De Volta Pra Casa - Capítulo 14




Novela de Eric Carvalho Cattin

Capítulo 014

NO CAPÍTULO ANTERIOR...

CLINICA NEGRINI – SALA DE REUNIÕES

VITÓRIA – Alguem  sabe de Lana? Não disse para avisar todos sobre essa reunião?

SECRETÁRIA – Eu a avisei assim que ela chegou senhora, e dona Lana saiu logo depois, mas não disse para onde iria.

VITÓRIA – Vamos começar a reunião com ou sem ela! Não estou com paciência hoje! Bom como todos já sabem depois que meu marido faleceu, eu assumi o comando de tudo o que era dele, inclusive claro a clinica Negrini. E com isso venho comunicar a todos, que vou fechar a Negrini, e as demais filiais.

MELISSA – Fechar a clinica como assim dona Vitória?

SECRETÁRIA – Tem muitos funcionários senhora, o que será da gente?

VITÓRIA – Sim, vou fechar e já está decidido, o que será de vocês minha pobre secretária isso não é problema meu minha querida, vai cortar cana, varrer calçadas... sei lá o que vocês farão, essa reunião foi marcada para comunica-los sobre minha decisão e que a partir de amanhã as portas da Negrini estarão fechadas!

TODOS FUNCIONÁRIOS FICAM CHOCADOS E TRISTES COM A NOTÍCIA.

PENITENCIÁRIA
LANA AGUARDA NA SALA DE VISITAS, MIGUEL (todo machucado) ENTRA.

MIGUEL (emocionado) – Meu amor você veio! (ele vai abraça-la)

LANA (séria) – Não chega perto de mim seu assassino!

MIGUEL – O que? Não meu amor você sabe que não foi eu, eu jamais faria uma coisa dessas.

LANA – Eu vim aqui para ouvir da sua boca Miguel, por que você matou meu pai!

FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO QUATORZE...

LANA – Então Miguel, estou esperando sua resposta!

MIGUEL – Eu já disse meu amor...

LANA (raiva) – Não me chame de meu amor!

MIGUEL – Eu já disse que não matei ninguém, sou inocente armaram pra mim, na verdade foi sua mãe quem armou tudo, ela matou seu pai pra me incriminar!

LANA (indignada) – Eu não posso acreditar que você vai acusar minha mãe de ter matado o próprio marido, você realmente é um crápula, como foi minha mãe sendo que suas impressões digitais estavam na arma que matou meu pai? Me diga Miguel!

MIGUEL – Aquele dia em que fui jantar na sua casa, sua mãe me deu uma arma pra eu segurar e logo em seguida eu a coloquei em cima da mesa, tenho certeza de que ela guardou essa arma, na verdade ela já me deu a arma de caso pensado Lana, ela já estava preparando tudo isso!

 LANA (aplaude) – Olha meus parabéns, que imaginação você tem hien Miguel? Acha mesmo que vou acreditar nessa história? Nunca teve arma alguma em minha casa! Bem que minha mãe me avisou, sempre me avisou na verdade que você não prestava e eu boba caindo em sua doces palavras que diziam que me amava, e eu fiquei cega ao ponto de não enxergar quem você realmente era! Me faz um favor Miguel esqueça que eu existo, nunca jamais me procure pois essa é a última vez em nos vemos! (ela se levanta) Quero esquecer todo esse tempo que passei enganada ao seu lado! (ela sai)

MIGUEL – Volta aqui meu amor, você tem que acreditar em mim!

LANA (se vira pra ele) – Quando eu precisei que você acreditasse em mim você duvidou, por que eu teria que acreditar em você agora? Espero nunca mais ter que olhar pra sua cara! (ela vai embora)

O AGENTE PENITENCIÁRIO RETIRA MIGUEL DA SALA DE VISITAS E O LEVA DE VOLTA PRA CELA!

LANA SAI DA PENITENCIÁRIA AOS PRANTOS, ELA OLHA PARA A PENITENCIÁRIA. (instrumental “Because of you”)

LANA – Nunca mais quero ver você novamente Miguel, nunca mais! Morre aqui toda nossa história e nosso amor!

ALEX BUZINA PRA ELA, QUE ENTRA NO CARRO

ALEX – Está tudo bem Lana?

LANA – Estou um pouco enjoada, esse lugar é horrível deve ser isso!

ALEX – Onde está seu carro?

LANA – Deixei na Negrini e vim de taxi para ninguém reparar onde eu estava indo... Vamos Alex preciso respirar um ar, esse lugar é toxico.

