Novela de Eric
Carvalho Cattin
Capítulo 041
NO CAPÍTULO ANTERIOR...
CAMPELLO/ DIA/ SALA VITÓRIA
VITÓRIA LÊ TODO O DOCUMENTO E ASSINA.
VITÓRIA – Pronto, só preciso passar lá
para pegar umas coisas, documentos e tudo mais.
ALEX – Você não vai querer saber quem é
o novo proprietário?
VITÓRIA – Eu não pra que? Isso não me
interessa em nada meu querido, o que me interessa é o money na minha mão! (risos)
Estou indo lá agora pegar minhas coisas já pedi para Constância separar algumas
coisas para agilizar! (ela sai)
MANSÃO NEGRINI/ DIA (instrumental suspense)
VITÓRIA ENTRA NA MANSÃO
VITÓRIA – Constância já separou tudo o
que lhe pedi?
CONSTÂNCIA – Sim senhora, está tudo
dentro daquela mala azul.
VITÓRIA – Vou tomar uma ducha e depois
sigo para um hotel.
CONSTÃNCIA – A senhora tem certeza de
que não vai querer mesmo que eu vá junto com
a senhora para a nova casa?
VITÓRIA – Constância minha querida...
Estou numa nova fase em minha vida, tudo novo casa nova e empregados novos,
acha que vou querer uma velharia atrás de mim? Não né? O novo proprietário deve
ficar com você vou fazer uma carta de referência para ele, tenho certeza de que
ele vai adorar ter você aqui, apesar de suas caduquices né, bom estou indo.
(ela vai para o banho)
CONSTÂNCIA (raiva) – Bruxa!
MINUTOS DEPOIS...
VITÓRIA DESCE AS ESCADAS.
VITÓRIA (grita) – Constância sua lesma
vem me ajudar com essas malas aqui.
VITÓRIA CHEGA NA SALA E DEPARA-SE COM MIGUEL.
VITÓRIA – O que esse favelado está
fazendo na minha casa?
MIGUEL – Sua casa não minha cara Vitória,
você não lê o que você assina não? Esta casa agora é minha! (ele sorri)
VITÓRIA (susto) – O que?
ALEX ENTRA NA SALA.
ALEX – Eu perguntei se você queria
saber quem era o novo proprietário e você não quis saber.
VITÓRIA (raiva) – Não isso não pode
está acontecendo, esse favelado sai das profundezas dos infernos compra ações
da minha empresa e agora você está me dizendo que ele comprou minha casa
também?
MIGUEL (irônico) – Exatamente Vitória,
como eu prometi... Estou tirando tudo de você, vou acabar com sua vida como fez
comigo! Agora pega suas tralhas e saia da minha casa!
FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO QUARENTA E UM...
VITÓRIA (pega as malas) – Constância
coloque pra mim dentro do meu carro!
MIGUEL – Não Constância!
VITÓRIA – Como não? Você acha que manda
na minha empregada seu favelado?
MIGUEL – Na sua empregada não mando,
mas no meu carro sim!
VITÓRIA – Como é que é? Seu carro? Que
seu carro? Eu disse para ela colocar no meu carro!
ALEX – Pois é Vitória, seu carro entrou
no acordo, ele estava aqui dentro quando o acordo foi fechado e como você
vendeu a casa com tudo que está dentro...
VITÓRIA (raiva) – Como você deixou que
eu assinasse esse contrato seu idiota? Por que não me avisou que meu carro
fazia parte do negócio? E por que também não me avisou que era esse traste que
tinha comprado? Afinal de onde você tira tanto dinheiro hein favelado? Por que
voltou tão rico do inferno onde você estava malocado?
MIGUEL – Nossa quantas perguntas
Vitória, não deveria, mas vou responder sim, você se lembra do Vincenzo? Nem
precisa se fazer de desentendida e que não lembra porque você mais do que
ninguém o conhecia então nem perca seu tempo!
VITÓRIA (surpresa) – Vincenzo? Vincenzo
Ruggiero?
MIGUEL – Ele mesmo, pois então ele me
ajudou quando vocês dois tentaram me matar me jogando do alto daquele penhasco
lembram? Espero que sim! Quando ele me resgatou no mar ele me levou para a
Itália e lá cuidou de mim por anos e eu também cuidei dele quando ele adoeceu,
e em meio á esses anos todos descobrimos uma inimiga em comum, você! E em seu
leito de morte Vincenzo me fez prometer me vingar de você por nos dois, e para
isso ele me deixou toda a sua fortuna, que foi avaliada em mais de um bilhão de
Liras o que não é pouco!
