

VITÓRIA – Surpresa minha filha? O que seria?

LANA – Se é surpresa não posso dizer né minha mãe! Vou tomar um  banho tchau!

VITÓRIA OLHA PARA ALFREDO QUE DESVIA O OLHAR, ELA SEGUE PARA O QUARTO E LIGA PARA ALEX

VITÓRIA (ao telefone) – Alex fique atento, Lana está de um jeito que não estou gostando nada, pelo sim ou pelo não fique de tocaia na casa do favelado, hoje vamos dar mais um passo com nosso plano! Leve gasolina e um fósforo. Tchau. (ela desliga) Se for o que eu estou pensando, Lana deve ter voltado com o favelado, e se for isso ele que me aguarde, porque pegarei mais pesado com ele!

ANOITECE...
OLAVO CHEGA NA MANSÃO

OLAVO – Boa noite Vitória Lana está em casa? Ela passou o dia todo fora da Negrini, desse jeito ela jamais conseguira aprender tudo o que tem que aprender para um dia assumir o comando da Clinica.

VITÓRIA – Ora meu bem, a filha é sua você que a deixou desse jeito, faz todas as vontades dela, ai da nisso! Bom deixa Lana pra lá, quero falar com você sobre negócios.

OLAVO – Iiiii la vem bomba, nem vem com o assunto de reabrir a construtora de seu pai, que não vou investir nisso Vitória!

VITÓRIA (irritada) – Olavo, você tem que me ajudar a reabrir a construtora que era do meu pai, é meu sonho você tem que me ajudar afinal você é meu marido ou não?

OLAVO – Justamente por ser seu marido que não vou concordar com uma loucura dessas, me da licença que vou para o banho que estou morto de fomo e cansaço. (ele sai)

VITÓRIA (joga a taça na parede) – Desgraçado! Se não quer me ajudar por bem, terei que fazer do meu jeito. (instrumental suspense)

MINUTOS DEPOIS...
VITÓRIA E OLAVO SENTAM-SE A MESA PARA JANTAR
MIGUEL CHEGA NA MANSÃO E LANA CORRE PARA O RECEBER, ELES SEGUEM PARA A SALA DE JANTAR

VITÓRIA (colocando salada no prato) – Quem é que veio a essa hora aqui em casa minha filha?

LANA – Meu namorado mãezinha! Miguel veio jantar com a gente!

VITÓRIA SE ASSUSTA E DEIXA A COLHER CAIR NO CHÃO

MIGUEL (sinico) – Boa noite dona Vitória, tudo bem com a senhora? Boa noite senhor Olavo?

OLAVO – Olha voltaram? Que bom fico feliz por vocês.

LANA – O que foi minha mãe? Parece que viu um fantasma.

VITÓRIA – Com licença, preciso ir ao banheiro e já volto, Alfredo e Constância podem se recolher, amanhã vocês limpam tudo!

CONSTÂNCIA E ALFREDO SAEM E VÃO PARA SEUS QUARTOS...
VITÓRIA ENTRA NO BANHEIRO E ESMURRA O ESPELHO COM ÓDIO

VITÓRIA – Esse favelado está se achando esperto demais, agora ele vai ter o que merece! (ela liga para Alex)

ALEX ESTÁ PARADO EM FRENTE A CASA DE MIGUEL

ALEX (atende o telefone) – Pois não dona Vitória o que devo a honra de sua ligação?

VITÓRIA (ao telefone) – Queime tudo Miguel, coloque fogo no barraco do favelado não deixe sobrar nada!

ALEX (ao telefone) – Aconteceu alguma coisa?

VITÓRIA (ao telefone) – O desgraçado voltou com Lana, agora vou pegar pesado! Faça o que estou mandando até logo! (ela desliga) Você vai se arrepender de ter conhecido minha família seu favelado desgraçado! Vou matar dois coelhos com uma única cajadada! (ela sorri)

ALEX DESCE DO CARRO PEGANDO O GALÃO DE GASOLINA, ELE VESTE UM CAPUZ E SEGUE PARA A FRENTE DA CASA DE MIGUEL, ONDE ESPALHA A GASOLINA POR TODA A VOLTA DA CASA, POR FIM ELE JOGA UMA GARRAFA COM GASOLINA E FOGO PELA JANELA, TUDO COMEÇA A QUEIMAR, ALEX ENTRA NO CARRO E FOGE!

MANSÃO NEGRINI ...
VITÓRIA VOLTA PRA MESA DE JANTAR

MIGUEL (irônico) – Esta melhor dona Vitória?

VITÓRIA – Você se acha muito não é mesmo Miguel? Acha que por que conquistou minha filha agora fica ai com esse ar superior, lembre-se sempre de onde você veio meu querido namorar com minha filha não lhe faz rico e muito menos deixa de ser um favelado!

LANA – Mãe! O que é isso exijo que respeite meu namorado, ele apenas se preocupou com a senhora.

VITÓRIA – Lana, Lana você é tão bobinha né minha filha, esse favelado não presta e um dia você ainda vai me dar razão. Está estampado na cara dele que ele não presta!

OLAVO – Já chega Vitória!

MIGUEL – Por que a senhora me odeia tanto dona Vitória?

VITÓRIA (se aproxima dele) – Porque eu tenho nojo, nojo de pobres e muito mais ainda quando é favelado como você! Com licença perdi o apetite!

VITÓRIA SE LEVANTA  DA MESA E FINGE DERRUBAR VINHO NA ROUPA DE LANA

VITÓRIA – Nossa minha filha me desculpe!

LANA (se limpando)  – Não foi nada mãe, vou lá em cima trocar de roupa e já volto, não foi nada é rapinho  já volto.

VITÓRIA – E eu vou para meu quarto! (ela sai)

O TELEFONE DE MIGUEL TOCA, ELE ATENDE...
MIGUEL SE LEVANTA DA MESA

HILDA (ao telefone) – Miguel corre prá casa, incendiaram sua casa meu filho, vem logo!

MIGUEL DESLIGA O TELEFONE AFLITO

MIGUEL – Preciso ir senhor Olavo, avise Lana que tive uma emergência na minha casa e que depois eu ligo pra ela!

OLAVO – Tudo bem aviso sim rapaz, vai lá!

VITÓRIA OLHA DE TRÁS DA CORTINA, MIGUEL CORRE ATÉ O PORTÃO DA MANSÃO ONDE PEGA UM TÁXI E VAI EMBORA, VITÓRIA DE TRÁS DA CORTINA OBSERVA OLVAVO NA MESA, ELA SACA UM REVOLVER E APONTA PARA O MARIDO

VITÓRIA – Vai pro inferno que lá que é seu lugar!

VITÓRIA DISPARA UM TIRO.

FOCO EM VITÓRIA


Sobe os créditos ao som instrumental tenso/suspense

Fim de capítulo

"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

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