Escrita por
MARCELO MAIA
Original Cyber TV
Capítulo 19
CENA 01 –
MANSÃO MARION/ TARDE/ EX./ PORTÃO
Parando os carros da policia em frente à mansão de Marion.
Descem alguns policiais que imediatamente pedem para que abram o
portão aos seguranças da casa.
Os mesmos se recusam.
Segurança – Não
podemos abrir o portão sem a autorização da senhora Marion.
Observando tudo de longe, Marion vê a policia na porta de sua
casa, e novamente entra em desespero. Pois sabe do seu passado. Mesmo assim,
vai até a cozinha aonde autoriza a entrada dos policiais.
Marion – Pode os
deixar entrar. – Ao desligar o interfone, imediatamente pega seu celular e liga
para o seu advogado. – Oi, venha aqui para casa agora! Os policiais estão
entrando, alguma coisa houve, preciso da sua ajuda. – Desliga o celular sem se
quer dar chances para o advogado falar. – Caminha até a porta de entrada.
Marion – Abrindo
a porta – Olá delegado, o que devo a honra? Sentiu saudades?
Delegado – Como
você é arrogante... Olha eu ainda não senti muita saudades, mas na hora que
senti te garanto que vamos nos ver todos os dias.
Marion – O que
você quer dizer? Está me ameaçando é? Posso lhe processar!
Delegado – E eu
posso lhe prender por desacato a autoridade!
Marion – Mas eu
não fico presa, querido. Quem tem dinheiro neste país jamais ficará preso,
prisão é coisa de pobre.
Delegado – Com um
leve sorriso – É isso que você pensa?
Marion – Sei do
que estou falando. Você nunca me vera na prisão. Eu tenho classe, e muito
dinheiro.
Delegado –
Realmente você é muito prepotente né.
Marion – Achas?
Delegado – Bom, eu
não vir aqui atrás de você! Quero saber onde está seu filho.
Descendo a escadas, Davi aparece com cara de tristeza.
Davi – Sou eu!
Marion – O que
querem com o meu filho?
Davi – O que
posso ajudar vocês?...
Marion – O que
ele fez?
Delegado – Por
favor, venha aqui senhor Davi, vamos ter uma conversa?
Marion – Não meu
filho, não venha não!
Delegado – Você quem
sabe, se não vir por bem, será por mal!
Davi – Eu vou
sim, não devo nada mesmo! – Desce os degraus.
Delegado – Bom
garoto.
Davi – Fica
frente à frente com o delegado e diz: - Pronto... Só dizer!
Delegado – Você
está preso, pelo estupro da senhora Elis a dez anos, e novamente pelo estupro
da senhora sua esposa Juliana, e bigamia, pois casado com Adma, se casou
novamente com Juliana.
Imediatamente os policiais o algema, deixando Marion,
desesperada, e aos gritos, Pois a mesma não aceita a prisão do filho amado.
CENA 02 –
CASA ELIS E PERSO/ SALA/ TARDE/ INT.
Juliana –
Consegui...
Elis – Mentira?
– Feliz!
Perso – Tá
falando sério?
Juliana – Sim, eu
o provoquei, deixei bem nervoso até que ele me batesse.
Perso – Mas
aquele desgraçado te machucou?
Juliana – Muito,
infelizmente me machucou, mas neste exato momento, ele está sendo preso!
Elis – Super
feliz – Então ele vai pagar pelo que fez? É isso mesmo?
Juliana – Sim, fiz
tudo conforme o combinado. Colhi sangue dele e fiz o exame de HIV, tomei meu
anticoncepcional, me cuidei bem e ele me estuprou. Foi a pior coisa do mundo,
aquilo me feriou como mulher, mas por justiça faria de novo.
Elis – Sou
eternamente grata a você minha irmã. – Abraça Elis.
Juliana – Eu faria
tudo de novo para ajudar vocês, os dois foram lesados pelo Davi, ele merece
pagar.
Perso – De
verdade! Obrigado!
