Maneiras de Ser - Capítulo 16



MANEIRAS DE SER

DE
WESLLEY FUCHS

ESCRITA POR
WESLLEY FUCHS

DIREÇÃO GERAL
HENZO VITURINO
MIGUEL RODRIGUES

DIREÇÃO DE NÚCLEO
MIGUEL RODRIGUES

PERSONAGENS DESTE CAPÍTULO


BRANDON
EVA/ROBERTA
FERNANDO
GERALDO
GIOVANNA
HELOÍSA
JORGE
JÚLIA
LETÍCIA
MARCELO
MARINA
MARIZA
MICAEL
PANDORA
RAYSSA
RODRIGO
SÉRGIO
VICKI

CENA 01/ CASA DE MARIZA/ SALA/ INTERIOR/ DIA
Continuação imediata. Mariza se levanta surpresa diante de Geraldo, na verdade, o que ela sente é um misto de emoções incluindo a surpresa e também: mágoa, tristeza e desconfiança.
MARIZA                   — Você mentiu pra mim por qual motivo, Geraldo? (T; Revoltada) ou você por acaso acha que eu sou alguma interesseira?
GERALDO                — (T; Tentando se explicar) É claro que não, Mariza. Imagina se eu fosse pensar algo desse tipo sobre você.
MARIZA                   — Pois eu não vejo outro motivo, porque sinceramente, por qual motivo seria? Proteção? Porque eu nunca vi mentira, ainda mais desse tipo, proteger alguém (T) mas caso proteção fosse o motivo, eu sinceramente te sugeria que você me protegeria bem mais não entrando na minha vida, Geraldo.
GERALDO                — Caramba, Mariza. Deixa eu me explicar.
MARIZA                   — E qual seria a explicação, Geraldo?
GERALDO                — A explicação seria que tudo que você está pensando não é a versão praticada, nem a teórica na verdade, é muito pelo contrário, Mariza, eu fiz isso porque eu sabia que você olhava os ricos de uma maneira que eu jamais imaginaria que alguém imaginasse.
MARIZA                   — De que maneira?
GERALDO                — Da maneira em que a vida é mais fácil, sendo que não é, eu errei sim em mentir, mas era porque eu queria te mostrar aos poucos que rico não tem essa vida fácil que você imaginava, já que você julgava pelos olhos, assim como existem pessoas fúteis, também existem pessoas generosas.
MARIZA                   — E eu sinceramente não sei em qual perfil você se encaixa
GERALDO                — Por acaso você acha que eu sou fútil?
MARIZA                   — Não, acho que você é um mentiroso e deveria saber que em hipótese nenhuma eu aceito mentiras, o que você pensou que ia acontecer quando eu descobrisse que você era rico, hein Geraldo? Que eu ia te apedrejar? Que eu ia arrancar a sua cabeça e fazer um quadro 3D? Até parece.
GERALDO                — Tá vendo, Mariza. Olha a maneira como você está me julgando.
MARIZA                   — Mas eu estou te julgando pelo fato de você ter mentido pra mim, não pelo fato de você ter dinheiro, até porque dane-se o seu dinheiro, dane-se você também. Agora eu quero que você saia daqui, Geraldo, por favor.
GERALDO                — (T; tentando) Mariza.
MARIZA                   — (T; Abrindo a porta e falando em um Tom mais alto) Eu quero que você saia da minha casa imediatamente.
GERALDO                — Mas e a gente, Mariza?
MARIZA                   — (T; Lágrimas nos olhos) A gente? Existe a gente? Bom, existia o Geraldo que você criou o que eu posso dizer que de certa forma é um personagem-fictício e tem o Geraldo da vida real que acaba de me mostrar ser uma pessoa mentirosa. Só que eu me apaixonei pelo Geraldo-fictício, só que como não dá pra viver de fantasia e vivemos no mundo real o que me resta é o Geraldo da vida real e eu honestamente dispenso esse Geraldo, então saia daqui, por favor.
Geraldo com lágrimas nos olhos sai. Mariza fecha a porta e ainda tranca, ela então começa a chorar. TEMPO NO SOFRIMENTO DELA.
CORTA PARA:
CENA 02/ RESTAURANTE ADEGA SANTIAGO/ INTERIOR/ DIA
Heloísa e Jorge almoçando juntos.
HELOÍSA                  — Então você vai experimentar os vinhos da Itália?
JORGE                       — A minha empresa na Espanha precisa de novidades.