VITÓRIA (indignada) – Não! Não é
possível, quando eu o deixei Vincenzo não tinha um centavo furado!
MIGUEL – Pois é minha cara Vitória,
quando você descobriu que ele não tinha dinheiro o abandonou no altar as
vésperas do casamento, na verdade você não sabia que era tudo um plano dele,
pois ele já sabia a mau caráter que você era e quis te testar e conseguiu,
porque ele sabia que você só queria o dinheiro dele assim como fez com Alberto
e depois com Olavo! E veja agora o que o destino nos reservou (risos). Você
indo rumo à pobreza, e por quê? Porque eu e Vincenzo estamos acabando com você!
CORTA PARA PEDRA ROSA
CASA DELEGADO CLEMENCIO/ DIA
DONA VERUSKA ENTRA NO QUARTO DE CLEMENCIO COM UMA BANDEIJA DE CAFÉ DA
MANHÃ. (instrumental cômico)
DONA VERUSKA – Bom dia meu bombom de
chocolate! Trouxe um delicioso café da manhã pra você!
CLEMENCIO – Escuta aqui Dona Veruska,
eu amo a senhora mas não acha que me engana, eu sei muito bem porque está aqui
esses dias todos e porque está me
bajulando tanto!
DONA VERUSKA – Por favor meu
bombonzinho não me entregue! Eu juro ser sua mulher pro resto dos dias!
CLEMENCIO (se faz de difícil) – Não sei
não se você me merece, sempre me tratou como um cachorro.
DONA VERUSKA (beija a mão dele) – Mas
estou muito arrependido... digo arrependida.
CLEMENCIO – E essa história que a tal
Tânia contou de que você é homem isso é verdade mesmo?
DONA VERUSKA – É, mas essa história é
passado e você mesmo disse que não se importa com isso.
CLEMENCIO - E não mesmo o que importa pra mim é o amor
que eu sinto por você, mas não sei se estou fazendo o certo em ser cumplice
disso. Posso até perder meu emprego!
DONA VERUSKA – Vamos fugir daqui
juntos, o que acha? Vamos viajar pelo mundo só eu e você o que me diz? Vamos
deixar Pedra Rosa pra trás vamos ampliar nossos horizontes e quem sabe até
casar.
CLEMENCIO – Fugir? Mas eu não sou
bandido para fugir de Pedra Rosa!
DONA VERUSKA – Calma meu bem, foi modo
de dizer eu digo fugir... é... fugir no modo romântico é isso!
CLEMENCIO – Ah tah aí sim! (risos)
DONA VERUSKA – O que me diz?
CLEMENCIO – Vou pensar e depois te
falo, agora preciso ir pra delegacia aquela tal de Tânia bate cartão lá todo
dia atrás de você! Ohh mulherzinha insistente credo.
DONA VERUSKA – Vai lá meu bombom
estarei aqui te esperando ansiosamente!
CLEMENCIO SE TROCA E SAI.
CLEMENCIO CHEGA NA DELEGACIA E DA DE CARA COM TÂNIA O ESPERANDO EM SUA
SALA. (instrumental suspense)
SARGENTO – Eu pedi para ela voltar mais
tarde, mas sabe como ela é né?
DEL. CLEMENCIO – Pode deixar ela
comigo, vá! Bom dia dona Tânia o que devo a honra de sua visita logo cedo?
TÂNIA – Bom dia seu Delegado, eu vim
saber se tem alguma noticia do paradeiro do Paulão ou Dona Veruska se preferir
assim? Porque já fazem dias que dei queixa aqui e até agora nada, não é
possível que não conseguiram nenhuma pista. A essa altura ele já deve está bem
longe daqui.
DEL. CLEMENCIO – Exatamente minha cara,
porque meus homens já reviraram a cidade atrás dela... digo dele, más não o
encontraram. Como disse ele deve está longe e como a senhora não tem prova de
nada que o condene acredito que a senhora não tenha mais nada para fazer.
TÂNIA – Está me dizendo para ir embora
e desistir de coloca-lo na cadeia? Jamais! Foram anos que passei presa por
culpa dele e agora que eu o encontrei o senhor vem me dizer para desistir? Eu
vou até a policia do Rio de Janeiro e lá eu vejo o que eu faço porque pelo
visto vocês são um bando de incompetentes! Com licença! Passar bem! (ela se
levanta e sai)
DEL. CLEMENCIO – Ohh mulherzinha!
ABERTURA DA NOVELA
VOLTA PARA MANSÃO NEGRINI
VITÓRIA PEGA SUAS MALAS.