ALEX E LANA SEGUEM PARA UM RESTAURANTE, ONDE ALMOÇAM JUNTOS.

ALEX (pega na mão dela) – Olha Lana, quero que você saiba que eu estou aqui do seu lado para o que der e vier, sempre poderá contar comigo... Sabe que amo muito você sempre amei.

LANA – Não comece com isso Alex por favor.

ALEX – Deixe eu terminar Lana! Não quero forçar nada quero apenas que você se sinta a vontade quando estiver ao meu lado, e quero que saiba que estou disposto a qualquer coisa para te fazer feliz qualquer coisa mesmo!

LANA – Muito obrigada Alex, mas você sabe que nossa história já terminou, na verdade nunca começou a gente apenas ficou algumas vezes mas foi só isso.

ALEX – Pra você! Pra mim foi mais do que uma simples ficada, eu me apaixonei perdidamente por você Lana e estou disposto a lutar para que você sinta o mesmo por mim!

LANA – Desculpe Alex, mas não perca seu tempo! Não quero saber de me relacionar com alguém tão cedo. Olha o garçom já está trazendo nosso pedido!

O GARÇOM COLOCA OS PRATOS NA MESA E SE RETIRA, LANA E ALEX ALMOÇAM EM SILÊNCIO!
MINUTOS DEPOIS...
NEGRINI
ALEX DEIXA LANA NA PORTA

ALEX – Pense em tudo o que eu te disse, quem sabe um dia você vai entender que eu só quero seu bem!

LANA – Tchau Alex! (ela desce do carro)

ALEX (sussurra) – Traste difícil de domar, mas pela sua fortuna eu faço tudo o que for preciso, e logo logo estará comendo na mãozinha do Alex aqui! (ele sorri e sai)

LANA ENTRA NA SALA DE REUNIÕES (vazia)

LANA – Onde estão todos? Meu Deus esqueci completamente da reunião!

VITÓRIA ENTRA NA SALA

VITÓRIA – Todos nós percebemos isso minha querida, posso saber onde a senhorita estava que não compareceu a reunião?

LANA – Oi mãe. Desculpe fui resolver umas coisas particulares.

VITÓRIA – Coisas particulares? Lana você tem apenas dezoito anos como pode já ter “coisas” particulares para se resolver? Você deveria estar aqui no momento em que eu anunciei o fechamento da Negrini!

LANA (indignada) – Fechamento da Negrini? Você enlouqueceu de vez mãe ou é algum tipo de brincadeira sem graça?

VITÓRIA – Nem um  nem outro, é isso mesmo que você ouviu minha filha, eu vendi a Negri para um grupo Alemão que me ofereceu uma boa quantia nesse lugar horroroso. Dinheiro mais que suficiente para eu reabrir a construtora de meu falecido pai!

LANA – Mãe como você vende a Negrini sem me consultar? Isso aqui era a vida do meu pai!

VITÓRIA – Realmente era a vida do seu pai, mas como ele morreu, agora não é mais! Eu sempre odiei esse lugar e sempre quis retomar com a construtora, mas o mão de vaca do seu pai nunca me ajudou, agora que ele se foi e eu como a herdeira majoritária farei o que eu bem entender com o dinheiro que me foi conferido! E nem você e nem ninguém irá me impedir disso.

LANA – Que decepção dona Vitória, vender o que seu falecido marido mais prezava e o pior sem nem me consultar.

VITÓRIA – Lana coloque uma coisa na sua cabeça minha filha, eu sou Vitória Campello Negrini e não dou satisfação e muito menos peço permissão para absolutamente ninguém, você como minha filha já deveria saber disso.

LANA PEGA A BOLSA

VITÓRIA – Onde você vai minha filha?

LANA – Vou procurar outro emprego, você não vendeu a clinica? Pois então estou desempregada, e não vou ficar dependendo de você pra tudo! Com licença! (ela sai)

VITÓRIA – Vai menina ingrata, logo você volta me pedindo perdão! (sorri)


INTERVALO – ABERTURA DA NOVELA



PENITENCIÁRIA
HILDA CHEGA PARA VISITAR MIGUEL E É LEVADA PARA A SALA DE VISITAS, MIGUEL ENTRA E OS DOIS SE ABRAÇAM

HILDA – Meu querido você está todo machucado, o que fizeram com você?

MIGUEL – Estou bem tia, me diz como está Joca? Espeto?

HILDA – Estão todos bem meu filho, Joca queria muito vir disse que está morrendo de saudades de você, mas ele não pode entrar.

MIGUEL – Também estou com muitas saudades daquele pivete (risos), e você tia como está?