HELOÍSA                  — Por que você nunca abriu uma empresa aqui, pai? Seria interessante um lugar só de vinhos em São Paulo, não que não tenha, né? Mas é algo que não tem muito aqui em São Paulo, acredito que as pessoas iam gostar.
JORGE                       — Quem sabe eu não penso melhor nessa ideia quando eu voltar? (T) E a sua mãe ainda está chateada comigo?
HELOÍSA                  — Depois daquela revelação ela nunca mais tocou no seu nome.
JORGE                       — Segundo ela, eu morri, pelo menos pra ela.
HELOÍSA                  — Mas mesmo quando a pessoa morre na vida real, ela fica viva nos nossos pensamentos, pelo menos quando é um ente querido, que foi importante na nossa vida, os bons momentos pelo menos ficam vivíssimos na nossa cabeça.
JORGE                       — Mas com a sua mãe é diferente, Heloísa. Ela só vai lembrar dos péssimos momentos, porque ela sabe que eu estou vivo de verdade, mas apenas morto na cabeça dela, mas isso não significa nada para ela... Pelo menos eu acho.
HELOÍSA                  — Eu acho que vocês dois estão precisando de pessoas novas na vida de vocês e eu estou falando de amor. Você e a mamãe precisam encontrar alguém pra amar, entende? Já tá na hora, não adianta ficar chorando pelo leite derramado sendo que tem uma vida inteira pra ser vivida e nada melhor do que viver bem acompanhado.
JORGE                       — É, filha. Nisso você tem razão, quem sabe eu não conheço uma Italiana?
HELOÍSA                  — E quem sabe a minha mãe também não encontra a felicidade por aqui, não é mesmo?
Os dois sorriem um para o outro.
CORTA PARA:
CENA 03/ TEATRO/ PALCO – PLATÉIA/ INTERIOR/ DIA
Larissa, Miguel e Felipe conversando. Outros atores conversando por ali.
LARISSA                   — (T; Olhando pro celular) A Júlia não vem, ela disse que está passando por problemas familiares.
FELIPE                      — Então deve ser verdade, a Júlia nunca falta.
LARISSA                   — O estranho é a Cris não atender os meus telefonemas
MIGUEL                    — Ai cara como vocês são chatos, hein. Parece que monitora as pessoas, elas vem se elas querem.
LARISSA                   — Acontece que a Júlia e a Cris são pessoas compromissadas com o teatro, elas só faltam por algo sério, Miguel.
FELIPE                      — E a Júlia já deu a explicação dela, agora só falta a Cris que nem atende os telefonemas.
LARISSA                   — (T; Preocupada) E eu confesso que estou muito preocupada, Felipe... A Júlia comentou comigo que a Cris não estava bem nesses últimos dias e se tiver acontecido algo sério com ela?
Roger entra dizendo e com o celular na mão:
ROGER                      — Boa tarde, vamos pra mais um ensaio.
MIGUEL                    — Hoje não temos nem a Júlia e nem a Cris.
ROGER                      — E por quais motivos?
FELIPE                      — A Júlia está com sérios problemas familiares segundo ela. Já a Cris não atende nem os telefonemas e não deu nenhuma explicação no grupo do Whatsapp.
ROGER                      — Bom, mas vamos dar início aos nossos ensaios.
FELIPE                      — Então vamos.
Eles sobem no palco. E Roger deixa o celular na plateia, CAM foca: conversa entre ele e Pandora pelo Tinder:
TINDER:
PANDORA: A GENTE PODERIA SE ENCONTRAR!
ROGER: CONCORDO! QUE DIA?
PANDORA: SEMANA QUE VEM SERIA ÓTIMO!!
ROGER: ENTÃO MARCAREMOS
Tempo no celular.
CORTA PARA:
CENA 04/ CASA DE MARIZA/ QUARTO/ INTERIOR/ DIA
Mariza sentada na cama, limpando as lágrimas. Júlia abre a porta e bate por dentro
JÚLIA                        — Posso entrar, mãe?
MARIZA                   — Pode, filha.
Júlia entra e se senta diante de Mariza.