Juliana – Imagina,
tudo vai ficar bem e vocês vão ser felizes.
Elis – Só
devemos tomar muito cuidado. A Marion está solta, e vai atrás de vingança.
Perso – Agente
vai se livrar dela.
CENA 03 –
APARTAMENTO CATARINA/ SALA/ INT./ NOITE.
Adma – Feliz –
Catarina...
Catarina – Oi?
Adma – Você não
sabe quem foi preso?
Catarina – Eu
imagino pela sua felicidade!
Adma – Isso
mesmo, Davi está preso. Aquele vagabundo está sendo acusado de bigamia e
estupro a duas pessoas.
Pedro – Dois
estupro?
Adma – Você
acha que ele era santinho? Está enganado viu. Comi o pão que o diabo amassou
nas mãos dele.
Pedro – E que
tipo de amor era esse?
Adma – Não era
amor, mas sim dinheiro.
Pedro – Ainda
tento entender o rolo de vocês.
Catarina – Já disse
para você esquecer essa história do passado. Lembra sempre do presente, esquece
isso.
Pedro – Bom, o
nosso alvo é outro. Agora que Marion está frágil, vamos atacar.
Adma – Boa...
Vamos destruir eles e pegar tudo o que temos direito.
Catarina – Sorrindo
– Boa. É uma pena o Marcelo não estar aqui com agente.
Adma – Se
assusta com o assunto tocado pela Catarina e logo rebate – Um a menos para
dividir a fortuna. Não acha?
Pedro – Ela tem
razão amor.
Os três
sorriem.
CENA 04 –
ADM MVIDA/ MANHÃ/ SALA DA PRESIDÊNCIA/ INT.
Mahamed Said – Entrando na sala da Marion – Bom
dia.
Marion – Sai da
minha sala agora seu maldito.
Mohamed Said – Calma querida, agora eu vim com
uma missão de paz.
Marion – De você
eu não quero nada. Literalmente nada.
Mohamed Said – Nervoso – Ahh você quer sim
Marion, e eu quero muito mais que você.
Marion – Do que
você está falando.
Mohamed Said – Quero a empresa do meu pai em
meus nomes, eu já procurei saber, eu tenho tanto direito quanto você!
Marion – Sorrindo
– Isso nunca.
Mohamed Said – Não resista, aceite logo. Seu
vice-presidente morto, o outro preso. O que será da empresa em?... Você também
foi presa, esta muito mal das pernas, já fecharam doze lojas.
Marion – Nervosa
– E o que você tem haver com isso. Essa empresa é minha.
Mohamed Said – Sorrindo – Acho que não. Pelo
que vejo meu pai deixou a empresa para os filhos. Ou seja, Davi, Perso e eu.
Marion – Pra você
jamais, é apenas dos meus filhos, daqui você não tira um real.
Mohamed Said – Cai na real querida, a empresa
está mal das pernas, você teve dois filhos presos, você sendo acusada de quatro
mortes, sendo suspeita né. E achas que vai continuar assim por muito tempo.
Irei convocar uma reunião mostrar seu lindo histórico familiar e vou te tirar
da presidência. Por justiça a tudo que você fez.
Marion – Se eu
deixar. – Olhando fixamente para Said.
Mohamed Said – Está me ameaçando?...
Marion – Sorrindo
– Você duvida?
Mohamed Said – Caminha até a porta e olha para
trás e responde Marion – SIM, EU DUVIDO, ou melhor... Eu pago para ver. – Sai
da sala.
Marion – Nervosa
e desesperada – Eu vou tirar esse maldito do meu caminho, se for preciso eu
farei com minhas próprias mãos. Desgraçado. – Começa a quebrar a sala toda,
jogando tudo que está em cima da mesa no chão, computador, quadros, telefone. E
grita muito alto.
CENA 05 –
ESTACIONAMENTO/ EXT.
No estacionamento escuro, Mohamed Said, caminha em passos
curtos, pensativo e calado o mesmo não olha para os lados, até que seu telefone
celular toca.