HILDA – Vamos indo né Miguel, nem comecei direito na Negrini e já me falaram que vão fechar, agora lá vai eu procurar outro emprego. Mas no final tudo da certo meu querido não se preocupe.

MIGUEL – A Negrini vai fechar? Mas por que?

HILDA – Não sei por que vai fechar não, mas parece que a dondoca da Vitória vendeu a clinica para abrir uma construtora!

MIGUEL - Nossa tia e agora nós em sua casa pra dar ainda mais gasto.

HILDA – Não se preocupe meu querido, vou dar um jeito logo encontro outro emprego, as vezes o novo dono contrata todos que estão lá. Olha trouxe o bolo de milho verde que você adora. (ela entrega a ele)

MIGUEL – Hummm tia adoro esse bolo, que só você sabe fazer! (ele morde um pedaço) Que delicia tia, está maravilhoso que saudade de comer sua comida que eu estou. Tem falado com meu advogado?

HILDA – Sim, falei com ele hoje mesmo, e me disse que seu julgamento já foi marcado.

MIGUEL – Mas o que ele acha? Acha que vou ser absolvido?

HILDA – A única coisa que ele disse é para sermos confiantes, e que hoje ele viria combinar tudo com você para que saiba o que dizer no julgamento.

MIGUEL – Não estou com um bom pressentimento tia, minhas impressões digitais na arma vão me complicar, aquela desgraçada da Vitória deu um golpe de mestre! Mas ela vai ter o que merece!

HILDA – Deixa essa gente pra lá meu filho, sabe que são gente poderosa e são capaz de tudo deixe eles pra lá e segue sua vida, vamos provar sua inocência e você vai sair daqui!

MIGUEL CONTINUA A COMER O BOLO COM OLHAR FIXO E DE VINGANÇA.

IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO, CRISTO REDENTOR, PÃO DE AÇUCAR, LAPA, PRAIAS ONDAS QUEBRANDO... ( som Skank – Algo Parecido)
AMANHECE, ANOITECE, AMANHECE... ALGUNS DIAS DEPOIS...

FÓRUM – JULGAMENTO MIGUEL - DIA
AS PESSOAS SENTAM-SE NOS BANCOS A JUIZA DA INICIO AO JULGAMENTO... (imagens do julgamento em câmera lenta ao som de Skank – algo parecido...)

MANSÃO NEGRINI
LANA OLHA PARA O CÉU PENSANDO EM MIGUEL, ALFREDO ENTRA NO QUARTO

ALFREDO – Senhorita Lana está tudo bem?

LANA – Um pouco apreensiva Alfredo, hoje é o julgamento de Miguel e até hoje ainda não me conformo com tudo isso, será mesmo que ele matou meu pai?

ALFREDO – Isso a justiça decidirá senhorita, aquele exame que a senhora fez semana passada já chegou, a senhorita vai leva-lo ao médico ou quer que eu peça para ele vir até aqui?

LANA – Nossa já? Pode deixar (ela pega o exame), eu mesma vou lá no consultório ver esse resultado, o que será que me causa tano enjoo e tontura? Tenho medo de ser algo grave.

ALFREDO – Não deve ser nada demais senhorita, apenas um indisposição devido a esse calor insuportável do Rio de Janeiro.

LANA – É pode ser, bom vou lá saber o que é né? (risos) Tchau Alfredo, não devo voltar para o almoço tá? Avise minha mãe.

ALFREDO – Tudo bem senhorita, se sua mãe aparecer, pois desde que começou a retomada da construtora ela não para mais em casa!

FÓRUM – JULGAMENTO MIGUEL
A JUIZA TERMINA O JULGAMENTO

JUIZA – Silencio no tribunal!!! O MP entende que o denunciado agiu por motivo torpe, consistente em vingança, cometendo o crime a vitima Olavo Negrini. Adoto como relatório o juntado às fls. 108/110, acostados aos autos para ciência dos jurados. Submetido o pronunciado Miguel da Silva Pereira a julgamento pelo Tribunal do Júri, o Douto Conselho de Sentença condenou o réu, acatando a tese do homicídio qualificado na forma tentada, nos termos solicitados na denúncia, conforme o questionário que segue em apenso a ata deste julgamento. Assim, tendo em vista o veredicto do Júri, cumpre-me condenar, nos termos, do que dispõe o artigo 492, inciso I, do Código de Processo Penal, o réu Miguel da Silva Pereira ao cumprimento de doze anos e sete meses de reclusão em regime fechado sem direito a fiança e que o regime se inicie imediatamente!