JÚLIA                        — Eu não gosto de te ver assim, mãe.
MARIZA                   — Eu fui pega de surpresa duas vezes no mesmo dia e eu não vejo outra reação a não ser essa que é colocando tudo pra fora de uma vez por todas.
JÚLIA                        — A primeira surpresa eu até sei do que se trata, mas a segunda...?
MARIZA                   — O Geraldo, filha. Ele mentiu pra mim. Ele mentiu pra mim sobre o que ele é
JÚLIA                        — (T; Curiosa) E o que ele é?
MARIZA                   — Um empresário bem-sucedido e ainda por cima rico. Que me mentiu pra mim pelo seguinte motivo, segundo ele, que é que eu julgo demais os ricos e não sei medir o nível de problemas que eles também enfrentam.
JÚLIA                        — (T; Não acreditando) É sério isso?
MARIZA                   — É claro que eu não acreditei em nada, né Júlia? Porque eu simplesmente sei o que de fato ele pensou que eu era: uma interesseira. E isso eu nunca fui, não sou e nunca serei, nem eu e nem você, Júlia, te ensinei sobre o valor de conseguir as coisas com base na luta.
JÚLIA                        — Claro que sim, mãe. Você nunca teve relação forte com o dinheiro, nunca foi uma interesseira e certamente nunca será, mas, eu estou pensando melhor agora e se ele tiver falando a verdade? Porque eu me lembro de algumas conversas que eu já vi de vocês dois e você realmente julgou a vida dos ricos como uma vida fácil.
MARIZA                   — Mas isso não justifica uma mentira, Júlia.
JÚLIA                        — E eu acho melhor você nem pensar nisso, mãe. Muda o foco, muda o assunto, eu quero que você arrume forças e não fraquezas. Porque você é um mulherão e merece transmitir força e confiança.
MARIZA                   — (T; Triste) Eu queria transmitir saúde também.
JÚLIA                        — E vai. Mas agora eu quero que você foque em você, mãe. Semana que vem você vai passar por essa cirurgia e vai voltar a ser uma pessoa muito bem sucedida de saúde, ouviu bem, dona Mariza?
MARIZA                   — (T; Sorri) Ai filha. Você faltou no teatro?
JÚLIA                        — Você é mais importante, não que o teatro também não seja, mas você está em primeiro lugar e o teatro em segundo.
Júlia e Mariza se abraçam.
CORTA PARA:
CENA 05/ TV HOC/ CAMARIM FEMININO/ INTERIOR/ DIA
Heloísa entra. Nicole e Giovanna caracterizadas.
HELOÍSA                  — Desculpa o atraso, gente.
GIOVANNA             — Que irresponsabilidade hein, Helô.
NICOLE                     — Ela só atrasou 10 minutos, Giovanna.
HELOÍSA                  — (T; A Giovanna) Eu não entendo por qual razão você não gosta de mim.
GIOVANNA             — Porque esse papel era pra ser meu, garota. Será que você não se toca?
HELOÍSA                  — Pelo visto quem não se toca é você.
GIOVANNA             — Tô indo me preparar, sem tempo pra ficar perdendo.
Giovanna sai. Nicole se aproxima de Heloísa
NICOLE                     — Essa garota é invejosa
HELOÍSA                  — E isso é o que eu não entendo
NICOLE                     — Quem sabe um dia ela não deixa de ser infantil e age feito uma pessoa normal de 16 anos.
HELOÍSA                  — É, quem sabe...
As duas sorriem uma para a outra.
CORTA PARA:
CENA 06/ CASA DE RODRIGO/ COZINHA/ INTERIOR/ DIA
Karina e Rayssa sentadas ao redor da mesa com o pai delas: Rodrigo. Isso mesmo, o professor Rodrigo é pai das duas que também são irmãs.
RODRIGO                 — Eu não sei como você não defendia sua irmã dentro de sala de aula, Karina. Vocês são da mesma sala.
KARINA                    — A Rayssa sabe se cuidar, pai, tanto que naquele dia que o senhor estava presente, ela foi lá e na frente de todos denunciou a Vicki pro diretor Marcelo.