MIGUEL – Você ainda a de sofrer muito
mais Vitória, seus dias estão contados!
VITÓRIA – Está me ameaçando favelado?
MIGUEL – Entenda como quiser! Ahhh e
tome aqui! (ele joga vinte reais na cara dela) É pra você pegar um ônibus,
FAVELADA!
VITÓRIA OLHA COM RAIVA PARA MIGUEL, ELA PISA NO DINHEIRO E SAI. MIGUEL
SORRI COM AR DE SATISFEITO. ALEX VAI ATRÁS DE VITÓRIA.
ALEX – Entre aqui no meu carro que te
levo para um hotel!
VITÓRIA – Esse desgraçado me paga,
favelado dos infernos!
VITÓRIA ENTRA FURIOSA NO CARRO. ALEX SEGUE COM O CARRO E EM CERTO PONTO
ELE PARA. (instrumental tenso)
VITÓRIA – O que é isso Alex? Por que
parou aqui?
ALEX – Calma Vitória! Eu sei que a
senhora está com muita raiva de Miguel, até compreendo, mas vamos falar de
negócios! Quero que transfira minha parte do negocio agora mesmo quero sessenta
por cento! (ele entrega o celular para ela fazer a transferência).
VITÓRIA (susto) – Sessenta? O combinado
era cinquenta! Você tá louco?
ALEX – Pois é mudei de ideia! Estou
pensando em tirar umas férias, e se reclamar vou pedir setenta por cento! Anda
para de enrolar e me transfira! O que sobrar você paga o banco!
VITÓRIA – Mas Alex não vai me sobrar
quase nada!
ALEX – Ai o problema não é meu! Vai
logo Vitória! Ou me paga ou vai pra cadeia!
VITÓRIA FAZ A TRANSFERÊNCIA DO VALOR QUE ALEX PEDIU.
VITÓRIA – Pronto agora me leve daqui!
Me leve para um hotel!
ALEX SAI COM O CARRO.
CORTA PARA UM CONJUNTO DE BARRACOS DE MADEIRA EM NITERÓI...
(instrumental emoção) GENÉSIO ENTRA EM SUA CASA.
GENÉSIO – Cheguei! Trouxe umas sobras
de um restaurante chique aqui de Niterói, você vai gostar madame!
LANA SAI DA JANELA ONDE OBSERVAVA A PONTE RIO NITERÓI.
LANA – Obrigado seu Genésio, mas pode
comer, o senhor foi um anjo pra mim!
GENÉSIO – A madame não vai avisar os
parentes que está aqui? Devem que estão muito preocupados com a senhorita, já
faz dias que está aqui.
LANA – Não! Eu vou fazer uma surpresa
pra minha mãe!
GENÉSIO – É a madame deve tá morrendo
de saudade da sua mãe né?
LANA (irônica) – Não imagina o quanto! Mas
vou matar ela!
GENÉSIO – Mata ela?
LANA – A saudade claro!
GENÉSIO – Que susto, (risos) do jeito
que a madame falou achei que ia matar sua mãe! (risos)
LANA (séria) – Eu matar minha mãe? Não
claro que não! Mas ela vai ter o que merece! Ah se vai! (ela se levanta)
GENÉSIO – A madame já está se sentindo
melhor?
LANA – Estou ótima Genésio, agora
preciso ir pode deixar que vou retribuir tudo o que fez por mim! Não vou
esquecer do senhor jamais!
GENÉSIO – Que isso menina! Eu só fiz o
que achei que deveria fazer, a madame tava precisada e eu ajudei só isso, Deus
a de me recompensar quando eu partir dessa vida!
LANA (o abraça/emocionada) – Fica com
Deus meu amigo, em breve eu volto e tiro o senhor desse lugar! Preciso me
preparar para minha volta! (ela sai)
GENÉSIO – Vai com Deus minha filha!
CORTA PARA ALEX PARANDO NUM HOTEL SIMPLES.
ALEX – Pronto está entregue dona
Vitória!
VITÓRIA – Que palhaçada é essa Alex?
Que espelunca é essa que você me trouxe?
ALEX – Ué com o dinheiro que você tem
agora, o máximo que vai conseguir é um hotel desse aqui! Vamos desça do carro
tenho mais o que fazer!
VITÓRIA – Traste! Você é outro também,
ingrato fiz de tudo por você e pra você ficar com minha filha! É assim que me
retribui?
ALEX (irônico) – Não está querendo que
eu te leve para minha casa está? Vamos desça Vitória ou eu te empurro pra fora
do carro!