MIGUEL – Não, eu sou inocente!

(câmera lenta/ instrumental triste) INTERCALA COM LANA NO CONSULTÓRIO MÉDICO.

MÉDICO – Você não tem nada de grave, você está grávida! Meus parabéns!

LANA (surpresa) – Grávida?

DIVIDE IMAGENS ENTRE MIGUEL E LANA
HILDA ABRAÇA JOCA E ESPETO E CHORAM, VITÓRIA SORRI AO OUVIR A SENTENÇA DE MIGUEL, ELA SE LEVANTA E OLHA PARA ELE COM UM SORRISO NO CANTO DA BOCA,  MIGUEL É ALGEMADO E LEVADO, OS POLICIAIS OS COLOCA NA VIATURA O LEVANDO PARA O PRESÍDIO.

MIGUEL É LEVADO PARA OUTRO PRESIDIO E COLOCADO EM UM CELA, AO ENTRAR NA CELA ELE DEPARA-SE COM TIÃO (instrumental suspense)

TIÃO – Ora, ora, ora! Olha só quem está aqui se não é o boiolinha de Pedra Rosa!

MIGUEL – Fica na sua Tião não quero confusão!

TIÃO (o segura pelo pescoço) – Escuta aqui franguinho, quem dita as regras aqui sou eu! E todos que entram aqui na minha cela tem uma recepção bem calorosa, mão é mesmo pessoal? (outros presos respondem sim), tá vendo boiola? Eu sou o manda chuva aqui! E está na hora de você receber suas boas vindas!

TIÃO DA UM SOCO NO ESTOMAGO DE MIGUEL QUE CAI NO CHÃO, OS PRESOS SE APROXIMAM PARA BATER NELE.

TIÃO – Não! Esse aqui eu faço questão de dar as boas vindas sozinho!

UM DOS PRESOS LEVANTA E SEGURA MIGUEL, TIÃO COMEÇA A ESPANCA-LO... DEPOIS DE ESPANCA-LO TIÃO O JOGA NO CHÃO.

TIÃO – Pronto esperei por isso muito tempo, e quem diria que isso iria acontecer aqui hein!

MIGUEL FICA NO CHÃO TODO MACHUCADO E COSPE SANGUE.

TIÃO – Trate de se recuperar hein franguinho, porque você quem vai limpar essa sujeira que fez no chão!

IMAGENS DA AVENIDA DE COPACABANA
LANA DIRIGE COM PENSAMENTO EM MIGUEL E PASSA A MÃO EM SUA BARRIGA.

LANA – Grávida do assassino do meu pai? Ai Miguel podíamos ter sido tão felizes juntos, por que foi fazer isso? E agora vou criar um filho sem pai.

LANA CHEGA EM CASA

VITÓRIA (raiva) – Grávida Lana? Grávida de um favelado? Meu Deus, como vou sair na rua agora? Grávida de um favelado que acaba de ser condenado por ter matado seu pai!

LANA – Condenado?

VITÓRIA – Isso mesmo! Condenado, o favelado foi condenado a doze anos de prisão por ter matado seu pai.

LANA – Então quer dizer que ele realmente matou meu pai?

VITÓRIA – E você ainda tinha alguma duvida minha querida? Mas enfim, e agora?

LANA – Eu vou criar meu filho sozinha, nunca precisei de ninguém, não vai ser agora!

ALEX CHEGA E ENTRA NA SALA

ALEX – Bom dia dona Vitória, Bom dia Lana?

VITÓRIA – Bom dia Alex, você caiu do céu meu querido!

ALEX – Como assim?

VITÓRIA – Lana, eis que chega a solução dos nossos problemas! Quer dizer do seu problema!

LANA – Está falando do que mãe?

VITÓRIA – Você vai se casar com Alex, e vai dizer a todos que ele é o pai dessa criatura que você tá esperando ai! Assim não vamos passar por tanta humilhação.

ALFREDO (atrás da porta) – Olha isso Constância, como Vitória pode fazer esse tipo de proposta para a senhorita Lana? A menina não tem um minuto de paz com essa mãe!

CONSTÂNCIA – Alfredo acho que você se preocupa demais com a Lana, nem a mãe dela se preocupa tanto assim!

ALFREDO – Claro conheço ela desde criança, tenho um carinho grande por ela apenas isso!

CONSTÂNCIA (desconfiada) – Sei, mas que é estranho é! E pare de ficar ai ouvindo a conversa da patroa! Anda vai fazer alguma coisa!

LANA – Não, acho que eu não ouvi direito! Você só pode esta fora de si minha mãe.