RODRIGO                 — E eu não entendo porque você me escondeu isso durante todo esse tempo, Rayssa.
RAYSSA                   — Agora isso não importa mais, a Vicki me pediu desculpas hoje mesmo.
RODRIGO                 — Jura?
KARINA                    — (T; Surpresa) Por essa eu não esperava.
RODRIGO                 — O que você também não esperava é pelo que eu tenho a dizer agora: Estou namorando!
KARINA                    — Olha, pai. Isso não me deixa nem um pouco surpresa
RAYSSA                   — Eu também não estou nem um pouco.
KARINA                    — A gente sabe muito bem que a Letícia gosta de você e eu tenho certeza que é ela.
RODRIGO                 — E como vocês sabem disso?
RAYSSA                   — Ah, pai, por favor, a gente viu vocês dois juntos almoçando no restaurante perto do colégio.
KARINA                    — E eu estou P da vida com você por conta disso, eu e a Ray tivemos que comer comida requentada por conta disso.
RAYSSA                   — E não foi nada gostoso.
KARINA                    — Não foi mesmo.
RODRIGO                 — O que vocês precisam entender é que eu estou vivo e preciso viver a minha vida da melhor maneira possível.
KARINA                    — Mas ninguém te impedindo disso, muito pelo contrário, a gente tá feliz que você tá namorando, ok é com a professora Letícia que uma vez falou mal de Slipknot na minha cara, mas tudo bem, quem gosta de Restart jamais chega aos pés de Slipknot, lógico, mas isso não foi ao caso.
RODRIGO                 — Mas não vem mesmo.
RAYSSA                   — A gente só quer um discurso oficial de namoro.
KARINA                    — Isso significa que você terá que trazer ela aqui.
RODRIGO                 — Ok, já que vocês insistem.
As duas sorriem.
CORTA PARA:
CENA 07/ APARTAMENTO DE EVA/ SALA DE ESTAR/ INTERIOR/ DIA
Eva ao celular com Joaquim.
EVA                           — (T; Ao cel) Joaquim, será que a gente pode fazer esse namoro ser um namoro de verdade, por favor?
JOAQUIM                 — (Off) Mas não está sendo um namoro de verdade?
EVA                           — (T; Ao cel) Não parece um namoro de verdade. Isso aqui mais parece que somos dois adolescentes que estão ficando. Namoro de verdade é quando você me apresenta ao seu filho por exemplo, é quando os amigos ficam sabendo quem somos.
ALTERNAR CENAS: Joaquim em seu escritório
JOAQUIM                 — (T; Ao cel) Tudo bem, Roberta. Vamos fazer do seu jeito.
EVA                           — (T; Sorri; ao cel) Ótimo.
Eva desliga, ficamos com ela que sorri satisfeita.
CORTA PARA:
CENA 08/ SÃO PAULO/ EXTERIOR/ DIA
Mostrar vários lugares.
CORTA PARA:
CENA 09/ MANSÃO DE PANDORA/ SALA DE ESTAR/ INTERIOR/ DIA
Heloísa entrando e colocando a bolsa em cima do sofá, ela se senta e fica refletindo
HELOÍSA                  — Por que eu não consigo parar de pensar em você, Fernando?
No pensamento de Helô.
CORTA PARA:
CENA 10/ CASA DE MARIZA/ SALA/ INTERIOR/ DIA
Júlia abrindo a porta e Fernando ali. Ela o abraça forte
FERNANDO             — E a sua mãe?
JÚLIA                        — (T; Sorri) Ela vai ficar bem, Fernando. Eu sei que ela vai.
FERNANDO             — (T; Feliz) Você é incrível.
JÚLIA                        — Obrigada por ter vindo.
Júlia abraça Fernando novamente.
CORTA PARA:
CENA 11/ MANSÃO DE GERALDO/ SALA/ INTERIOR/ DIA
Geraldo entra, Giovanna desce as escadas e vai até ele.
GIOVANNA             — Pai, eu queria muito te pedir desculpas pelas palavras que eu te disse hoje.
GERALDO                — Tudo bem, Giovanna.
GIOVANNA             — Mas a dica de ser estiloso ainda está de pé.
Giovanna sobe as escadas. Geraldo fica pensativo.
CORTA PARA:
CENA 12/ MANSÃO DE MAURÍCIO/ SUÍTE/ INTERIOR/ DIA
Beck e Maurício conversando.