VITÓRIA DESCE DO CARRO E PEGA SUAS MALAS, ELA ABAIXA NO VIDRO.
VITÓRIA – Eu ainda te pego Alex! (ela
sai)
ALEX – Eu que vou te pegar sua idiota,
porque se você morrer sua parte na Campello passa para a falecida da Lana, o
que automaticamente passará para mim que sou o viúvo dela! Assim eu vou ficar
com trinta por cento daquela empresa! (risos)
ALEX SEGUE, VITÓRIA ENTRA NO HOTEL (instrumental triste)
HOTEL CAINDO AOS PEDAÇOS, ELA VAI PARA O QUARTO QUE AO ABRIR A PORTA A
MAÇANETA SAI NA MÃO DELA, VITÓRIA COLOCA A MAÇAMNETA NO LUGAR E SENTA-SE NA
CAMA QUE ESTÁ APOIADA COM UM TIJOLO.
VITÓRIA (inconformada) – O que
aconteceu com você Vitória? O que mais falta te acontecer? (ela chora)
MANSÃO NEGRINI/ SALA/ DIA (instrumental emoção)
CONSTÂNCIA – Então seu Miguel, a
Vitória tinha dito que iria entregar uma carta de referencia minha ao senhor para
que me contratassem, mas acho que ela acabou se esquecendo. (triste)
MIGUEL – Claro que você vai continuar
trabalhando aqui Constância, não quero tirar o emprego de ninguém, além do mais
sua comida é maravilhosa! Você vai continuar a trabalhar aqui na mansão sim
pode ficar tranquila!
CONSTÂNCIA (empolgada) – Muito obrigada
seu Miguel, o senhor é um anjo!
ALFREDO TOCA O INTERFONE, CONSTÂNCIA ATENDE.
CONSTÂNCIA – Senhor Miguel, é Alfredo!
MIGUEL – Pode abrir pra ele. Alias
precisamos de mais funcionários por aqui só você para fazer tudo não dá né?
Amanhã vamos cuidar disso, precisamos de faxineiras, seguranças e uma
governanta!
CONSTÂNCIA – Eu dou conta de tudo seu
Miguel pode ficar tranquilo.
MIGUEL – Pode me chamar apenas de
Miguel, e você precisa de um pouco de descanso né Constância, vou contratar
mais funcionários sim, você não merece ficar cuidando de tudo sozinha e ponto
final! (ele sorri)
ALFREDO ENTRA NA SALA E ABRAÇA MIGUEL E EM SEGUIDA ABRAÇA CONASTÂNCIA.
ALFREDO – Nossa como o clima dessa
mansão já mudou, saiu aquela coisa pesada de antes. (risos)
CONSTÂNCIA – Não é querendo me meter
não, mas concordo com você! (risos) Bom, deixa eu ir cuidar do meu serviço, com
licença! (ela sai)
ALFREDO – E ai Miguel como foi com a
megera?
(som Alegria, Alegria – Caetano Veloso)
MIGUEL – Foi melhor do que eu
imaginava! Aquilo que te pedi já fez? Denunciou Vitória?
ALFREDO – Claro, acabei de sair da
delegacia e entreguei tudo a eles, assim que Vitória pisar na Campello ela será
presa!
MIGUEL – Ótimo! Agora preciso arrumar
um jeito de ir atrás de Julia, preciso me aproximar de minha filha.
(instrumental Because of you)
ALFREDO – E tem mesmo! Falando em
filhos? (triste) Fim de semana tem um funeral simbólico a Lana, já que não
encontraram o corpo e já faz dias e não tem mais como ela ser encontrada com
vida resolvi fazer esse funeral simbólico, você vai né? Preciso me despedir de minha
filha nem que seja simbolicamente!
MIGUEL (triste) – Por mais que me doa,
eu vou sim claro! Pode contar comigo!
ALFREDO – Obrigado Miguel!
MIGUEL O ABRAÇA
CAMPELLO/ TARDE
VITÓRIA ENTRA E LOGO É RENDIDA POR DOIS POLICIAIS.
VITÓRIA – Mais o que é isso? Me solte
imediatamente!
POLICIAL – Vitória Campello Negrini, a
senhora está presa pela morte do senhor Olavo Negrini!
MIRANDA, ALBERTO E ALEX CHEGAM À RECEPÇÃO.
MIRANDA – Presa? (risos) Até que enfim
né!
VITÓRIA – Foi você né Alex? Seu maldito
traidor!
MIGUEL E ALFREDO CHEGA Á RECEPÇÃO. (instrumental tenso)
MIGUEL – Não foi o Alex quem te
denunciou Vitória, foi eu! Eu lhe avisei que você ia pagar por tudo não avisei?