ALEX – Você está grávida Lana? Daquele favelado assassino?

LANA – Fiquei sabendo hoje.

ALEX – Se for ver isso que sua mãe está dizendo faz sentido, a gente se casa e eu assumo seu filho como se fosse meu, farei isso com  muito prazer é como eu te disse antes sou capaz de tudo por você.

LANA – Vocês são loucos! (ela sai da sala)

VITÓRIA – Calma Alex, ela vai acabar aceitando isso é uma questão de tempo!

PEDRA ROSA - PENSÃO DONA VERUSKA
DONA VERUSKA CHEGA NA RECEPÇÃO E PEGA CREUZA DORMINDO, ELA DA UM TAPA NA CABEÇA DE CREUZA

DONA VERUSKA – Acorda sua abusada! Eu te pago para dormir em cima do meu balcão? Por isso não entra hospedes aqui, você dorme e nem vê se entra alguém.

CREUZA – Justamente por isso que eu durmo Dona Veruska, não entra ninguém aqui ai fico com sono, ai já viu né o sono é mais forte que a gente.

DONA VERUSKA – Forte vai ser o tapa que vou dar no meio da sua fuça serviçal abusada!

CREUZA SAI CORRENDO DA PENSÃO PRO MEIO DA PRAÇA GRITANDO, VERUSKA CORRE ATRÁS (instrumental cômico) A CAMERA VAI SUBINDO MOSTRANDO AS DUAS CORRENDO NA PRAÇA...

(começa tocar Alegria, alegria – Caetano Veloso) ENQUANTO A CAMERA SE DISTÂNCIA, A PEQUENA PEDRA ROSA COMEÇA A CRESCER VEMOS CASAS E PREDIOS SE ERGUEREM AO REDOR DA PEQUENA PRAÇA CENTRAL – CORTA PARA LANA PASSANDO A MÃO NA BARRIGA (a câmera passa em volta de Lana) MOSTRANDO A BARRIGA CRECENDO, EM SEGUIDA VEMOS LANA CORRENDO COM UMA CRIANÇA DE MÃOS DADAS – CORTA PARA MIGUEL NO PÁTIO DO PRESÍDO LIMPANDO O CHÃO...

11 ANOS DEPOIS... (2013)
VOLTAMOS PARA DONA VERUSKA E CREUZA CORRENDO NA PRAÇA

DONA VERUSKA – Vai logo lerdeza, temos que pegar um bom lugar para ver o prefeito de perto!

CREUZA – Calma dona Veruska já vi um lugar bom ali ô!

PREFEITO GENIVALDO FERRÃO CHEGA NO PALANQUE ACOMPANHADO DE SUA ESPOSA ALZIRA E SEU FILHO GABRIEL (instrumental cômico).

GENIVALDO – Meus caros habitantes de Pedra Rosa, é com imenso prazer que que eu Genivaldo Ferrão o primeiro prefeito de Pedra Rosa venho inaugurar a nossa praça central com o nome de nossa saudosa Conceição da Silva Pereira, alguém gostaria de fazer as honras em corta o laço?

DONA VERUSKA – Eu aqui ó! (pulando acenando)

GENIVALDO – Dona Veruska? Muito bem vem aqui cortar a fita e inaugurar nossa praça central!

ALZIRA – Valdinho não gosto dessa mulher... homem ai sei lá o que essa pessoa é! Eu não vou com a cara dela.

GENIVALDO (sem graça) – Não me chame de Valdinho em publico Alzira, sabe que não gosto! Dona Veruska é gente boa fica tranquila!

DONA VERUSKA SOBE NO PALANQUE, E AO SUBIR TROPESSA E CAI EM CIMA DE ALZIRA, E TENTANTO SE SEGURAR ACABA RASGANDO TODA A ROUPA DE ALZIRA QUE FICA NUA EM PRAÇA PUBLICA! TODOS FICAM PASMOS E COMEÇAM A RIR, DONA VERUSKA FICA SEM GRAÇA.

PENITENCIÁRIA (som Alegria, Alegria – Caetano Veloso)
OS PORTÕES DA PENITENCIÁRIA SE ABREM, E MIGUEL SAI... HILDA E ESPETO CORREM PARA ABRAÇA-LO, ELES SE ABRAÇAM EMOCIONADOS...

MIGUEL – Finalmente livre!

FOCO EM MIGUEL.
  


Sobe os créditos ao som de Alegria, alegria – Caetano Veloso

Fim de Capítulo.

"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre criação artística e sem compromisso com a realidade"

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