MAURÍCIO               — A Vicki e a Marina não gostaram da notícia?
BECK                         — Nem um pouco, Maurício. Nem um pouco, a Alice foi a única que mostrou satisfação e felicidade com a notícia.
MAURÍCIO               — Ah, mas com o tempo elas vão gostando da ideia de ter um irmão
BECK                         — Ou uma irmã, ou quem sabe vem mais de um novamente.
MAURÍCIO               — (T; Preocupado) Não fala isso, Beck.
BECK                         — (T; Ri) Ai, Maurício eu estou brincando.
MAURÍCIO               — A sua série tá ficando linda, gravei hoje com as meninas a primeira cena de confronto, tá tudo ficando da maneira como você pensou.
BECK                         — E eu fico muito feliz com isso, não vejo a hora de tudo isso começar de verdade, Maurício, eu ligar a TV e começar a minha série.
Maurício e Beck se beijam felizes.
MAURÍCIO               — Daqui pra frente só será alegria na nossa vida e isso ninguém tira.
BECK                         — É, ninguém.
MAURÍCIO               — A vida nos reserva o melhor meu amor.
BECK                         — Assim espero.
Os dois se beijam novamente.
CORTA PARA:
CENA 13/ MANSÃO DE MAURÍCIO/ QUARTO DE ALICE/ INT/ DIA
Alice e Marina conversando. Conversa iniciada
MARINA                   — Por que você não se aproxima dela, Alice?
ALICE                        — Da Karina? Tá doida?
MARINA                   — Ué, a patricinha tá afim de só querer ficar admirando a roqueira de longe?
ALICE                        — Acontece que é muita coisa, Marina, uma coisa é você gostar de alguém, agora se aproximar, se aconchegar, iniciar alguma coisa é completamente diferente.
MARINA                   — Mas é isso que você quer, não é? Ou eu estou errada por acaso?
ALICE                        — Não, você não está errada. Mas o meu medo que envolve o preconceito, que envolve rejeição é maior que tudo nesse momento até maior que os meus sentimentos pra ser bem sincera.
MARINA                   — Mas aí você está agindo errado, Alice. Você não pode deixar isso acontecer, a sua paixonite tem que ser maior do que qualquer dúvida e medo, eu sei que eu não posso opinar sobre isso porque eu nunca tive um relacionamento sério. Mas é assim que a banda toca
ALICE                        — A questão é que não é fácil ser apaixonada por uma menina, eu mesmo me pergunto por que eu?!
MARINA                   — Porque não tem nada de errado, para de pensar assim, Alice. Amar não é crime, amar não é pecado.
ALICE                        — Eu sei, mas nem todo mundo pensa assim, né Marina?
MARINA                   — Eu acho que você deveria riscar esse “todo mundo”, dane-se todo mundo, o que importa é o que você pensa e deixa de pensar e eu estou falando dos seus sentimentos, eles não envolvem as outras pessoas, eles envolvem você, portanto, a palavra final sempre será sua. Não fique pensando nos outros, irmã, pense em você. Somente em você.
Marina sai. Alice fica reflexiva.
CORTA PARA:

CENA 14/ MANSÃO DE PANDORA/ SUÍTE DE HELOÍSA/ INT/ DIA
Heloísa ainda pensativa.
HELOÍSA                  — Eu não posso ficar assim sem reação.
Heloísa pega o celular.
CORTA PARA:
CENA 15/ CASA DE MARIZA/ SALA/ INTERIOR/ DIA
Júlia conversando com Fernando.
FERNANDO             — Posso pegar água?
JÚLIA                        — Claro, ali na cozinha, fica a vontade, amor.
Fernando vai até a cozinha e deixa o celular no sofá.
SONOPLASTIA: Mensagem no celular de Fernando.
Júlia pega o celular e vê na notificação a mensagem:
WHATSAPP:
HELOÍSA: FER, SERÁ QUE A GENTE PODE CONVERSAR?
Júlia olha desconfiada
JÚLIA                        — O que será que ela quer conversar com ele?
Na reflexão de Júlia.
CORTA PARA:

FIM

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