Pois então chegou sua hora!
VITÓRIA – Eu ainda acabo com todos
vocês, bando de desgraçados, malditos!
OS POLICIAIS A COLOCA DENTRO DA VIATURA E A LEVA PARA A DELEGACIA.
(som Agora eu Quero Ir – ANAVITÓRIA) IMAGENS AÉREAS DO RIO DE JANEIRO,
ONDAS... CRISTO REDENTOR... AVENIDAS... VITÓRIA NA CADEIA LIMPANDO PISOS E
VASOS SANITÁRIOS, EM SEGUIDA CENAS DELA APANHANDO DE OUTRAS DETENTAS...
DIAS DEPOIS...
DELEGACIA
VITÓRIA ENTRA NA SALA DE VISITAS. (instrumental tenso)
VITÓRIA – E ai conseguiu?
ADVOGADO – Sim! Consegui um habeas
corpus, mas isso vai custar uma bela grana!
VITÓRIA – Eu tenho um pouco ainda deve
dar, e quando eu posso sair?
ADVOGADO – Hoje mesmo eles já liberam a
senhora, mas escute você não pode se meter em confusão de maneira alguma
entendeu?
VITÓRIA (irônica) – Pode deixa que não
vou!
CORTA PARA O LOCAL DO FUNERAL DE LANA, PESSOAS VÃO CHEGANDO E SE
ACOMODANDO... COMEÇA A CHOVER FORTE COM RAIOS E TROVÕES O PADRE COMEÇA A
CELEBRAR A MISSA (instrumental triste) VEMOS VANESSA AO LADO DE MIGUEL, ALFREDO
E ALEX, EM SEGUIDA VEMOS MIRANDA E ALBERTO A OLHA TRISTE DE LONGE EM SEGUIDA
JULIA E J.P ABRAÇADOS... VITÓRIA ENTRA, E TODOS FICAM SURPRESOS, MIGUEL OLHA
PARA TRÁS E A VÊ.
MIGUEL – Mas o que essa bandida está
fazendo aqui? Vai embora daqui maldita!
VITÓRIA (irônica) – Calma meu querido,
eu apenas vim me despedir de minha querida e amada filha!
MIRANDA – Sai daqui você não é bem
vinda!
ALFREDO – Saia ou eu te tiro a força!
Esse funeral é da minha filha e não quero você aqui!
VITÓRIA (imita ele) – “Minha filha, minha filha...”! Que minha
filha o que, acha que Lana Negrini seria filha de um mordomo que nem tem onde
cair morto?
LANA ENTRA...
MIGUEL (emocionado) – Lana?
LANA – Sim Vitória! Eu sou filha de um
mordomo sim e tenho muito orgulho disso, pelo menos ele é um homem honesto e me
ama de verdade!
VITÓRIA (finge) – Minha filha que
saudade, você está viva! (vai abraçar Lana que se esquiva) O que é isso? Até
você está contra eu minha filha?
LANA – Como posso ficar do lado da
pessoa que matou meu pai? (ouvimos “Ohhhh” das pessoas) Da pessoa que desgraçou
a minha vida? E não só a minha mas de muitas outras pessoas inclusive a de
Miguel que foi preso por um crime que você cometeu e nos fez ficar separados
por tantos anos. Depois disso tudo ainda quer que eu fique do seu lado?
VITÓRIA (chora) – Filha eu não sei o
que inventaram pra você sobre mim, mas é tudo mentira minha filha todos querem
acabar comigo!
LANA (grita) – Chega Vitória, chega de
tanta mentira! Chegou a hora de você pagar pelos seus crimes!
MIGUEL – Vai embora daqui ou eu não
respondo pelos meus atos!
UM RAIO CAI SOBRE O LOCAL QUE CAUSA UM APAGÃO NA CIDADE, TODOS SE
AGITAM NO SAGUÃO. (instrumental suspense)
PADRE – Alguém vá dar uma olhada nos
fusíveis? O raio deve ter queimado um!
VITÓRIA (grita) – O que é isso? Aiiiiii.....
A ENERGIA VOLTA E TODOS SE ASSUSTAM AO VER VITÓRIA CAÍDA AO CHÃO COM
UMA TESOURA CRAVADA NO PEITO.
FOCO EM VITÓRIA
CONGELA IMAGEM
Sobe os créditos som
instrumental suspense.
Fim de capítulo.
"esta é uma obra de ficção coletiva baseada na livre
criação artística e sem compromisso com a realidade"
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