Mohamed Said – Olha quem me liga – Atende – Oi,
quanto tempo![...] Sim, está tudo como planejado! Em breve conseguiremos o que
era almejado. – sorrindo – [...] Ainda bem né! Depois nos falamos, não quero
levantar nenhum tipo de suspeita sobre minha pessoa! Tchau.
CENA 05 –
CASA PERSO E ELIS/ TARDE/ INT.
Elis – Eu sei
meu amor, mas eu preciso ir. É uma questão de honra!
Perso – Mas ele
é perigoso... Quer saber, eu vou junto.
Elis – Ótimo
meu amor, assim já resolvemos uma parte do nosso passado juntos.
Perso – Então vamos...
Vou chamar um carro no aplicativo.
Elis – Certo,
só vou pegar minha bolsa.
CENA 06 –
DELEGACIA/ SALA DELEGADO/ INT.
Delegado – Desta
vez você se deu mau em rapaz.
Davi – Sorrindo
– Minha mãe vai me tirar daqui, tenho certeza.
Delegado – E se ela
não tirar?... Vai ser uma longa temporada.
Davi – Não vai,
tenho certeza. Sou rico se esqueceu, dinheiro compra tudo, até mesmo você se eu
quiser.
Delegado – Sorrindo
– Igualzinho a mãe, uma pena mesmo que não estou à venda.
Davi – Será
mesmo. Milhões podem resolver sua vida.
Delegado – Prefiro
ralar para conseguir do que ser comprado por um safado igual você!
Davi – Vai
fazer o honesto agora, logo neste país que só tem ladrão safado.
Delegado – Sorrindo
– Começando com sua família, mas com uma exceção, seu irmão!
Davi – É outro
safado também.
Delegado – Rapaz foi
comprovado que você estuprou a Juliana, e no passado a senhora Elis. E você
ainda acha que vai sair daqui? Você é foragido da policia, e também e suspeito
do assassinato do Marcelo.
Davi – Se
assusta e imediatamente diz – Eu sou inocente. – começa a chorar.
Perso – Entra no
mesmo momento que ele jura inocência – Dolorido passar por isso não é... –
Olhos dois ficam olho a olho.
Davi –
Assustado – Você...
Perso – Estava
com saudades?
Davi – Começa a
sorrir – Para ser bem sincero, nenhuma! Nunca gostei de você!
Perso – Imagine
eu querido irmão. Sempre tive ódio de você!
Davi – Continua
sorrindo – Ódio?... Ou inveja?
Perso – A última
coisa neste mundo que terei de você é inveja. Quero que você pague pelo que
vez. E desta vez pagará caro.
Davi – Você se
esqueceu de que tenho dinheiro?... Quer que eu refresque sua memoria?
Perso – Eu quero
mesmo é que você pague pelo que me fez. Mas pague caro mesmo!
Davi – Isso
tudo é inveja mesmo né! Como pode ser deste jeito! Você sempre quis ter minha
vida.
Perso – Jamais
queria ser um bandido igual a você, um estuprador. Foram duas vidas de destinos
bem diferentes.
Davi – Quer
saber, eu quero que você morra. – Cospe
no rosto de Perso.
Perso – Eu
deveria quebrar sua cara, mas como eu sou educado não vou. Pois na sua nova
casa você vai aprender como se trata uma mulher. Seu verme.
Davi – Vai se
lascar seu desgraçado. Tira ele daqui senhor delegado.
Delegado – Agora eu
sou senhor?
Davi – Tira
logo esse maldito daqui antes que eu mate ele.
Perso – Você ou
sua mãe?...
Davi –
Desgraçado.
Delegado – A visita
não acabou.
Perso – Boa... Agora
é a hora da surpresa.
Davi – O circo ainda
não acabou?...
Elis – Entrando
na sala sorrindo – Porque acabaria assim tão rápido.
Davi –
Espantado – Você!
Elis – Sentiu saudades querido!! – Sorrindo
altíssimo. – Porque eu estou morrendo de saudades de você!
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